Saltar para o conteúdo

Dionísio (tirano de Heracleia Pôntica)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
 Nota: Para outros significados de Dionísio, veja Dionísio (desambiguação).
Dionísio
Nascimento 360 a.C.
Heracleia Pôntica
Morte 305 a.C.
Heracleia Pôntica
Progenitores
Cônjuge Amástris
Filho(a)(s) Clearco II de Heracleia Pôntica, Oxyathres of Heraclea, Amastris
Ocupação tirano

Dionísio (ca. 360 a.C.305 a.C.) foi um tirano da Heracleia Pôntica.

Dionísio e Timóteo eram filhos de Clearco, tirano de Heracleia Pôntica.[1] Após o assassinato de Clearco, seu irmão, Sátiro, tornou-se tirano, mas ele tinha muito carinho pelos sobrinhos, e fez de tudo para não ter filhos, legando o poder a Timóteo quando tornou-se velho.[1] Timóteo cuidou de Dionísio como um pai cuida do filho, e eles chegaram a governar juntos.[1]

Ele sucedeu, no 3o ano da 110a olimpíada, a seu irmão Timóteo, que havia governado por quinze anos.[2]

Dionísio aumentou seu poder após a vitória de Alexandre sobre os persas,[3] Dionísio correu o risco de ser deposto, pois os exilados de Heracleia enviaram uma embaixada a Alexandre, pedindo para restaurar a democracia em Heracleia; Dionísio conseguiu o favor dos cidadãos e de Cleópatra, e se manteve no poder.[3] Após a morte de Alexandre, por doença ou veneno, Dionísio ergueu uma estátua à deusa "Felicidade", e os exilados foram a Pérdicas pedir que o destituísse, mas ele conseguiu se manter.[3] Pérdicas era um líder ruim, e foi morto por seus súditos; com a morte dele, as esperanças dos exilados foram extintas.[3]

Dionísio, em seu segundo casamento, casou-se com Amástris, filha de Oxatres, irmão de Dario III.[3] Amástris era prima de Estatira II, filha de Dario que Alexandre tomou por esposa após ter matado seu pai; elas foram criadas juntas e eram muito amigas.[3] Quando Alexandre se casou com Estatira, ele deu Amástris em casamento a Crátero, mas quando Crátero casou-se com Fila, filha de Antípatro, Amástris, com o consentimento de Crátero, foi viver com Dionísio.[3]

Dionísio ajudou Antígono Monoftalmo quando este atacou Chipre, e, como recompensa, recebeu Ptolemeu, sobrinho de Antígono e general de suas forças no Helesponto, como marido de uma filha que ele teve de seu primeiro casamento.[3] Depois destas honras, ele abandonou o título de tirano e assumiu o título de rei.[3]

Quando se sentiu livre de preocupações, viveu uma vida de luxo, engordando ao ponto de ter de ser acordado com dificuldades, através de agulhas, para tirá-lo do torpor.[3] Ele teve dois filhos com Amástris, Clearco, Oxatres e uma filha com o mesmo nome da mãe.[3]

Quando ele estava quase morrendo, deixou Amástris no governo, como guardiã dos filhos.[3]

Dionísio governou por trinta e dois anos, sendo sucedido por seus filhos Oxatres e Clearco.[4]

Referências

  1. a b c Memnon de Heracleia, Livros IX e X, citado por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
  2. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XVI, 88.5
  3. a b c d e f g h i j k l Memnon de Heracleia, Livros XI e XII, citado por Fócio, Biblioteca de Fócio [em linha]
  4. Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XX, 77.1

Árvore genealógica baseada em Memnon de Heracleia Pôntica:

Clearco
Sátiro
Oxatres
Timóteo
Dionísio
Amástris
Oxatres
Clearco
Amástris