Discussão:O Príncipe

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Último comentário: 10 de março de 2021 de Soutilpararir
“O Príncipe” – Maquiavel

Niccolò Bernardo Machiavelli 3 de Maio 1469 - 21 de Junho 1527 Natural de Florença, Itália

Minha Conclusão[editar código-fonte]

A Wikipedia não é um fórum.[editar código-fonte]

O que A, B ou C acham do livro é coisa que me é muito estranha não ter sido apagada e advertência.

Eu queria entender por que alguns disparates ficam sem remoção por bom tempo quando outros nada de errado fazem e são logo banidos.

E se existe alguma coisa peculiar à Wikipedia lusófona sobre isto: Qualquer artigo que verse sobre assunto que tem nuance de carater secundario (nao tao informacional) sempre tem a predefinicao laranja.

Digo... É muito artigo mesmo. Inexiste correlacao entre fonte e conhecimento util sobre qualquer artigo. Por que v.g. na Wikipedia da língua inglesa é raro ver tal aviso. Alguem poderia elucidar? Soutilpararir (discussão) 07h24min de 10 de março de 2021 (UTC)Responder

I - Quantos são os gêneros dos principados e de que modos são obtidos[editar código-fonte]

Os principados podem ser hereditários, novos, sendo que os novos podem ser inteiramente novos, ou membros anexados a um Estado hereditário.

II - Dos principados hereditários[editar código-fonte]

Nos principados hereditários há menos dificuldade em conserva-los do que nos novos. É necessário somente manter a tradição dos antepassados. Maquiavel usa como exemplo o duque de Ferrara e os ataques venezianos sobre ele.

III - Dos principados mistos[editar código-fonte]

Já num principado inteiramente novo, ou misto, há uma grande dificuldade de mantê-lo, porém é facilmente conquistado, pois os homens gostam de mudar de senhor, pensando que o estado da vida vai melhorar, o que os faz levantar as armas contra o senhor atual. Isso causa a facilidade de conquista. No entanto, percebem depois que o novo senhor também é um tirano, e percebem o erro cometido, levantando as armas contra o novo senhor, o que causa a dificuldade de mantê-lo. Como exemplo, o autor cita o caso de Luís XII e França, no qual Luís conquistou facilmente e perdeu facilmente o reino. Uma das soluções propostas é extinguir a família do antigo príncipe, que desmoralizaria a população. Ou então não mudar as leis e regras para que não haja uma insatisfação maior do que antes.

IV - Por que razão o reino de Dario...[editar código-fonte]

O autor descreve que o império alexandrino era composto por dois tipos de principados. Um no qual ele é governado por um príncipe e todos os outros são servidores que o ajudam a governar como ministros, ou por um príncipe e por barões que detêm essa posição pela hereditariedade. O autor descreve que as dificuldades de conquistar um principado do 1º tipo são que se os servos ou servidores são muito dedicados ao príncipe e portanto não serão corrompidos facilmente, e mesmo que fossem, pouco poderia se esperar da parte deles. Já no segundo tipo de principado/reinado, é fácil infiltrar-se, pois pelo menos um dos barões estará descontente com as condições que tem, e portanto aliar-se-á ao rei invasor.

V - De que modo se devem governar...[editar código-fonte]

Num estado que já vivia sob leis anteriores há três modos de governá-los. Remexendo na sociedade; ir residir nesse estado, ou deixar que vivam sob as leis anteriores, aplicando somente um tributo ao estado anexador, e criando um governo de poucos, no qual mais de uma pessoa governa partes do estado e são “amigas” do príncipe. Como exemplo, Maquiavel cita Atenas e Tabas.

VI - Dos principados novos que se...[editar código-fonte]

O autor, aqui, diz que a facilidade de conquistar e manter um estado dependem da virtù do conquistador. Virtù pode ser descrito como valor, ou “valorosidade”. No entanto, para um estado conquistado somente com a virtù, é necessário que haja a ocasião para que a virtù haja efeito. Então, o autor cita exemplos notáveis como Moises, Rômulo, Teseu e Ciro.

