Escudo


O escudo (do latim scutu)[1] é uma arma defensiva[2] que consiste essencialmente numa chapa de metal, madeira ou couro usada para se proteger de golpes inimigos. A sua origem é difícil de datar. Presume-se que o homem primitivo começou a usar esta arma quando iniciou as suas lutas pela posse de território, logo após a adoção do sedentarismo. Atualmente, é utilizado pela polícia,[3] sendo confeccionado de materiais sintéticos à prova de bala. O principal material usado atualmente é o policarbonato, um material leve e com alta resistência a impacto.

História[editar | editar código-fonte]
Uso do escudo na América Pré-Colombiana[editar | editar código-fonte]
Os nativos das Américas faziam escudos com o couro da anta curtido no sol. Ele resistia a flechadas e a balas de arcabuz.[4][5][6] Seus escudos também podiam ser feitos de palha, taquara ou madeira. Os índios tucanos, da Amazônia, faziam escudos trançados com cerca de 60 centímetros de diâmetro.[4]
Algumas tribos da Amazônia confeccionavam seus escudos com taquaras partidas longitudinalmente e atadas umas às outras.[5]
Os escudos dos astecas do México eram redondos e feitos de madeira ou bambu adornados de plumas e metais preciosos.[7]
Uso atual[editar | editar código-fonte]
No Brasil, a polícia que possui escudo é chamada de tropa de choque, sendo especializada em controlar grandes multidões. Em Portugal, a função de controlo policial de multidões compete ao Corpo de Intervenção da Polícia de Segurança Pública, popularmente conhecida como "polícia de intervenção". Durante o período da ditadura do Estado Novo, esta força policial era conhecida como polícia de choque. O termo tropa não é utilizado em Portugal e de facto não seria adequado, dado que a Polícia de Segurança Pública é um corpo de polícia civil. A Guarda Nacional Republicana, corpo de polícia militarizada português, possui uma Unidade de Intervenção, que não é utilizada neste tipo de funções.
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 692.
- ↑ Infopédia. «escudo». Consultado em 4 de agosto de 2013
- ↑ abordagempolicial.com (3 de junho de 2013). «Manifestantes tomam escudos de policiais acuados». Consultado em 4 de agosto de 2013
- ↑ a b CAVALCANTE, Messias S. Comidas os Nativos do Novo Mundo. Barueri, SP. Sá Editora. 2014, 403p.ISBN 9788582020364
- ↑ a b ACUÑA, Cristóbal de (1597-1675). Novo descobrimento do rio Amazonas. Consejeria de Educación de La Embajada de España em Brasil. Uruguay, Oltaver S. A. Buenos Librosactivos. 1994, 211 p.
- ↑ ANCHIETA, Padre José de (1534-1597) (2004). Carta Ânua da Província do Brasil, de 1583, do Provincial José de Anchieta ao Geral P. Cláudio Acquaviva. Bahia, Salvador, 1º de janeiro de 1584. P. 112-129. In: Minhas Cartas por José de Anchieta. 158 p. São Paulo, Associação Comercial de São Paulo. Os textos das cartas de Anchieta e as notas de rodapé foram extraídas do livro "Cartas, correspondência ativa e passiva" do padre Hélio Abranches Viotti, S. J., Edições Loyola, SP, 1984
- ↑ SOUSTELLE, Jacques (1912-1990). La vida cotidiana de los aztecas em vésperas de la conquista. Octava reimpresión. ISBN 968-16-0636-1. Mexico, Fondo de Cultura Economica. 1991, 283 p.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Drummond, James. "Notes on Ancient Shields and Highland Targets" Archaeologica Scotica Vol 5 (1890)
- Schulze, André(Hrsg.): Mittelalterliche Kampfesweisen. Band 2: Kriegshammer, Schild und Kolben. - Mainz am Rhein. : Zabern, 2007. - ISBN 3-8053-3736-1
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Myarmoury.com, The Shield: An Abridged History of its Use and Development.
- Baronage.co.uk, The Shape of the Shield in heraldry.
- Era.anthropology.ac.uk, Shields: History and Terminology, Anthropological Analysis.
- Classical Greek Shield Patterns