Dipesh Chakrabarty

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Dipesh Chakrabarty
Dipesh Chakrabarty
Nascimento 15 de dezembro de 1948 (75 anos)
Calcutá
Cidadania Índia
Alma mater
Ocupação autor, historiador, sociólogo, antropólogo, professor universitário
Prêmios
  • Toynbee Prize
Empregador(a) Universidade de Chicago

Dipesh Chakrabarty nasceu em 1948, em Calcutá, na Índia. É um historiador indiano, lembrado principalmente pelas suas contribuições para a teoria pós-colonial e para os estudos subalternos. Atualmente é professor de História no Lawrence A. Kimpton Distinguished Service. Recebeu o Prêmio Toynbee em 2014, que leva o nome de Arnold J. Toynbee, e reconhece os cientistas sociais por importantes contribuições acadêmicas e sociais à humanidade.[1]

Contribuições[editar | editar código-fonte]

Chakrabarty é conhecido pelas suas contribuições na área das Ciências Humanas, principalmente no que diz respeito aos estudos pós-coloniais e estudos subalternos. Seus livros Repensando a História da classe trabalhadora (1989) e Provincializando a Europa (2000) desenvolvem a perspectiva de que ideias desenvolvidas pelos europeus, alegadas como universais, na verdade pertenciam a um contexto cultural específico, sendo conceitualmente e empiricamente limitadas. Entre essas ideias denunciadas pelo indiano, está o historicismo, a razão, e a própria ideia de humano que os pensadores europeus sustentaram. O pretenso "distanciamento científico" europeu também possibilitou que se construísse a sensação de universalidade desses conceitos. Para Chakrabarty, ao analisar os povos colonizados, deveríamos nos distanciar da concepção de um tempo secular histórico, e da concepção de modernidade que totaliza as experiências de todos os povos em um só povo, o europeu. Para isso, o pensador colocou em foco as manifestações culturais e religiosas autônomas do povo indiano, analisando-as em seu cotidiano e como parte essencial de sua historicidade.[2][3]

Nesse sentido, a subalternidade diz respeito a subordinação teórica dos povos colonizados em relação aos europeus, ou seja, como os últimos sentem-se a vontade para universalizar termos sem verificar as experiências individuais dos povos colonizados, na medida em que os não-ocidentais continuam a se utilizar de seus conceitos e ideias de forma ativa. Assim, a história universal é entendida como uma extensão do imperialismo europeu.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Toynbee Prize Foundation 2014.
  2. Bentivoglio & Cunha 2019, p. 244-245.
  3. Santos, Pedro Afonso Cristovão dos; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Nicodemo, Thiago Lima (abril de 2022). «"Por onde deve começar-se a história do Brasil?": eurocentrismo, historiografia e o Antropoceno». Topoi (Rio de Janeiro) (49): 70–93. ISSN 2237-101X. doi:10.1590/2237-101x02304903. Consultado em 15 de fevereiro de 2024 
  4. Bentivoglio & Cunha 2019, p. 250-251.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bentivoglio, Julio; Cunha, Marcelo Durão Rodrigues da (2019). «Dispesh Chakrabarty: subalternidade e deseuropeização da História». In: Bentivoglio, Julio; Avelar, Alexandre de Sá. O futuro da História: da crise à reconstrução de teorias e abordagens. Vitória: Milfontes 
  • Toynbee Prize Foundation (2014). «Dipesh Chakrabarty Named 2014 Toynbee Prize Recipient». Consultado em 1 de maio de 2020 
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