Discussão:Xarqueada

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Último comentário: 29 de janeiro de 2019 de Profe Elaine

Sobre a alegação: Se o escritor não tem notoriedade, o romance tem? Tem algumas fontes, o que indica que existe.

1. Qual o parâmetro para avaliar a notoriedade do escritor? Ele ter pertencido à Academia Brasileira de Letras (ABL), neste caso, precisamos excluir o verbete Mario Quintana, não? Embora tenha se candidatado em mais de uma oportunidade, Quintana nunca integrou a ABL.

2. João do Rio, por exemplo, consta como um verbete na enciclopédia: faça-se um levantamento entre os alunos dos Cursos de Letras e busque-se identificar UM acadêmico apenas que conheça as obras do dandy da "Belle Èpoque" carioca dos tempos do botabaixo de Pereira Passos. Busque-se entre os compêndios de Literatura Brasileira para os cursos de graduação - os livros mais elementares - ou entre os livros didáticos de ensino médio e, via de regra, o nome dele não aparecerá, trata-se de um ilustre desconhecido para a grande massa da população brasileira, inclusive, para aqueles que estudam, leem e até mesmo pesquisam literatura.

3. Valdomiro Silveira, o romancista paulista do início do século XX, que fixou o modelo do caipira - erroneamente atribuído a Lobato - não aparece como verbete da enciclopédia. Qualquer pessoa que estude regionalismo sabe que os seus caboclos paulistas são a representação máxima - em termos literários - do universo agrícola, daquele Brasil rural a que a Semana de Arte Moderna se oporia. Qual o critério para não incluir Valdomiro Silveira na enciclopédia, qual o critério para não o considerar um nome relevante, se ele é citado pelos maiores críticos de Literatura Brasileira como Alfredo Bosi e Benjamin Abdala Jr. em suas obras canônicas que se dedicam o estudo do nosso universo literário?

4. Pedro Wayne, autor de Xarqueada, é referenciado por vários teóricos/críticos da Literatura Brasileira pelo íntimo diálogo que traça com os autores precedentes - José de Alencar, Apolinário Porto Alegre, Oliveira Belo, Fontoura Xavier, Ramiro Barcelos, Darcy Azambuja, Alcides Maya; com seus contemporâneos - Cyro Martins, Dyonélio Machado, Erico Verissimo, Vianna Moog, Aureliano de Figueiredo Pinto, traçando um perfil do gaúcho alijado do campo, do gaúcho miserável, desprovido dos ideais míticos, mas também dialoga com autores da Literatura nacional como Raquel de Queirós ou José Lins do Rego. A sua obra é tomada como referência para ilustrar um período literário em que a Literatura Brasileira propôs a desnudar as dores da alma e do corpo do homem interiorano, como em Fogo Morto, Vidas secas e outras. É lícito submetê-lo à avaliação de UMA PESSOA - sete de nove - e expurgar a sua obra da enciclopédia, considerando que se trata de uma obra estudada por alunos de ensino médio e alunos de cursos de graduação em Letras?

Quanto à observação: "Tem algumas fontes, o que indica que existe 1. Sugiro-lhes verificar o verbete Um quarto de légua em quadro, a título exemplificativo. O que temos? Dois links remetem a páginas virtuais de LIVRARIAS!!!! ( o uso de caps lock é intencional, quero, sim, destacar, deselegantemente, que não há uma referência teórica para embasar/fundamentar o artigo sobre o livro); a terceira referência abre uma página virtual sem qualquer relação com o romance apresentado ali. Mas, Xarqueada: Tem algumas fontes, o que indica que existe.

2. Vejamos quais as fontes/autores usadas como referência para o verbete Xarqueada: Regina Zilbermann, Maria Eunice Moreira, Lea Masina, Antonio Hohlfeldt, Flavio Loureiro Chaves, Sergius Gonzaga, Lisana Bertussi, Luis Augusto Fischer, as maiores autoridades sobre Literatura produzida no Rio Grande do Sul. Devo acrescer Alfredo Bosi, Afrânio Coutinho, Abdala Jr., pesquisadores nacionais que enfocam a obra para que se supere a pecha:tem algumas fontes?

3. Tem algumas fontes, o que indica que existe: o artigo possui 41 referências, incluindo 13 livros de autores consagrados; sete artigos acadêmicos publicados em revistas com classificação Qualis, na Plataforma Sucupira do CNPq/CAPES; quatro monografias/dissertações, isto é, indicações de estudos acadêmicos em execução em universidades públicas ou privadas.

Sim! A obra existe, é tema de leitura, é objeto de discussão entre interessados pela sua temática, é abordada por compêndios de Literatura e o seu autor é reconhecido no seu universo de inserção, assim como é reconhecida a sua capacidade de interlocução com os prosadores do regionalismo nordestino de 1930 - Graciliano Ramos, Raquel de Queirós, José Lins do Rego, que, para a grande massa, se tornaram mais conhecidos, o que, contudo, não menospreza, nem desqualifica a qualidade literária de romancistas como Pedro Wayne. Profe Elaine (discussão) 02h35min de 29 de janeiro de 2019 (UTC)ProfeElaineResponder

Sobre a eliminação do verbete Xarqueada[editar código-fonte]

O texto todo é uma imensa crítica literária, o que está fora do escopo enciclopédico. Fontes só provam que o livro existe.

A primeira pergunta: O que é uma imensa crítica literária e quem emite este parecer é um crítico literário? Grosso modo, exercer crítica literária é usar adjetivos qualificativos ou desqualificativos para apreciar uma obra: boa, ruim, apreciável ou outras formas como "aconselho a leitura". Essas expressões não constam no artigo sobre Xarqueada.

Quanto a: Fontes só provam que o livro existe. Se os estudos acadêmicos e se a remissão feita a obras canônicas que se dedicam à sua apreciação demonstrados em comentário anterior não são suficientes para expressar que, muito mais que existir, a obra interrelaciona-se com a literatura que lhe é precedente e com aquela que lhe é contemporânea, estou propensa a acreditar que as avaliações dos artigos feitas na Wikipédia são subjetivas e dependem do estado de espírito de quem julga. Neste caso, vinda da academia/universidade, sinto-me realmente constrangida em tratar nesse nível de avaliação.