Discussão:Francisco de Souza Meira

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José de Souza Meira era filho e não pai de Francisco, conforme comprovado por Licurgo Santos Filho em Uma Comunidade Rural do Brasil Antigo, pág. Não me recordo as páginas nem os capítulos, pois a pesquisa foi feita em um formato digital do Livro, que estava disponível de graça na internet, porém, o link expirou, mas Priscila Machado da Silva e Isnara Pereira Ivo, relata isso em seu trabalho, que inclusive é fonte de número 5 do artigo. Além do mais ele não poderia ter dado início ao povoamento da Fazenda Campo Seco em 1750, por que em 1749, a fazenda já pertencia ao seu filho supracitado, conforme fontes: História da Câmara e Washington Santos Nascimento. Alessandro SILmanda 18h24min de 3 de novembro de 2016 (UTC-3).

José de Souza Meira, que comprou a fazenda em 1749 era o pai do capitão Francisco de Souza Meira, sendo que o capitão Francisco de Souza Meira teve um filho José de Souza Meira, mesmo nome do pai do capitão.
Nos primeiros registros da história de Brumado, tradicionalmente o capitão Francisco de Souza Meira é mencionado como português e em outros fidalgo, mas em pesquisa de um médico de brumado Mário Rizério Leite, ele descobriu a referência ao José de Souza Meira que comprou a fazenda Campo Seco em 1749, na pesquisa do professor Erivaldo Fagundes Neves, que ampliou a pesquisa anterior, é mencionado o inventário do pai de Francisco de Souza Meira, José de Souza Meira que existe em Rio de Contas datado de 1754-1755 e o inventário da mulher Micaela Maria de Jesus que faleceu em 1749, deixando o filho recém-nascido, iniciando o inventário dela em 1750.
Campo Seco (ou Brejo do Campo Seco) – Fazenda que teria 25 léguas quadradas, cujas
terras estendem-se nos atuais municípios de Brumado e Malhada de Pedras, aforada por
João Antunes Moreira e transferida hereditariamente ao filho, padre André Antunes da
Maia, “ainda pagando rendas aos senhorios diretos, Estevão Pinheiro de Azevedo, D.
João de Mascarenhas e seu sucessor, o fidalgo Manoel de Saldanha”. O padre André da
Maia vendeu sua posse em 30 de junho de 1749, conforme escritura do tabelião da Vila
Nova de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas, demarcando com
Bom Jesus, na passagem das Duas Lagoas; Pedra Branca, nas Lajes das Cacimbas; Olhos
d’Água, na passagem das Cacimbas, incluindo o Piau. Mas “o comprador, José de Souza Meira,
conservou-a por pouco tempo, pois em 1755, Miguel Lourenço [de Almeida] já se encontrava nela ::estabelecido” 624.
“Joseph de Souza Meyra, morador no rio de São Francisco” (Santo Antônio do
Urubu), viúvo de Micaela Maria de Jesus, adquiriu a posse, com benfeitorias, da “fazenda