VII - Dos principados novos que se...[editar código-fonte]

Os principados conquistador com a fortuna de outrem e armas são conquistados facilmente e mantidos dificilmente. Por exemplo, um estado dado a alguém como presente ou dádiva, pois os presenteados confiam somente no poder de quem lhes concedeu o principado, que normalmente é instável e volúvel. Alem disso, os estados que nascem subitamente também têm problemas para serem governados, pois como todas as coisas que crescem rapidamente, o governador tem que ter virtù o bastante para poder acompanhar o crescimento do principado

VIII - Dos que chegaram ao principado por...[editar código-fonte]

Além desses modos de se chegar a príncipe, pode-se faze-lo através de atos criminosos ou por favores de seus concidadãos. O autor exemplifica dando dois exemplos, e ao final do capítulo, mostra que “[...] ao tomar um Estado, o conquistador deve examinar todas as ofensas que precisa fazer, para perpetuá-las todas de uma vez só e não ter que renová-las todos os dias [...]” senão deverá sempre desconfiar de seus súditos e “sempre estar com a faca na mão”

IX - Do principado civil[editar código-fonte]

Já num principado civil, não é necessário nem virtù nem fortuna. Só necessita de uma astúcia afortunada. Na verdade, quando “os grandes” vêem que não estão podendo resistir ao povo, exaltam um deles e o torna príncipe para que se acalmem. Também, quando o povo percebe que não pode resistir aos grandes, elegem um príncipe do povo para que o príncipe projeta o povo. Isso mostra que esse tipo de principado surge por necessidade. Esse tipo de principado costuma correr perigo quando saem da ordem civil para a absoluta. Principalmente quando é gerido por magistrados, pois o governo depende exclusivamente da vontade desses magistrados.

X - De que forma se devem avaliar as forças...[editar código-fonte]

Aqui o autor avalia dois tipos de príncipes. Aquele que muito território e pode protegê-lo pois tem riqueza de homens ou de dinheiro, e aquele que tem muito território mas não pode protegê-lo completamente. O primeiro nada deve temer pois tem força o bastante para entrar em guerra com alguém ou defender de alguém que entre em guerra com ele. Isso mostra que esse príncipe é poderoso. Já o segundo, depende de outros para se defender. Assim, o autor sugere que ele proteja sua cidade e se guarde, sem se preocupar com o território extra. Assim esse príncipe será atacado com mais hesitação pois saberão que será difícil conquistar este principado pois este príncipe terá suas terras mais fortificadas e não poderá ser odiado pelo povo.

XI - Dos principados eclesiásticos[editar código-fonte]

Neste capítulo, Maquiavel discorre sobre os principados eclesiásticos. Neles não existem dificuldades, pois os problemas existentes são anteriores à sua posse. Os principados eclesiásticos são os únicos que tem Estados e não os defendem, tem súditos e não os governam. Eles não se preocupam em perder seus súditos. Assim esses estados são seguros e felizes. E o poder do príncipe não é contestado pois é um poder que é inexplicável e incompreensível para o homem, que seria presunçoso e temerário se discorresse sobre o assunto.

XII - De quantos gêneros há de milícias e de...[editar código-fonte]

Existem três tipos de milícias. A própria, a auxiliar e a mercenária. A mercenária é ruim pois é desunida, ambiciosa, indisciplinada, infiel, valentes entre amigos e covardes entre inimigos. Querem ser seus soldados enquanto não há guerra, e fugir quando há, pois estão interessados somente no dinheiro.

XIII - Dos exércitos auxiliares, mistos e próprios[editar código-fonte]

A milícia auxiliar é outra arma inútil, pois podem até ser úteis e bons para si mesmos, mas para que os chama, são nocivos, pois se perdem, você perde com eles. Se ganharem, você é aprisionado por eles…

XIV - Do que convém a um príncipe em matéria...[editar código-fonte]

Aqui, Maquiavel diz que o objetivo primário do príncipe é conhecer a arte da guerra. A ele não serve mais nenhuma arte, somente a da guerra. Assim o príncipe deve exercitar sua arte, na guerra e na paz. Na paz pode-se exercitar com obras e com a mente. Com obras pode organizar seu exército, dedicar-se a caçadas, estudar o terreno ao seu redor. Quanto à mente, o príncipe deve ler obras históricas e refletir sobre as ações dos homens excelentes, ver o seu comportamento na guerra, examinar as derrotas e as vitórias e suas causas para poder escapar das derrotas e imitar as vitórias.

XV - Das coisas pelas quais os homens, especialmente...[editar código-fonte]

Neste curto capítulo o autor descreve como são as relações entre o príncipe e os homens, seus súditos.

