Descomplica

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Descomplica
Descomplica
Proprietário(s) Marco Fisbhen
Gênero ambiente virtual de aprendizagem
País de origem Brasil
Idioma(s) Português
Lançamento março de 2011[1]
Endereço eletrônico descomplica.com.br
Estado atual Ativo

Descomplica é um ambiente virtual de aprendizagem online criado em março de 2011 por Marco Fisbhen.

História[editar | editar código-fonte]

Marco Fisbhen na CASE 2014

A ideia do Descomplica surgiu em 2010. Marco Fisbhen, professor de física há 15 anos, pensava em como ensinar mais pessoas além de sua classe.[1] Ele disse que se sentia incomodado por entregar conteúdo de qualidade apenas às pessoas que poderiam "pagar muito", e começou a desenhar um plano de negócios, com a ideia de distribuir conteúdo para todo o Brasil para aqueles que não necessariamente poderiam pagar por cursos pré-vestibular. "Naturalmente", a ideia passou a ser fazer vídeos pela Internet, sendo esse o primeiro passo do Descomplica.[2]:1:03—1:46 Começou a gravar aulas em seu apartamento no Rio de Janeiro; eram, inicialmente, vídeos de poucos minutos, voltados para estudantes que iriam prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e vestibulares.[1]

Em 2018, atendia de quatro a cinco milhões de alunos mensalmente.[1]

Vazamento de dados[editar | editar código-fonte]

Em março de 2021, o Descomplica afirmou que havia sofrido um ataque hacker.[3] No dia 28 de abril, esses dados foram divulgados publicamente em um fórum de hackers, revelando dados de 4,8 milhões de usuários, segundo o Have I Been Pwned.[4][5][6]

Investimentos, monetização e negócios[editar | editar código-fonte]

De 2011 a 2012, Fisbhen decidiu que iria monetizar o Descomplica por um modelo de assinatura mensal e investir mais em tecnologia. No final de 2012, o site recebeu um investimento de sessenta mil dólares. Depois, no mesmo ano, recebeu um aporte série A de dois milhões de dólares do Valor Capital Group. Em 2013, conseguiu um aporte série B de cinco milhões de dólares de nomes como 500 Startups, Valor Capital Group, Valar Ventures e Social Capital. Um aporte série C chegou em 2015, com um investimento de sete milhões de dólares dos fundos Digital Prosperity, Valor Capital Group, Valar Ventures, Social Capital e ZenStone Venture Capital. Em março de 2018, o Descomplica arrecadou vinte milhões de dólares. Os aportes foram feitos pelos fundos Amadeus Capital Partners e Invus Opportunities e os reinvestidores Valor Capital e Social Capital.[1] Isso garantiu ao Descomplica o maior aporte já recebido em uma rodada por uma edtech brasileira, segundo publicação de 2019.[7]

Referências

  1. a b c d e Fonseca, Mariana (8 de abril de 2018). «Negócio criado por professor de física já captou R$ 110 milhões». Exame. Consultado em 9 de novembro de 2020 
  2. Sebrae SP (20 de agosto de 2015). "Me incomodava entregar bom conteúdo só para quem podia pagar caro"". Consultado em 9 de novembro de 2020 – via YouTube 
  3. «Startup de educação Descomplica informa que sofreu ataque hacker no final de semana». Estadão. Consultado em 5 de maio de 2021 
  4. «Dados de 4,8 milhões de usuários do Descomplica são expostos em vazamento». Olhar Digital. 29 de abril de 2021. Consultado em 5 de maio de 2021 
  5. «Dados roubados do 'Descomplica' são liberados de graça na internet». www.tecmundo.com.br. Consultado em 5 de maio de 2021 
  6. «Após ataque hacker, dados de clientes da Descomplica são postados em fórum». Estadão. Consultado em 5 de maio de 2021 
  7. Datt, Felipe (7 de março de 2019). «Descomplica, a edtech que recebeu R$ 100 milhões de investidores». Pequenas Empresas Grandes Negócios. Globo.com. Consultado em 9 de novembro de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]