Campo Seco do Riacho do Antônio”, em 1749, do “padre André Antunes da Maya”,
por um conto e 462 mil réis 625. Manoel Fernandes Barros, inventariante de José de
Souza Meira, declarou, em 1755, posse no “sítio de terras no Brejo donde morava Manoel
de tal”, “para se pagar o arrendamento a quem de direito”, “com benfeitorias, casas
de palha e roças”, por 30 mil réis. 626
Inventariaram o sítio Serra do Campo Seco, contíguo ao Campo Seco e Bom Jesus,
“com terras próprias”, em 1759, no espólio de Estevão Pinheiro de Azevedo. Em
1817 inventariou-se uma porção de Campo Seco no espólio de Antônio de Brito Gondim.
Partilharam um quarto das terras de Campo Seco, em 1818, com Cerquinha, no
espólio de Francisco Xavier de Carvalho Cotrim e metade, da fazenda e da casa, em
1839, no espólio de Ana Francisca da Silva627, viúva de Miguel Lourenço de Almeida,
por dois contos e 60 mil réis e um quarto de Serra das Éguas, 200 mil réis, somando-se a
isto, 10 escravos, 16 rezes, um cavalo, móveis e utensílios domésticos, roda, prensa e
forno. Lauriana Maria de Santo Antônio vendeu, em 1846, por 500 mil réis, a parte que
herdara da mãe Ana Francisca da Silva, para Bento Joaquim Pinto, no valor de 45 mil
réis, Antônio Rodrigues da Silva, 45 mil réis, José Ferreira das Neves, 20 mil 614 réis,
Serafim Rodrigues Coutinho, 20 mil 714 réis, Manoel Ponciano de Souza, 20 mil 714
réis e Agostinho de Brito Gondim, 20 mil 714 réis.
No registro de terras da freguesia de Caetité, em 1854-1859, limitando com Bom
Jesus, Riachão, Gameleira, Pedra Branca, Mocambo, São Domingos, São Gonçalo, Olhos
d’Água, Serra das Éguas; e medindo 25 léguas quadradas, declararam propriedades
em comum, vários herdeiros e compradores com nomes de família como: Alcântara
Vieira Lourenço de Almeida, Pinheiro Canguçu, Pinheiro Pinto, Rebouças, Silva Barros,
Silva César, Xavier Duarte, e outros. E no registro de terras da freguesia de Santo
Antônio da Barra, em 1858, declararam posses indivisas: Joaquim Antônio da Silva
623 APEB. Judiciário, SRJ/25/24. f. 180 v. Escritura pública, 9 de jun., 1873.
624 LEITE, A Rizério. Bahia Rural. Salvador, Jan., 1953. Apud SANTOS FILHO. Lycurgo. Op. cit., ::p. 5.
625 AMRC. Tabelionato. Livro de notas n. 9 (1747-1752), f. 87. Escritura de venda e compra, 30 ::jun.,
1749.
626 AMRC. Inventários, século XVIII, M-21, D-19. 627 APEB. Judiciário, 02.0558.1007.03.
Retirado da tese de Erivaldo Fagundes Neves
NEVES, Erivaldo Fagundes (2003). «POSSEIROS, RENDEIROS E PROPRIETÁRIOS: Estrutura Fundiária e Dinâmica Agro-Mercantil no Alto Sertão da Bahia (1750-1850), Tese de Doutoramento p. 301-302, 328-329, 389» (PDF). Recife, Pernambuco, Brasil: Universidade Federal de Pernambuco.