XVI - Da liberdade e da parcimônia[editar código-fonte]

É perigoso ser liberal. Ser gastador significa aumentar os impostos do povo, o que gera descontentamento. Melhor a fama de sovina do que a de pródigo.

XVII - Da crueldade e da piedade e se é melhor...[editar código-fonte]

Neste capítulo, Maquiavel diz que, os príncipes deseja ser chamado de piedoso e não de cruel. No entanto, se a crueldade for moderada como o autor descreve, o príncipe será mais piedoso do que se tivesse piedade. Todo príncipe deseja ser mais temido do que amado, no entanto o príncipe deve ser amado para que haja a … e não a rebelião.

XVIII - De que modo devem os príncipes manter...[editar código-fonte]

Existem dois gêneros de combate. Com as leis e com a força. O primeiro é chamado de humano e o segundo de animal. Muitas vezes o humano não é o bastante então o animal é utilizado. Portanto o príncipe deve saber utilizar tanto o animal quanto o humano. Cita então lendas em que os príncipes foram ensinados por centauros. Quem não melhor para descrever a parcimônia entre animal e humano do que um meio animal, meio humano? Um príncipe, para manter sua palavra não deve ter todas as virtudes necessárias descritas no livro, só tem que parecer tê-las. Pode até ser que tenha estas virtudes, mas deve saber quando usá-las ou não.

XIX - Como se deve evitar o desprezo e o ódio[editar código-fonte]

O príncipe deve evitar ser odioso e desprezível. E sempre que evita o ser, cumpriu sua parte. Ser rapace e usurpar dos outros são atos odiosos, enquanto ser inconstante, julgar precipitadamente, ser extremamente sensível, fraco ou covarde e difícil de tomar uma decisão o faz ser desprezível. O príncipe deve procuram em suas ações a grandeza, ânimo, ponderação e energia. Este príncipe com essas qualidades/virtudes é altamente reputado e dificilmente logrado e será reverenciado e estimado por seus súditos. Um príncipe deve ter dois receios: o externo e o interno, compostos respectivamente pelas potências estrangeiras e pelos súditos. E o meio de se defender deles é através de boas armas, que trazem bons amigos. Não haverá problemas internos conquanto não haja problemas externos. E os problemas internos podem ser evitados agindo sem ser odioso nem desprezível, para evitar conspirações. “[…] da parte do conspirador, só existem o medo, a inveja e o temor da punição que o aterrorizam; enquanto, para defender o príncipe existem as majestades, as leis, a proteção dos amigos e do Estado, o que faz com que nenhuma pessoa seja temerária o bastante para conspirar contra o príncipe.[…]” O autor cita então um exemplo de uma conspiração na Bolonha. É citado então um outro exemplo, agora na França.


XX - Se as fortalezas e muitas outras coisas que...[editar código-fonte]

Algumas acções dos príncipes são úteis algumas não. Neste capítulo Maquiavel decide se são ou não. Nunca houve um príncipe novo que desarmasse os súditos. Na verdade, se os encontrasse desarmados os armariam, pois assim essas armas tornam-se suas, tornam-se leais no que lhe eram suspeitos. Se um príncipe desarmasse a população, mostraria desconfiança por vileza ou má fé, que acenderia o fogo do ódio contra o príncipe, objectivo que queremos evitar. No entanto, quando um Estado é anexado no outro, faz-se necessariamente desarmar a população, excepto aqueles que ajudaram a conquistar. Mesmo estes devem ser desarmados e tornados fracos, debilitados tornando todos os exércitos, daquele Estado exércitos do Estado anexador. Aqui o autor cita um exemplo, ocorrido na região da Itália.

XXI - O que convém a um príncipe para ser ...[editar código-fonte]

A estima de um príncipe vem de grandes atos e empreendimentos, e dar de si raros exemplos. Maquiavel cita aqui o exemplo de Fernando de Aragão, Rei de Espanha. O príncipe deve também fornecer exemplos raros para a política interna; quando alguém faz um ato extraordinário para o bem ou para o mal, deve ser premiá-lo ou puni-lo de uma forma que seja comentada e lembrada por muito tempo. “Um príncipe também é estimado quando é um verdadeiro amigo ou um verdadeiro inimigo.” Ou seja, quando se declara sem temor algum a favor de um e contra outro. Esse partido é melhor pois, de acordo com o autor, se dois estados vizinhos entram em guerra, quando um deles ganhar, o príncipe virará presa do vencedor. E o vencedor não o estimará tanto quanto antes, pois desconfiará de alguém que não ajude na adversidade.

