Saltar para o conteúdo

Defenestração: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
EmausBot (discussão | contribs)
m r2.6.4) (Robô: A adicionar: hu:Defenesztráció
Linha 1: Linha 1:
[[Ficheiro:Defenestration-prague-1618.jpg|direita|thumb|250px|As [[Defenestrações de Praga]] em 1618: gravura de [[Matthäus Merian]].]]
[[Ficheiro:Defenestration-prague-1618.jpg|direita|thumb|250px|As [[Defenestrações de Praga]] em 1618: gravura de [[Matthäus Merian]].]]
'''Defenestração''' é o ato de atirar algo por uma [[janela]]. Refere-se, contudo, mais especificamente ao ato de atirar pessoas de uma janela com a intenção de as assassinar ou ao caso de [[suicídio]]. O termo provém da palavra [[latim|latina]] para janela, ''fenestra''.
'''Defenestração''' é o acto de atirar algo por uma [[janela]]. Refere-se, contudo, mais especificamente ao ato de atirar pessoas de uma janela com a intenção de as assassinar ou ao caso de [[suicídio]]. O termo provém da palavra [[latim|latina]] para janela, ''fenestra''.


A defenestração, no caso concreto da aplicação a pessoas, foi uma prática corrente no [[século XVII]] (embora já viesse do século anterior, tendo sido usada na [[matança de São Bartolomeu]]), nomeadamente na [[Guerra dos Trinta Anos]]. Ficou famoso o episódio das "[[Defenestrações de Praga]]" ([[1619]]), tendo os nobres protestantes da [[Boémia]] invadido o castelo da capital e arremessando representantes do Governo Imperial pelas janelas. Este foi, a par da demolição de duas Igrejas Luteranas na Boémia por parte das forças católicas do [[Sacro Império Romano-Germânico]], um dos episódios determinantes na deflagração do conflito no continente.
A defenestração, no caso concreto da aplicação a pessoas, foi uma prática corrente no [[século XVII]] (embora já viesse do século anterior, tendo sido usada na [[matança de São Bartolomeu]]), nomeadamente na [[Guerra dos Trinta Anos]]. Ficou famoso o episódio das "[[Defenestrações de Praga]]" ([[1619]]), tendo os nobres protestantes da [[Boémia]] invadido o castelo da capital e arremessando representantes do Governo Imperial pelas janelas. Este foi, a par da demolição de duas Igrejas Luteranas na Boémia por parte das forças católicas do [[Sacro Império Romano-Germânico]], um dos episódios determinantes na deflagração do conflito no continente.

Revisão das 22h16min de 2 de fevereiro de 2012

As Defenestrações de Praga em 1618: gravura de Matthäus Merian.

Defenestração é o acto de atirar algo por uma janela. Refere-se, contudo, mais especificamente ao ato de atirar pessoas de uma janela com a intenção de as assassinar ou ao caso de suicídio. O termo provém da palavra latina para janela, fenestra.

A defenestração, no caso concreto da aplicação a pessoas, foi uma prática corrente no século XVII (embora já viesse do século anterior, tendo sido usada na matança de São Bartolomeu), nomeadamente na Guerra dos Trinta Anos. Ficou famoso o episódio das "Defenestrações de Praga" (1619), tendo os nobres protestantes da Boémia invadido o castelo da capital e arremessando representantes do Governo Imperial pelas janelas. Este foi, a par da demolição de duas Igrejas Luteranas na Boémia por parte das forças católicas do Sacro Império Romano-Germânico, um dos episódios determinantes na deflagração do conflito no continente.

Outra defenestração célebre ocorreu em Portugal, no contexto da Restauração da Independência. A vítima foi o Secretário de Estado Miguel de Vasconcelos, personagem odioso aos olhos dos portugueses por colaborar com a Dinastia Filipina, na manhã do dia 1 de dezembro de 1640, atirado das janelas do Paço da Ribeira para o Terreiro do Paço.

Já antes disso, também em Portugal, nos momentos tensos da crise de 1383-1385, o bispo de Lisboa, D. Martinho de Zamora, de origem castelhana e por isso suspeito de colaborar com o inimigo, foi atirado pelas janelas da Sé de Lisboa em 1383, pela população enraivecida.

Casos recentes

No dia 29 de março de 2008 a pequena criança Isabella Nardoni, de cinco anos de idade, foi defenestrada do sexto andar de um edifício em São Paulo, naquele que ficou conhecido como o Caso Isabella Nardoni.

Em 20 de dezembro de 2009, um ex-modelo e figurante de televisão cometeu suicídio ao defenestrar-se do décimo andar de um prédio no Rio de Janeiro.[1]

Referências