--Tiago (discussão) 20h08min de 4 de novembro de 2016 (UTC)[responder]

Olá, IacobusBr, fontes comprovam que Francisco de Souza Meira não pode ser filho de José de Souza Meira, as fontes já citadas comprovam isso. A histrória oficial relatada pela Câmara de vereadore de Brumado, também aqui deixa claro que José de Souza Meira é filho do capitão. A questão crucial é a seguinte: José de Souza Meira (pai, caso seja verdade isso) não poderia ter comprado a fazenda, porque isso aconteceu em 1749, mas segundo as fontes que você citou, Francisco teria nascido em 1750 — na contramão do tempo, isso quer dizer que Francisco de Souza Meira não teria nascido ainda quando a fazenda foi comprada. Portanto, nem o pai poderia ter comprado em 1749 porque Francisco nasceria um ano depois, mas o mesmo já tinha tomado as terras muito antes; muito menos o filho, porque não existia ainda. Então essa história foge totalmente à cronologia dos acontecimentos. O pai não poderia ter comprado a fazenda depois, haja vista que ele (o capitão) já havia fundado a fazenda muito antes. Resta saber quando morreu o capitão e quando morreu seu pai, para assim ter uma suposta cronologia correta da história. É necessário saber quem é o pai e quem é o avô com mesmo nome, para se afirmar algo de tamanha importância, porque isso mexe diretamente com a história do município.
Por outro lado, se o capitão teve um filho com o mesmo nome do avô (se isso for verdade), deve ser relatado distintamente no artigo, sem citar datas, para que não haja confusão. Como disse antes, teses de doutorado é apenas uma tese, enquanto que outras pesquisas são encaradas como finais. O documento que você disse que é um almanaque, mesmo sendo, ele é um documento oficial do governo, disponibilizado pelo sítio em questão. A tese dele é tão controversa que diz que José de Souza Meira era sobrinho de Francisco deSouza Meira, conforme essa citação: "José de Souza Meira inventariou, em 1845, a parcela de Bom Jesus que herdara dos sogros e tios Francisco de Souza Meira e Ana Xavier da Silva, no espólio da consorte Ana Maria de Souza, por 820 mil réis." Pág. 294, 295. Abraços Alessandro SILmanda 08h40min de 4 de novembro de 2016 (UTC-3)
O José de Sousa Meira, primeiro de 1749
Depois este teve dois filhos: Bernardo de Souza Meira e Francisco de Souza Meira, sendo o primeiro antes de casar e o segundo de legítimo matrimônio.
O capitão Francisco de Souza Meira teve 11 filhos:
um como o mesmo nome do pai Francisco de Souza Meira (apelidado de chichi)
um outro José de Souza Meira
Como sabe as famílias tem costume de dar o mesmo nome do pai no filho ou do avô no filho, e nessa os nomes se repetem várias vezes na mesma família.--Tiago (discussão) 13h01min de 5 de novembro de 2016 (UTC)[responder]
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Estas quatro fontes primárias e secundárias foram usadas na pesquisa do Prof. Dr. Erivaldo Fagundes Neves para embasar as afirmações feitas por ele
através de sua pesquisa feita há anos atrás no Arquivo Público do Estado da Bahia e Arquivo Municipal de Rio de Contas:
623 APEB. Judiciário, SRJ/25/24. f. 180 v. Escritura pública, 9 de jun., 1873.
624 LEITE, A Rizério. Bahia Rural. Salvador, Jan., 1953. Apud SANTOS FILHO. Lycurgo. Op. cit., ::p. 5.
625 AMRC. Tabelionato. Livro de notas n. 9 (1747-1752), f. 87. Escritura de venda e compra, 30 ::jun.,
1749.
626 AMRC. Inventários, século XVIII, M-21, D-19. 627 APEB. Judiciário, 02.0558.1007.03.
Não há como dizer que isso é pesquisa inédita e é possível consultar as fontes online e as impressas que por ventura não estejam disponíveis online
Peço por favor não retornar a afirmação que ele é natural de Portugal, pois a fonte é um Almanak da década de 1920 e as fontes do IBGE foram
coletadas por meio de fontes tradicionais, não mencionam as fontes que embasam a afirmação dele ser natural de Portugal nem a monografia do IBGE nem
o Almanak Laemert.
Antes de tomar qualquer atitude peço que consulte o livro impresso adicionado nas fontes por último.
--IacobusBr (discussão) 12h53min de 2 de julho de 2018 (UTC)[responder]

Como proponho uma discussão sobre a briga de edições nesse artigo, para que tenha um consenso e não apenas um faz a o outro faz b e ficamos em um loop?[editar código-fonte]

@Renato de carvalho ferreira, JMGM, IacobusBr, Alessandro Sil e André Koehne:

Gostaria de propor uma edição por consenso. Peço aos editores mais experientes para saber como funciona isso, se é que existe. A grande questão que tem sido posta em debate entre mim (IacobusBr) e o editor Alessandro_Sil é se o precursor do povoamento do município de Brumado nasceu em Portugal(no período colonial a metrópole) ou no território do Brasil atual, naquele tempo Brasil colonial, Estado do Brasil(colônia do Reino de Portugal).

