Contos Populares do Brasil: diferenças entre revisões
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* O Rei Andrada |
* O Rei Andrada |
Revisão das 19h23min de 19 de setembro de 2013
Contos Populares do Brasil | |
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Contos Populares do Brasil | |
Autor(es) | Sílvio Romero |
Idioma | português |
País | Brasil |
Assunto | contos de origem popular |
Editora | 1ª edição: Nova Livraria Internacional (Lisboa) |
Lançamento | 1885 |
Páginas | 235 |
Edição portuguesa | |
Lançamento | 1885 |
Edição brasileira | |
Editora | Livraria Clássica (Rio de Janeiro) |
Lançamento | 1897 |
Contos Populares do Brasil é um livro do ensaísta, poeta e professor brasileiro Sílvio Romero, escrito em 1885, que apresenta uma coletânea de contos de tradição popular, de várias origens e de autores desconhecidos, nascidos do relacionamento entre as diversas etnias que formaram o povo brasileiro. Originalmente publicado em Lisboa, na Nova Livraria Internacional, com 235 páginas, em 1897 foi revisado e publicado no Rio de Janeiro, na Livraria Clássica, numa edição de 197 páginas.[1]
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Protesto
Romero escreveu um protesto, denominado “Uma Esperteza: os cantos e contos populares do Brasil e o Sr. Theophilo Braga”, mediante o fato de a 1ª edição de Contos Populares do Brasil, publicada em Portugal, ter apresentado o que o autor considerou como irregularidades, no tocante às modificações feitas por Teófilo Braga, o qual acrescentou ao livro contos atribuídos a coletâneas de outros autores.[2]
Estrutura
Na introdução, em 1885, são citados os irmãos Grimm,[3] os italianos Comparetti e d’Ancona, além de Couto de Magalhães, que incluíra contos populares em seu livro O selvagem, de 1876 (BRANDÃO, 1995, p. 28, in VOLOBUEF,…). Romero, porém, ambienta seus contos de forma a adaptá-los ao espaço geográfico brasileiro, em contraposição ao estilo europeu, utilizando o Naturalismo no lugar do Romantismo,[4] já engajados com a definição do folclore como objeto sujeito a um estudo mais científico.
Romero divide os contos em 3 tópicos principais: Contos de Origem Européia, Contos de origem Indígena e Contos de Origem Africana e Mestiça.
Os Contos de Origem Européia vieram na grande maioria da tradição portuguesa, e há análogos seus nas coleções daquele país. Muitos, ao serem trazidos para o Brasil, foram transformados pela população, adaptando-se a situações diversas e inusitadas, tirando seus próprios recursos da cultura popular brasileira.
Os Contos de Origem Indígena, nem todos foram incorporados pela população, mas “alguns têm seus paradigmas originais entre os colhidos por Couto de Magalhães e publicados no seu livro “O Selvagem”".[5] Entre os mais conhecidos estão aqueles sobre o jabuti, a onça e a raposa (a “micura” dos tupis).
Os Contos de Origem Africana já se acham entrelaçados com as modificações mestiças. Muitos têm análogos nas tradições portuguesas. Um exemplo é o conto “O Macaco e o Rabo”, que entre os “Contos Populares Portugueses”, de Adolfo Coelho, versa com o título “O Rabo do Gato”.
Contos de Origem Europeia
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Contos de Origem Indígena
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Contos de Origem Africana e Mestiça
- O Macaco e o Moleque de Cera
- O Macaco e o Rabo
- O macaco e o Rabo (a versão)
- A Onça e o Boi
- A Onça e o Gato
- O Macaco e a Cabaça
- O Macaco e o Coelho
- O Doutor Botelho
- Melancia e Coco Mole
- O Caboclo Namorado
- O Macaco e o Aluá
- O Velho e o Tesouro do Rei
- O Homem que Quis Laçar Deus
- O Homem Tolo
- A Mulher Gaiteira
- O Negro Pachola
- Como a Noite Apareceu
- História do guaraná
Edições principais
- 1885 – Lisboa: Nova Livraria Internacional, 235 p. Edição feita em Lisboa a pedido do livreiro Sr. Carrilho Videira, sob a direção do escritor português Teófilo Braga.
- 1897 – Rio de Janeiro: Livraria Clássica, 197 p. Primeira edição produzida no Brasil, modificada, com exclusão de alguns contos, os quais haviam sido coligidos por Couto de Magalhães.
- 1907 – Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves
- 1954 – Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 441 p. Com anotação de Câmara Cascudo, e ilustrações de Tomás Santa Rosa.
- 1985 – Belo Horizonte: Itatiaia, 196 p.
- 2000 – São Paulo: Landy Editora, 363 p. ISBN 85-87731-14-9
- 2002 – São Paulo: Landy Editora, 363 p.
- 2003 – São paulo: Landy Editora, 363 p.
- 2006 – São Paulo: Landy Editora, 363 p.
- 2007 – São Paulo: Martins Fontes, 225 p.
- 2008 – São Paulo: Landy Editora, 248 p.
- 2010 – São Paulo: Landy Editora, 246 p.
Notas e referências
- ↑ Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro
- ↑ ROMERO, Sílvio. Uma esperteza: os cantos e contos populares do Brasil e o Sr. Theophilo Braga. Protesto por Sylvio Roméro. Rio de Janeiro: Tipografia da Escola, de Serafim José Alves, 1887, 174p.
- ↑ ROMERO, 1954, p. 11
- ↑ VOLOBUEF, Karin. Os Irmãos Grimm e a Coleta de Contos Populares de Língua Portuguesa, p. 4
- ↑ Romero, Sílvio. Contos Populares do Brasil (2000). São Paulo: Landy Editora, p. 16
Referências bibliográficas
- ROMERO, Sílvio (2000). Contos Populares do Brasil. São Paulo: Landy Editora. [S.l.: s.n.] ISBN 85-87731-14-9
- BRANDÃO, Adelino. A presença dos irmãos Grimm na literatura infantil e no folclore brasileiro. São Paulo: IBRASA, 1995. (Biblioteca literatura e arte, 75).
- ROMERO, Sílvio. Contos populares do Brasil - Folclore brasileiro. 2. Ed. anotada por Luís da Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1954.
- VOLOBUEF, Karin. Os Irmãos Grimm e a Coleta de Contos Populares de Língua Portuguesa, Araraquara: UNESP
- «Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro»
Ligações externas
- «Uma esperteza: os cantos e contos populares do Brasil e o Sr. Theophilo Braga»
- «Contos populares do Brasil». – edição original completa (1885)