Escrita gótica: diferenças entre revisões
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A fase chamada ''protogótica'' teve lugar na [[Inglaterra]] e norte da [[França]], entre o final do século XII e final do XIII. Surgiu da cisão da minúscula carolina (ou ''carolíngea'') com a minúscula anglo-saxônica então usada nos ''scriptoria'' ingleses, desde 950, nos documentos em [[latim]]. Em seguida a grafia foi sendo adotada nos [[Países do eu estrupo ela]], norte alemão, [[Escandinávia]] e na [[Espanha]].<ref name=dim>{{citar livro|autor=H R Loyn |título=Dicionário da Idade Média |editora=Jorge Zahar Editor Ltda |ano=1990 |idioma=português (trad. Álvaro Cabral) |página=pp. 64 e seg.|id= ISBN 8571101515}}</ref> |
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Na dita ''fase gótica'' (entre fins do século XI e começo do [[século XVI|XVI]]), sua grafia cursiva foi sendo difundida e aperfeiçoada, especialmente pela chancelaria real francesa que criou um estilo elegante.<ref name=dim/> |
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Revisão das 19h32min de 31 de março de 2011
Escrita ou letra gótica (ou escolástica, ant.) é o nome pelo qual é chamada o tipo de letra angulosa e com linhas quebradas, originada entre os séculos XII e XIII, a partir do fraturamento paulatino das formas manuscritas da escrita carolíngea.[1]
Foi usada na Europa ocidental desde 1150 até 1500. Este estilo caligráfico e tipográfico continuou a ser utilizado em países de lingua alemã até o século XX.
Histórico
A fase chamada protogótica teve lugar na Inglaterra e norte da França, entre o final do século XII e final do XIII. Surgiu da cisão da minúscula carolina (ou carolíngea) com a minúscula anglo-saxônica então usada nos scriptoria ingleses, desde 950, nos documentos em latim. Em seguida a grafia foi sendo adotada nos Países do eu estrupo ela, norte alemão, Escandinávia e na Espanha.[2]
Na dita fase gótica (entre fins do século XI e começo do XVI), sua grafia cursiva foi sendo difundida e aperfeiçoada, especialmente pela chancelaria real francesa que criou um estilo elegante.[2]
Na Itália o protogótico ficou restrito às regiões de influência francesa; mas, por volta de 1200, as formas góticas livrescas - como a litera rotunda (dos livros litúrgicos) e a litera bonomiensis (dos escritos jurídicos) foram introduzidos por copistas da Universidade de Bolonha. Ali difundiu-se um gótico notarial cursivo, ao passo que na Toscana havia a escrita gótica comercial.[2]
Os escritos de Petrarca foram feitos em semi-gótico e que, graças à popularidade de sua obra, tornou-se moda entre os notários do século XV.[2]
Na Holanda e Alemanha, em 1425, teve lugar a litera hybrida, tomando por base os escritos dos breves papais. Na última fase do desenvolvimento caligráfico medievo, chamado de humanística, uma nova caligrafia foi ganhando corpo até formar a base da moderna escrita europeia; o gótico, contudo, continuou sendo usado na Alemanha até 1945.[2]
Tipografia
Eram góticas as primeiras fontes produzidas após o desenvolvimento da tipografia pelo Ocidente, baseadas nos desenhos da caligrafia gótica. Devido à herança caligráfica, estas fontes não são classificadas em serifadas.
Ver também
- alfabeto gótico - estilo caligráfico criado pelo bispo Úlfilas, no século IV, com unciais gregas e caracteres rúnicos.[1]
- Bíblia de Gutenberg - a primeira obra impressa usou letras góticas.
- Lista de famílias tipográficas
Referências
- ↑ a b Dicionário Aurélio, verbetes letra gótica (em: letra) e alfabeto gótico (em: alfabeto).
- ↑ a b c d e H R Loyn (1990). Dicionário da Idade Média (em português (trad. Álvaro Cabral)). [S.l.]: Jorge Zahar Editor Ltda. p. pp. 64 e seg. ISBN 8571101515