As fontes usadas para embasar os argumentos estão nas referências do artigo, porém parte delas não estão disponíveis para conferência online. IacobusBr (discussão) 00h47min de 20 de outubro de 2018 (UTC)[responder]

@IacobusBr:, creio que a melhor solução seria a colocação de uma {{Nota de rodapé}}, onde o questionamento ou contradição entre as fontes remeteria ao leitor/consulente à existência de dúvida... Sugiro para depois, já que a informação tem relevância para a cidade de Brumado, que entremos em contato com o Erivaldo (ou mesmo com o Gleuber Ferreira, que tem feito um belo trabalho de genealogia e acesso a um vasto registro).
Fiz uma rápida leitura do que se falou acima, e a questão da homonímia é bastante relevante na confusão entre personalidades... Episódio interessante de como as homonímias provocam confusão temos no caso do Antônio Zacarias Álvares da Silva (barão do Indaiá) e seu filho Antônio Zacarias Álvares da Silva (filho); um IP relatou o erro que "fundira" no artigo do primeiro pai e filho e, ao pesquisar, descobri que o site da FGV incorria no mesmo equívoco... Enfim, tergiversamos, mas a ideia provisória é de deixar uma Nota lá no rodapé, até para que fique claro ao leitor que a informação não é pacífica. André Koehne (discussão) 13h54min de 28 de outubro de 2018 (UTC)[responder]
@André Koehne: Boa solução, segundo a pesquisa do professor Erivaldo ele já nasceu no Brasil colonial, porém nem tudo que o Prof Erivaldo escreveu está disponível online para conferência, uma parte sim.--IacobusBr (discussão) 14h39min de 30 de outubro de 2018 (UTC)[responder]

Resumo informal[editar código-fonte]

Para esclarecimento:

José de Souza Meira, o mais antigo, nasceu em data ignorada, e local ignorado, tinha uma fazenda em São Romão, no Norte de Minas Gerais. Segundo seu inventário do ano de 1754 ele faleceu nesse ano deixando um filho de 5 anos de idade, tido com Micaela Maria de Jesus. E outro Bernardo, mais velho, havido antes do casamento com Micaela e com uma outra mulher de nome ignorado.

Micaela Maria de Jesus, antes foi casada com José da Silva Ferreira, e deste primeiro casamento teve Ana Francisca da Silva, que depois de crescida se casou com Miguel Lourenço de Almeida. Micaela, depois de viúva e com a filha Ana Francisca da Silva, casou com José de Souza Meira. E faleceu nove dias depois de ter o primeiro e único filho do segundo casamento.

Então, mesmo que relatos anteriores dizem que o capitão Francisco de Souza Meira era português e veio como um bandeirante para a conquista das terras de Brumado. De acordo com os dados acima não há como conciliar as duas narrativas. O que provavelmente ocorreu: Seus pais vieram de fora, José de Souza Meira, provavelmente de São Romão, no norte de Minas e nas margens do Rio São Francisco, para morar próximo da atual Brumado e também vindo de fora veio Micaela, e lá tiveram o filho Francisco de Souza Meira. Que, anos depois, aparece como proprietário da Fazenda Bom Jesus do Campo Seco. Apesar de já ter nascido próximo a Brumado, deduz-se que era um lugar muito pouco explorado, e assim, mesmo nascendo próximo, ele participou ativamente do povoamento de Brumado. Lá vivendo até falecer e deixando numerosa família que formou o arraial de Bom Jesus dos Meiras.

De tudo dito acima. Apesar de deduções, alguns pontos são fatos indiscutíveis. José de Souza Meira viveu do início do século XVIII, até 1754, e ao falecer deixou um filho Francisco, com 5 anos de idade. Esse mesmo José de Souza Meira comprou a fazenda do Campo Seco do padre André Antunes da Maia, em 1749. Em 1755 Miguel Lourenço de Almeida estava estabelecido na região, sendo ele casado com Ana Francisca da Silva, filha do primeiro casamento de Micaela, e por tanto, irmã por parte de mãe de Francisco de Souza Meira.

Houve uma família Meira no norte de Minas Gerais, conforme a fonte citada neste artigo, que poderia ser diretamente relacionada a José de Souza Meira, pai do Capitão Francisco de Souza Meira. Porém não há como afirmar isso somente por afirmar. E a origem mais antiga da família Meira é na Galiza espanhola. Mas não há um encadeamento seguro entre a família de Marcos de Meira, Baltazar de Meira, e Espanha, com José de Souza Meira. Semelhanças, que talvez indiquem alguma ligação. --IacobusBr (discussão) 05h15min de 22 de agosto de 2020 (UTC)[responder]