Contrato escravo

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Um contrato escravo (Hangul: 노예 계약; Hanja: 奴隸契約) é um termo de longo prazo, muitas vezes assinado injustamente por ídolos de K-pop com suas agências.

Definição[editar | editar código-fonte]

De acordo com a repórter da BBC, Lucy Williamson, alguns dos grandes idolos de K-Pop construíram sua carreira tendo um contrato escravo por trás, que dão aos estagiários promoções exclusivas, com muito controle e pouca recompensa financeira.[1] Um contrato escravo é um longo termo, muitas vezes assinado por ídolos do K-Pop e o termo é usado de forma negativa, para criticar um modo em que as empresas de entretenimento exploram seus artistas.[2] 

Condições[editar | editar código-fonte]

Os trainees que assinam esse contrato são, muitas vezes, colocados em uma "fábrica de criação de estilo". O jornalista da Al Jazira, Drew Ambrose, relatou que as integrantes do grupo feminino RaNia passaram por um ''regime estrito'' de canto, taekwondo e dieta. Contatar amigos e parentes também foram proibidos.[3] 

Efeitos[editar | editar código-fonte]

Um número considerável de grupos e cantores saíram de suas antigas empresas e agências para se tornarem solistas devido ao tratamento que recebiam. Alguns artistas também abriram processos contra elas.

Em 2009, Kim Jaejoong, Park Yoo-chun e Xiah Junsu, ex-integrantes do grupo masculino TVXQ, abriram um processo contra a agência S.M. Entertainment alegando que o contrato de 13 anos era muito longo, muito restrito, e que não era repassado a eles quase nenhum lucro de seus sucessos. A corte sul-coreana aceitou o pedido, e sua decisão levou a Comissão de Comércio Justo do país a emitir um "modelo de contrato" para melhorar a situação do grupo.[1]

O número crescente de disputas legais com acusações de maus tratos resultou com o governo sul-coreano emitindo contratos padronizados e estabelecendo um centro de apoio aos artistas, onde eles podem procurar conselhos jurídicos.[3]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «The dark side of South Korean pop music» (em inglês). BBC News. Consultado em 27 de dezembro de 2016 
  2. «Korea Fair Trade Commission Clamps Down on Entertainment Companies "Slavery" Contract Terms» (em inglês). 21 de novembro de 2008. Consultado em 27 de dezembro de 2016 
  3. a b «South Korean 'K-Pop' strives for global fame» (em inglês). Al Jazira. 26 de janeiro de 2012. Consultado em 27 de dezembro de 2016