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Sarojini Sahoo é uma figura expoente e formadora de opinião em [[feminismo]] na literatura Oriya contemporânea. Para ela, o feminismo não é um “problema de gênero” ou uma espécie de ataque ou confrontação à [[hegemonia]] masculina. Portanto, sua abordagem é bastante diferente daquela de [[Virginia Woolf]] ou de Judith Butler. Ela aceita o feminismo como uma condição total de feminilidade o que é completamente desvinculado do mundo masculino. Ela escreve com uma consciência maior do corpo feminino, o que criaria um estilo mais honesto e apropriado de abertura, fragmentação e não-linearidade. Suas ficções sempre projetam a sensibilidade feminina desde a [[puberdade]] até a [[menopausa]]. Os sentimentos femininos, como restrições morais na [[adolescência]], [[gravidez]], o fator medo de ser estuprada ou ser condenada pela sociedade e o conceito de menina má, etc, sempre têm uma exposição temática em suas novelas e contos.
Sarojini Sahoo é uma figura expoente e formadora de opinião em [[feminismo]] na literatura Indiano contemporânea. Para ela, o feminismo não é um “problema de gênero” ou uma espécie de ataque ou confrontação à [[hegemonia]] masculina. Portanto, sua abordagem é bastante diferente daquela de [[Virginia Woolf]] ou de Judith Butler. Ela aceita o feminismo como uma condição total de feminilidade o que é completamente desvinculado do mundo masculino. Ela escreve com uma consciência maior do corpo feminino, o que criaria um estilo mais honesto e apropriado de abertura, fragmentação e não-linearidade. Suas ficções sempre projetam a sensibilidade feminina desde a [[puberdade]] até a [[menopausa]]. Os sentimentos femininos, como restrições morais na [[adolescência]], [[gravidez]], o fator medo de ser estuprada ou ser condenada pela sociedade e o conceito de menina má, etc, sempre têm uma exposição temática em suas novelas e contos.
Sarojini Sahoo é considerada a [[Simone de Beauvoir]] da Índia. Seu feminismo é sempre conectado com as políticas sexuais de uma mulher. Ela nega os limites patriarcais de expressão sexual para uma mulher e identifica a liberação sexual feminina como o motivo real por trás do movimento das mulheres. Para ela, o [[orgasmo]] é o chamado natural do corpo para a política feminista: se ser uma mulher é tão bom assim, as mulheres devem valer alguma coisa. Suas novelas como Upanibesh, Pratibandi e Gambhiri Ghara cobrem uma miríade de áreas da sexualidade à [[filosofia]], da política do lar à política do mundo.
Sarojini Sahoo é considerada a [[Simone de Beauvoir]] da Índia. Seu feminismo é sempre conectado com as políticas sexuais de uma mulher. Ela nega os limites patriarcais de expressão sexual para uma mulher e identifica a liberação sexual feminina como o motivo real por trás do movimento das mulheres. Para ela, o [[orgasmo]] é o chamado natural do corpo para a política feminista: se ser uma mulher é tão bom assim, as mulheres devem valer alguma coisa. Suas novelas como Upanibesh, Pratibandi e Gambhiri Ghara cobrem uma miríade de áreas da sexualidade à [[filosofia]], da política do lar à política do mundo.



Revisão das 06h45min de 12 de junho de 2013


Sarojini Sahoo
Sarojini Sahoo
Nome completo Sarojini Sahoo
Nascimento 04 de janeiro de 1956
Orissa
Nacionalidade indiana
Ocupação Autor, acadêmico, crítica

Sarojini Sahoo (nascida em1956) é uma escritora feminista Índiana que recebeu o Prêmio da Orissa Sahitya Academy Award em 1993, o Prêmio Jhankar Award em 1992, o Prêmio da Feira de Livros de Bhubaneswar e o Prêmio Prajatantra. Nascida na pequena cidade de Dhenkanal em Orissa (Índia), Sarojini tem Mestrado e Doutorado em Literatura Oriya e Bacharelado em Direito pela Universidade Utkal. Atualmente, ensina em uma faculdade em Belpahar, Jharsuguda, Orissa . Ela é a segunda filha de Ishwar Chandra Sahoo (falecido ) e de Nalini Devi (falecida) e é casada com Jagadish Mohanty, um veterano escritor de Orissa, tendo um filho e uma filha .[1]

Contos

Publicou dez antologias de contos, em Oriya, a saber:

  • Sukhara Muhanmuhin (1981)
  • NijaGahirareNije (1989)
  • Amrutara Pratikshare (1992)
  • Chowkath (1994)
  • Tarali Jauthiba Durga (1995)
  • Deshantari (1999)
  • Dukha Apramita (2006)
  • Sarojini Sahoo short stories (2006) (ISBN 81-89040-26-X)[2]
  • Waiting for Manna (2008)(ISBN : 978-81-906956-0-2)
  • Srujani Sarojini (2008)

Os contos selecionados mais recentes foram traduzidos de Oriya Oriya para o Inglês]] e publicados pela editora Grassroots (Calcutá).[3] Ela foi condecorada com o Prêmio da Orissa Sahitya Akademi e o Prêmio da Feira de Livros de Bhubaneswar pela sua coleção de contos Amrutara Pratikshare.

Novelas

The Dark Abode

Sete novelas foram publicadas até agora:

  • Upanibesh (1998)
  • Pratibandi (1999)
  • Swapna Khojali Mane (2000)
  • Mahajatra (2001)
  • Gambhiri Ghara (2005)
  • Bishad Ishwari (2006)
  • Pakshibasa (2007)

Sua novela Gambhiri Ghara (O aposento escuro ) chegou a ser um bestseller em literatura Oriya. Suas novelas ganharam uma reputação pela franqueza sobre a sexualidade e pela perspectiva feminista. Essa novela foi traduzida para o Bengali (Bangladesh) sob o título Mithya Gerosthali (ISBN Nº 984 404 287-9) e foi publicada por Anupam Prakashani, Dhaka, Bangladesh em 2007, além de já estar traduzida para o inglês por Mahendra Dash.

Prêmios

Ela foi agraciada com:

  • Orissa Sahitya Academy Award, 1993,
  • the Jhankar Award, 1992,
  • the Bhubaneswar Book Fair Award (1993), and
  • the Prajatantra Award (1981,1993),

Feminismo

Sensible Sensuality

Sarojini Sahoo é uma figura expoente e formadora de opinião em feminismo na literatura Indiano contemporânea. Para ela, o feminismo não é um “problema de gênero” ou uma espécie de ataque ou confrontação à hegemonia masculina. Portanto, sua abordagem é bastante diferente daquela de Virginia Woolf ou de Judith Butler. Ela aceita o feminismo como uma condição total de feminilidade o que é completamente desvinculado do mundo masculino. Ela escreve com uma consciência maior do corpo feminino, o que criaria um estilo mais honesto e apropriado de abertura, fragmentação e não-linearidade. Suas ficções sempre projetam a sensibilidade feminina desde a puberdade até a menopausa. Os sentimentos femininos, como restrições morais na adolescência, gravidez, o fator medo de ser estuprada ou ser condenada pela sociedade e o conceito de menina má, etc, sempre têm uma exposição temática em suas novelas e contos. Sarojini Sahoo é considerada a Simone de Beauvoir da Índia. Seu feminismo é sempre conectado com as políticas sexuais de uma mulher. Ela nega os limites patriarcais de expressão sexual para uma mulher e identifica a liberação sexual feminina como o motivo real por trás do movimento das mulheres. Para ela, o orgasmo é o chamado natural do corpo para a política feminista: se ser uma mulher é tão bom assim, as mulheres devem valer alguma coisa. Suas novelas como Upanibesh, Pratibandi e Gambhiri Ghara cobrem uma miríade de áreas da sexualidade à filosofia, da política do lar à política do mundo.

