Direitos humanos na Indonésia
As ações do governo da Indonésia têm sido notadas com preocupação pelos defensores dos direitos humanos. Ambas Human Rights Watch e a Amnesty International criticaram o governo em vários assuntos. Embora o país tenha instituições nacionais de direitos humanos, a Comissão Nacional de Direitos Humanos (Komnas HAM) desde 1993, que goza de um grau de independência do governo e detêm o credenciamento da ONU, a própria comissão tem pouco efeito, contra práticas discriminatórias cometidas pelo governo.
Uso de força e impunidade
[editar | editar código-fonte]Na Indonésia há falta de um mecanismo de reclamações independente, eficaz e imparcial que possa lidar com reclamações públicas sobre má conduta policial, incluindo delitos envolvendo violações de direitos humanos. Embora organismos existentes, como a Comissão Nacional de Direitos Humanos (Komnas HAM) ou a Comissão Nacional de Polícia (Kompolnas) possam receber e investigar queixas do público, eles não têm poderes para encaminhar esses casos diretamente ao Ministério Público ou ao corpo disciplinar interno da polícia.[1]
Alegações repetidas de tortura e maus-tratos de detentos pelas forças de segurança, particularmente de ativistas políticos pacíficos em áreas com histórico de movimentos independentistas como Nova Guiné Ocidental e Ilhas Molucas foram relatadas. Investigações independentes em tais alegações eram raras. Não houve investigações sobre alegações de tortura e outros maus-tratos de 21 ativistas políticos pacíficos pelo Destacamento Especial-88 (Densus-88), uma unidade policial de combate ao terrorismo. Os 21 haviam sido torturados durante a prisão, detenção e interrogatório em Maluku em agosto de 2010. O açoite era cada vez mais usado como uma forma de punição judicial em Achém. Pelo menos 72 pessoas foram espancadas por várias ofensas, incluindo beber álcool e estar sozinha com alguém do sexo oposto que não era um cônjuge ou parente (khalwat). As autoridades indonésias aprovaram uma série de estatutos que regem a implementação da Xaria após a promulgação da Lei de Autonomia Especial da província em 2001.[2]
Referências
- ↑ "Excessive force: impunity for police violence in Indonesia" (PDF). Amnesty International. Acessado em 24 de julho de 2012.
- ↑ "Indonesia". Annual report 2012. Amnesty International. Arquivado do original em 28 de maio de 2012. Acessado em 25 de julho de 2012.