Dídia Clara
Dídia Clara | |
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Augusta | |
Busto hoje localizado na Alemanha.[1] | |
Cônjuge | Cornélio Repentino |
Casa | Gens Didii |
Pai | Dídio Juliano |
Mãe | Mânlia Escantila |
Dídia Clara (fl. 193) foi a filha do imperador romano Dídio Juliano e de sua esposa, Mânlia Escantila.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Não se sabe muito sobre a vida e personalidade de Dídia Clara.
Após Dídio Juliano ter comprado o trono do Império Romano num leilão promovido pela Guarda pretoriana no início do ano de 193, lhe foi concedido o título de Augusto pelo senado. Tanto a filha quanto a esposa dele receberam o título de Augusta, o que era incomum no começo de um novo reinado.[2] O autor da obra História Augusta relata que as duas receberam as honras "com trepidação e relutância como se ambas já previssem uma catástrofe". [3] Há, no entanto, a possibilidade de que Mânlia Escantila tenha encorajado o marido a assumir a posição de imperador, e, que, portanto, ela e Dídia Clara tenham recebido com entusiasmo o título.[2]
Dídia Clara era conhecida como uma das mulheres mais belas de Roma, aparentemente ao contrário de sua mãe. [4]Quando era jovem, ela esteve noiva de um primo paterno, no entanto, acabou se casando com Cornélio Repentino, durante o reinado de Pertinax, que reinou antes do pai dela. Cornélio serviu como Prefeito urbano de Roma durante o breve reinado do sogro, começando no dia 23 de março de 193. O prefeito anterior havia sido o próprio Pertinax que deixou o cargo vago após se tornar imperador, e por sua vez, Dídio Juliano depôs Sulpiciano (que foi um oponente de Dídio Juliano no leilão promovido pela guarda pretoriana), que havia sucedido Pertinax no posto, e nomeou o próprio genro no lugar dele.[5][4] Tendo sido nomeado prefeito de Roma, talvez Dídio Juliano considerasse Cornélio como seu sucessor no futuro.[2]
Após a morte de Dídio Juliano assassinado por um soldado em junho de 193, o sucessor dele, Septímio Severo, removeu o título de Augusta de Dídia Clara. Ele também tirou dela a herança que havia sido deixada pelo pai, que nomeou a filha como sua beneficiária no testamento.[4]Um mês depois, a mãe dela, Mânlia Escantila, seguiu o marido na morte. Dídia Clara sobreviveu, porém, seu destino é desconhecido.
Galeria
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Xilogravura da moeda com a imagem de Dídia Clara, retirada da obra A Dictionary of Roman Coins, Republican and Imperial (1889).
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Busto de Dídia Clara na Galleria degli Uffizi, em Florença;
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Estátua que ficou em exposição no Museu da Romanidade (Musée de la Romanité) em Nîmes, de maio a setembro de 2021.
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Estátua atribuída à Dídia Clara no Museu do Louvre, em Paris.
Referências
- ↑ «Modern bust of a woman after a late Antonino model with inscription Didia Clara». omnia.ie
- ↑ a b c Sear, David R. (2002). «CIVIL WARS AND THE EARLY SEVERANS, AD 193-217». Roman Coins and Their Values Volume 2. [S.l.]: Spink & Son Limited. p. 434. 696 páginas
- ↑ Historia Augusta. [S.l.: s.n.] p. 3.5
- ↑ a b c Vagi, David L. (2000). «HISTORY OF THE ROMAN EMPIRE: BIOGRAPHIES». Coinage and History of the Roman Empire, C. 82 B.C.--A.D. 480: History. [S.l.]: Fitzroy Dearborn. p. 262. 638 páginas
- ↑ «Didia Clara Archive». RomanCoinShop