XXII - Dos secretários que os príncipes mantêm...[editar código-fonte]

A primeira vista que se faz da inteligência de um senhor é através da observação dos homens que estão me torno de si. “[…] Se estes forem competentes e fiéis, o príncipe sempre poderá se reputado sábio, porque soube reconhecê-los como competentes e mantê-los fiéis. Quando porém, não são assim, sempre se pode fazer mau juízo dele, pois ao escolhê-los, cometeu seu primeiro erro.[…]” Maquiavel cita aqui o exemplo do messer Antonio de Venafro, ministro de Pandolfo Petrucci, príncipe de Siena. Maquiavel separa três tipos de pensamento ou “cérebros”. Um deles pensa por si próprio. O outro julga os pensamentos dos outros. E o terceiro não entende nem a si nem aos outros. Maquiavel põe Pandolfo no segundo, pois ele podia reconhecer o bem e o mal, mesmo sem poder concebê-los corrige e elogia as obras más e boas de alguém.

XXIII - Como evitar os aduladores[editar código-fonte]

No Estado há pessoas, aduladores como o autor as rotula, que omitem a verdade ao falar com o príncipe. Maquiavel diz que o correto seria informar os “aduladores” que a verdade não fará mal a ninguém. No entanto, se todos puderem dizer o que quiser, faltarão com respeito com o príncipe. Maquiavel sugere que os príncipes devem agir de um outro modo: Selecionando os sábios para ficar no Estado, sábios que falarão a verdade somente sobre as coisas que o príncipe lhes perguntar. Ou seja, só falariam a verdade sobre algo que o príncipe pergunte. Mas o príncipe deveria então perguntar sobre todas as coisas para saber a verdade. E este príncipe deve desencorajar quem lhe aconselhar. Deve também, ao perguntar muito, ouvir pacientemente toda a verdade, e se descobrir que alguém por temor sonegar a verdade, mostrar o seu descontentamento com aquela pessoa.

XXIV - Por que razões os príncipes da Itália perderam...[editar código-fonte]

As recomendações anteriores foram feitas para tornar um príncipe novo em um antigo, e tornar seu principado mais seguro. Os homens apreciam o bem no presente e se o encontram, não procuram outra coisa. Desse modo, não haverá desordem ou problemas internos. Assim o príncipe terá alcançado duas glórias: uma por ter fundando um principado novo, e outra por tê-lo ornado e consolidado com boas leis, boas armas e bons exemplos.

XXV - De quanto pode a fortuna nas coisas humanas e...[editar código-fonte]

Maquiavel diz que vários outros tinham opinião de que as coisas são governadas por Deus e pela fortuna, que não se deve incomodar-se com as demais coisas e governar pela sorte. Porém Maquiavel não concorda completamente com essa opinião. A sorte pode ser metade do arbítrio de nossas ações. Ele compara a sorte a um rio impetuoso que quando se irrita alaga casas e florestas: todos fogem dele, mas acabam cedendo ao seu ímpeto, sem poder detê-lo. O mesmo acontece com a fortuna. Os diques que impedem a fortuna são a virtù. Uma virtù ordenada impede que a fortuna venha com seu ímpeto. A Itália perdeu seus principados pois não havia diques de virtù, como na Alemanha, a Espanha ou França. Maquiavel diz que duas pessoas agindo diferentemente chegam ao mesmo objetivo, mas duas pessoas agindo da mesma maneira não.

XXVI - Exortação a tomar a Itália e libertá-la...[editar código-fonte]

Neste último capítulo Maquiavel exorta/estimula a introdução de um novo príncipe na Itália.

Tucalipe 21:04, 4 Dezembro 2005 (UTC)

Livro de estilo[editar código-fonte]

O anônimo 200.226.56.124 insiste em colocar Estado em minúsculo e Estados da Igreja em minúsculo. Estado é escrito com maiúscula. Estados da Igreja é outro nome (lá se chamavam Stati della Chiesa) dos Estados Pontifícios, com maiúscula A palavra mercenários dispensa a qualificação "de guerra". Pedrassani (discussão) 00h43min de 30 de outubro de 2010 (UTC)Responder