Sexualidade

A sexualidade é algo que pode ser relacionado a muitos outros aspectos da cultura, fortemente conectada a uma vida individual, ou para a evolução da cultura. A identidade de classe, étnica ou geográfica de qualquer pessoa poderia ser associada de perto com sua sexualidade, ou com o senso de arte ou literatura de alguém. A sexualidade não é por si só apenas uma entidade. Mas ainda, tanto no ocidente como no oriente, há uma perspectiva relutante em direção à sexualidade, e a sociedade tem sempre procurado escondê-la de uma discussão aberta. A censura no discurso, o decoro adicional à vestimenta e a nomenclatura dos órgãos sexuais. Mas nem a sociedade, nem a legislação, tampouco o judiciário, ficam do lado da sexualidade para dar-lhe suporte. No Ocidente, Ulysses de James Joyce ou até Loneliness in the Well de Radclyffe Hall ou Orlando de Virginia Wolf são alguns exemplos que sofreram um bocado para descrever a sexualidade na literatura. No Ocidente, a sexualidade na literatura cresceu com o feminismo. Simone de Beauvoirem seu livroO Segundo Sexo, pela primeira vez descreveu elaboradamente o papel do gênero e o problema além das diferenças biológicas. Na literatura Oriya, Sarojini é considerada como um expoente para discutir sexualidade em sua ficção com um esforço sincero para expressar suas idéias feministas. A novela Upanibesh foi a primeira tentativa em literatura Oriya a focar a sexualidade como uma parte da revolta social por uma mulher. Medha, a protagonista da novela de Sarojini, era uma boêmia. Em sua faze pré-marital, ela pensava que deveria ser entediante viver a vida toda com um homem. Talvez ela quisesse uma vida livre de correntes, onde haveria apenas amor, apenas sexo e onde não haveria lugar para a rotina. Mas ela tinha que se casar com Bhaskar. A sociedade indiana jamais poderia imaginar uma dama boêmia! Em sua novela Pratibandi, Sarojini também descreveu o desenvolvimento temático da sexualidade em uma mulher. Priyanka, a protagonista da novela, tem que encontrar sua solidão no exílio em Saragpali, um vilarejo remoto na Índia. Essa solidão se transforma em um desejo sexual e logo Priyanka se acha sexualmente afeiçoada a um ex-membro do Parlamento. Embora haja uma diferença de idade entre ambos, a inteligência dele a impressiona e ela descobre nele um arqueólogo oculto. Sarojini pintou com sucesso a diferença de sensibilidade sobre a sexualidade entre homem e mulher. Sarojini tem sua própria credibilidade pela franqueza em lidar com os temas sensíveis, tanto na política como na sexualidade. Ela conquistou uma reputação e tem seu próprio lugar na história da ficção Oriya. Em sua novela Gambhiri Ghara ela descreve uma relação insólita entre duas pessoas, uma dona-de-casa Hindu na Índia e um artista Muçulmano do Paquistão. É uma novela inspirada pela internet. Uma mulher encontra um homem muito experiente sexualmente. Um dia ele lhe pergunta se ela já teve alguma experiência daquelas. A mulher, Kuki, xinga-o e insulta-o chamando-o de lagarta ( que devora tudo, um homem vulgar ). Gradualmente, eles vão ficando envolvidos com amor, luxúria e espiritualidade. Aquele homem a considera como sua filha, amante, mãe, e acima de tudo como uma Deusa. Eles se amam loucamente, pela internet e pelo telefone, usam linguagem obscena e se beijam on line. Kuki não leva uma vida conjugal feliz embora ela tenha um casamento de amor com Aniket. A novela não é apenas limitada a uma história de amor. Ela tem um aspecto maior. Ela lida com a relação entre Estado e indivíduo. Safique, que não é um muçulmano por temperamento, e como um historiador, acha que o Paquistão de hoje se separou de suas raízes e busca as lendas árabes para sua história. Ele protesta que os programas de estudo de história começam a partir do século sétimo d.C., e não desde o Mahenjodaro e Harappa. Esse generoso Safique foi uma vez preso após a explosão da bomba em Londres por alegação de estar associado com o terrorismo. Mas isso é um fato verdadeiro? Mais tarde Kuki chegou a saber que Safique foi aprisionado por uma junta militar. O ex-amante de Tabassum (sua esposa) se vingou de Safique prendendo-o sob alegação de terrorismo. Aqui Sarojini lida com a questão do terrorismo. Há freqüentes discussões sobre terrorismo causado por um indivíduo ou por um grupo. A sociedade raramente discute o terrorismo causado pelo estado. O que é um Estado? É um grupo de pessoas que residem dentro de uma fronteira política e geográfica? Serão a identidade, o humor e os desejos de um estado desvinculados das idéias pessoais dos seus governantes? Será o desejo de George W. Bush considerado o desejo da América? Teria ele sintonia com o humor e o desejo do povo americano? Portanto, em todos os tempos, o anarquismo ou terrorismo estatal é meramente o reflexo de um terrorismo causado por um indivíduo. A grande verdade jaz sob os pés de Safique, como um terrorista se desenvolve a partir da mente de um militar. Assim da sexualidade à política, a visão franca de Sarojini sempre agita seus leitores.

Ligações externas

References

  1. Official web site, accessed 11 August 2007
  2. [1]gobookshopping.com Web site, accessed March 14, 2008
  3. [2]Grassroots Books from India Web site, accessed March 14, 2008