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Copo descartável

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Copo descartável
Tipo
recipiente para beber (en)
descartável
Características
Material
Um copo descartável de papel
Copos descartáveis de plástico
Um copo descartável de isopor contendo café

Um copo descartável é um copo, que, após o seu uso, pode ser descartado. Os tipos de copos descartáveis ​​incluem copos de papel, copos de plástico e copos de isopor.[1][2][3] O poliestireno expandido é usado para fabricar copos de isopor[4] e o polipropileno é usado para fabricar copos de plástico.[5]

Dado que são produzidos para utilização única, os copos descartáveis ​​e outros produtos descartáveis ​​semelhantes constituem uma principal fonte de resíduos domésticos e de consumo,[6] tais como resíduos de papel e resíduos de plástico. Estima-se que uma família média descarte cerca de 70 copos descartáveis ​​por ano.[6]

O copo descartável de papel em forma de cone foi inventado em 1908 por Lawrence Luellen, e em 1912 Luellen e Hugh Moore começaram a comercializar o Health Kup, outro copo descartável de papel.[7] O Health Kup foi projetado para criar um meio para as pessoas beberem água de barris públicos sem espalhar germes, o que ocorria quando as pessoas usavam um copo comum (compartilhado) ou uma concha para segurar a água.[7] O Health Kup foi posteriormente renomeado para Dixie Cup e recebeu o nome de uma marca de bonecas.[7] Mais tarde, Luellen e Moore desenvolveram um copo de sorvete de papel descartável, que incluía tampas com imagens de esportistas, estrelas de cinema e animais.[7]

Usos comerciais

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Algumas empresas, como varejistas de café[8] e lojas de donuts,[9] vendem seus produtos em copos descartáveis. Um livro de 2011 estimou que uma cadeia de lojas de donuts utilizou mil milhões de copos de café descartáveis ​​num ano, o suficiente para dar duas voltas à Terra.[9] Um artigo de 2012 na OnEarth disse que a Starbucks usou mais de quatro bilhões de copos de café descartáveis ​​em 2011.[10] A marca de macarrão instantâneo Cup Noodles usa copos de isopor de poliestireno expandido para conter o produto.[11] Ao macarrão seco do recipiente é adicionada água quente ou fervente, que cozinha o produto em poucos minutos.[11] A Nissin Foods começou a comercializar o produto em copos de isopor no início dos anos 1970.[12]

A fabricação de copos de papel contribui para a poluição da água quando produtos químicos como cloro, dióxido de cloro e sulfetos reduzidos entram nos cursos de água.[3] A fabricação de copos de isopor contribui para a poluição do ar quando o pentano é liberado no ar.[3] O conteúdo de plástico nos copos de papel revestidos de plástico contribui para o problema da poluição por plástico, quando os copos são descartados como lixo.

Reciclagem e outras medidas ambientais

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A reciclagem de embalagens de polipropileno na calçada aumentou gradualmente em alguns países desenvolvidos, mas ainda é bastante limitada.[5]

O McDonald's mudou de copos de isopor para copos de papel em 2014[13] e está começando a reciclar copos de papel no Reino Unido, a partir de 2016, em parceria com Simply Cups e James Cropper.[14]

Diversas redes de cafeterias oferecem desconto se o cliente trouxer seu próprio copo.[15]

Em festivais como a Oktoberfest da Baviera, os custos por roubo ou quebra são evitados sem o uso de descartáveis: o cliente paga antecipadamente por um copo ou caneca e recebe um desconto na devolução.

Uma tigela de argila kulhar descartável com dahi (coalhado)

O kulhar é um copo de barro tradicional sem alça do Sul da Ásia, que está sendo utilizado como alternativa aos copos de plástico devido à sua natureza biodegradável. Eles normalmente não são pintados nem vidrados e devem ser descartáveis. A característica mais interessante do kulhar é não ser pintado e isso diferencia um kulhar de um copo de terracota. O kulhar não é vidrado do avesso.[16] Como os kulhars são feitos em forno e quase nunca são reutilizados, eles são inerentemente estéreis e higiênicos.[17] Os bazares e barracas de comida no subcontinente indiano tradicionalmente serviam bebidas quentes, como chá, em kuhlars, o que impregnava a bebida com um "aroma terroso" que muitas vezes era considerado atraente.[18] Iogurte, leite quente com açúcar e algumas sobremesas regionais, como o kulfi (sorvete tradicional), também são servidos nos kulhars.[19] Os kulhars gradualmente deram lugar aos copos de poliestireno e de papel couché, porque estes últimos são mais leves para transportar a granel e mais baratos.⁠[20][21]

