Eleições parlamentares de Timor-Leste de 2017

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
← 2012 •  • 2018 →
Eleição parlamentar de Timor-Leste de 2017
65 deputados ao Parlamento Nacional
22 de julho de 2017
Demografia eleitoral
Hab. inscritos:  728 363
Votantes : 583 956
  
76.74%  2.6%
Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente
Votos: 168 480  
Assentos obtidos: 23  8%
  
29.7%
Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste
Votos: 167 345  
Assentos obtidos: 22  26.7%
  
29.5%
Partido Libertação Popular
Votos: 60 098  
Assentos obtidos: 8  
  
10.6%
Partido Democrático
Votos: 55 608  
Assentos obtidos: 7  12.5%
  
9.8%
Klibur Haburas Unidade Nacional Timorense
Votos: 36 547  
Assentos obtidos: 5  
  
6.4%
Outros
Votos: 79 984  
Assentos obtidos: 0  
  
14.1%

Foram realizadas as eleições parlamentares em Timor-Leste em 22 de julho de 2017, para composição do Parlamento Nacional de Timor-Leste por um mandato de 5 anos[1].

A FRETILIN emergiu como o maior partido no Parlamento Nacional, ganhando 23 assentos diante de 22 cadeiras do CNRT, que era o maior partido do Parlamento anterior.

Sistema eleitoral[editar | editar código-fonte]

Os 65 membros do Parlamento Nacional são eleitos em um único turno nacional por representação proporcional de lista fechada. As partes são obrigadas a ter uma mulher pelo menos a cada terceira posição na lista. Os assentos são alocados usando o método d'Hondt com um limite eleitoral de 4%[2][3].

Resultados[editar | editar código-fonte]

Os primeiros resultados preliminares publicados em 24 de julho; em 27 de julho a Comissão Nacional de Eleições de Timor-Leste (CNE) publicou os resultados oficiais que foram confirmados pelo Supremo Tribunal 48 horas depois, após analisadas as eventuais objecções[4].

Nas eleições, 283.350 mulheres e 300.606 homens registraram seus votos. A taxa de participação foi 76,74%, ligeiramente superior a das eleições presidenciais, e quase idêntica às parlamentares de 2012[5].

De acordo com o resultado preliminar, a FRETILIN foi o partido que angariou mais votos, com 29,7%, seguido pela CNRT com 29,5%. O PLP veio em seguida, com 10,6% dos votos, acompanhada pelo PD, com 9,8% e por último a KHUNTO, com 6,4%[6]. A Frenti-Mudança (FM), que anteriormente tinha 5 parlamentares, não alcançou 3% dos votos, assim como os outros partidos, ficando sem representação parlamentar[5]. O PD, perdendo um deputado, foi capaz de manter sua representação; os analistas atribuem o sucesso eleitoral do partido novato PLP principalmente ao encampar as propostas políticas do CNRT (que perdeu 8 deputados) e do FM. Atribui-se essa virada aos eleitores jovens que votaram pela primeira vez, respondendo por 20% do eleitorado.

A FRETILIN levou a maioria dos votos no enclave de Oecusse-Ambeno, nos círculos eleitorais da Austrália e Portugal, nos seus redutos históricos Baucau, Lautém e Viqueque, e nas comunidades na porção oriental do país. O CNRT foi mais forte na parte ocidental do território e, principalmente, nos círculos eleitorais da Coreia do Sul e do Reino Unido. O PLP conseguiu ascender á segunda posição na cidade de Baucau nos círculos eleitorais da Austrália e Portugal[5].

A FRETILIN e a CNRT iniciaram, logo após a eleição, as conversas para formação de uma grande coalizão[7]. Taur Matan Ruak, líder do PLP, anunciou que o seu partido iria desempenhar um papel activo de oposição no Parlamento.

Referências

  1. Last elections Inter-Parliamentary Union
  2. [1] 4a. alteração à lei eleitoral para o Parlamento Nacional. Artigo 13.2
  3. Electoral system Inter-Parliamentary Union
  4. Diário de Notícias: Confirmada vitória da Fretilin em Timor-Leste, 27 Julho de 2017.
  5. a b c CNE: Vorläufiges Endergebnis vom 27. Juli 2017.
  6. Timor-Leste/Eleições: Tribunal de Recurso valida resultados, vitória da Fretilin - Diário de Notícias - 1 de agosto de 2017
  7. Jornal Independente: Alkatiri-Xanana Kontaktu Malu Forma Governu, 24. Juli 2017, abgerufen am 24. Juli 2017.