Referências

  1. Couto, Claudia Vanessa Oliveira e Oliveira, Alfredo Jefferson de (2019). Análise dos copos descartáveis após 100 anos de uso. XVII Simpósio de Design Sustentável.
  2. Hill, M.K. (2010). Understanding Environmental Pollution. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 519. ISBN 978-1-139-48640-8 
  3. a b c Worrell, W.A.; Vesilind, P.A.; Ludwig, C. (2016). Solid Waste Engineering: A Global Perspective. [S.l.]: Cengage Learning. p. 395. ISBN 978-1-305-88835-7 
  4. Webster, K. (2000). Environmental Management in the Hospitality Industry: A Guide for Students and Managers. Col: Environmental Management in the Hospitality Industry: A Guide for Students and Managers. [S.l.]: Cassell. p. 146. ISBN 978-0-304-33234-2 
  5. a b Szaky, T. (2014). Outsmart Waste: The Modern Idea of Garbage and How to Think Our Way Out of It. Col: BK currents book. [S.l.]: Berrett-Koehler Publishers. p. pt70. ISBN 978-1-62656-026-0 
  6. a b Zimring, C.A.; William L. Rathje, C.E. (2012). Encyclopedia of Consumption and Waste: The Social Science of Garbage. [S.l.]: SAGE Publications. p. pt1026. ISBN 978-1-5063-3827-9 
  7. a b c d Aydelott, J.; Buck, D. (2007). Read Write Respond Using Historic Events. [S.l.]: Teacher Created Resources. p. 89. ISBN 978-1-4206-8237-3 
  8. Chronicle, San Francisco (13 de novembro de 2015). «Much ado about a Starbucks disposable cup». San Francisco Chronicle 
  9. a b Miller, G.T.; Spoolman, S. (2011). Cengage Advantage Books: Sustaining the Earth. [S.l.]: Cengage Learning. p. 288. ISBN 978-1-133-16928-4 
  10. Palmer, Brian (2 de abril de 2012). «Meet the Change Makers: Starbucks's Quest for a Better Cup». OnEarth Magazine 
  11. a b Roe, M. (2004). Market Research in Action. [S.l.]: Thomson Learning. pp. 64–65. ISBN 978-1-86152-938-1 
  12. Harlan, J. (2011). Ramen to the Rescue Cookbook: 120 Creative Recipes for Easy Meals Using Everyone's Favorite Pack of Noodles. [S.l.]: Ulysses Press. p. pt11. ISBN 978-1-61243-004-1 
  13. «McDonalds' Switch to Paper Cups Source of New Demand for International Paper» 
  14. «McDonald's UK To Trial Plastic-Coated Paper Cup Recycling». 25 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2017 
  15. «Environmental Stewardship». Starbucks Coffee Australia 
  16. Jasleen Dhamija (1970), Indian folk arts and crafts, National Book Trust, India, 1992, The simple clay kulhar, which is made in thousands as an inexpensive container for curd, sweets, tea or water, and after being used only once is thrown away, has the same form as those excavated at the Indus Valley or ... 
  17. Nigel B. Hankin (1997). Hanklyn-janklin: a stranger's rumble-tumble guide to some words, customs, and quiddities, Indian and Indo-British. [S.l.]: Banyan Books. ISBN 9788186558065. For the fussy, on request, the beverage will usually be served in a hand- less, unglazed, disposable earthenware pot, the kulhar, straight from the kiln ... 
  18. «Storm In A Kulhar». Outlook India. 2 de agosto de 2004. For those romantic souls who've regretted the loss of that earthy aroma and its replacement by the smell of plastic and detergent, railway minister Laloo Prasad Yadav is bringing back the bygone era ... kilns that use not only cowdung but also coal and wood. 
  19. «Cakes and Desserts». bittersweetnyc.com. Bittersweet NYC. Cópia arquivada em 3 de março de 2016. Kulfi (Indian Ice Cream) ... in India is traditionally served in Kulhars, unbaked terracotta ... 
  20. Sonu Jain (6 de julho de 2004), «Why Laloo's kulhad isn't as green as he makes it out to be», Indian Express, Contrary to common perception, the red kulhad takes nearly a decade to return to its natural form ... "The water in the clay disappears and the salts melt into a glassy state and bind together making the clay stronger," said D Chakravorty, ceramic engineer at CGCRI. It takes a while before this salt, exposed to vagaries of nature, decomposes ... 
  21. Venkatesh Dutta (4 de setembro de 2010). «कुल्हड़ में चाय और लस्सी नहीं चली लालू की रेल में». Live Hindustan. वेंडरों को यह महंगा सौदा पड़ा, क्योंकि कुल्हड़ पॉलिथीन के कप से महंगा पड़ रहा था। कुल्हड़ का वजन भी ज्यादा होता है। नतीजा यह हुआ कि फिर पॉलिथीन की कप में चाय बिकने लगी 

Leitura adicional

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