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Tempo (música): diferenças entre revisões

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Assim como, na física, estabelecemos a relação "tempo musical por segundo", na música usamos o valor ''batidas por minuto'', sendo que o "relógio" da música é o [[metrônomo]], que transforma esse valor por meio de um mecanismo de proporção, e com o qual se pode saber o tempo musical com facilidade. Portanto, se ajustamos um metrônomo para o valor 90 (do nosso exemplo), ele irá executar 90 batidas em um minuto. A [[notação musical]] estabelece qual [[nota musical]] terá o valor de um batimento (tempo musical) e, partindo disso, o músico passa a ter a capacidade de organização elementar do tempo da obra.
Assim como, na física, estabelecemos a relação "tempo musical por segundo", na música usamos o valor ''batidas por minuto'', sendo que o "relógio" da música é o [[metrônomo]], que transforma esse valor por meio de um mecanismo de proporção, e com o qual se pode saber o tempo musical com facilidade. Portanto, se ajustamos um metrônomo para o valor 90 (do nosso exemplo), ele irá executar 90 batidas em um minuto. A [[notação musical]] estabelece qual [[nota musical]] terá o valor de um batimento (tempo musical) e, partindo disso, o músico passa a ter a capacidade de organização elementar do tempo da obra.

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* Ver também: [[metrônomo]], [[teoria musical]], [[notação musical]], [[andamento]].
* Ver também: [[metrônomo]], [[teoria musical]], [[notação musical]], [[andamento]].

Revisão das 18h43min de 1 de junho de 2016

Na terminologia musical, tempo é o nome dado à pulsação básica subjacente de uma composição musical qualquer. Cada “clique” do metrônomo corresponde a um tempo. Os tempos se agrupam em valores iguais e fixam-se dentro de divisões das pautas musicais conhecidas como compassos.

A utilização da música como recurso para trabalhar os mecanismos usados pelos seres humanos para medir e conhecer a passagem do tempo é uma forma lúdica de trabalhar sobre o tema. Os tempos, em música, estão diretamente relacionados com a pulsação da música, e não ao som em si; por esse motivo, uma pausa temporal numa partitura também possui a sensação e o valor de duração de tempo e, por isso, é considerada um tempo, ou parte da unidade do tempo.

O tempo musical organiza, independentemente de ritmo, ou de qualquer outra propriedade da música ou do som, o acontecimento sonoro, ou seja, o espaço entre um som musical (seja qual for) e o próximo som musical ou ausência dele. A propriedade que explica esse fenômeno sonoramente é a duração, mas esse termo não se completa musicalmente visto que o tempo musical depende, além da duração de sons ou pausas (ausência de sons) do intervalo entre estes. Além disso, o tempo define quando a música começa a existir e quando ela encerra.

Para mais fácil compreender, pode-se relacionar o tempo musical com o próprio conceito de tempo, com a ideia de ritmo e com a ideia de andamento.

Tempo musical x conceito de tempo

Conhecendo que existe tempo, e este define a relação de distância e quantidade entre um acontecimento e outro, este é o conceito cabível também à questão musical, excepcionalmente quando o elemento temporal é o som. Neste caso, o tempo define, nesta ordem:

A distância entre um som anterior ou uma pausa sonora anterior pertencente a uma música;
O início de um próximo som;
A duração desse som;
O espaço entre esse som e o próximo evento!!!

Sendo que, quando esse som for o último da música, o espaço entre ele e o próximo já não mais é classificado nessa música (que se encontrará num estado onde seu tempo parou de ser considerado e, com isso, ela deixou de existir no momento).

Pode-se considerar que a música depende completamente do tempo para existir, pois, se o tempo parasse, não seria possível um evento musical ou sequer o som (que depende do início e término de uma vibração que, por sua vez, ocorre num intervalo de tempo). Um som depende do momento para iniciar, existir e deixar de existir, e, de modo mais abstrato, ocorre o mesmo com a música: em algum momento, ela passa a ser considerada existente, e seu tempo passa a ser algo organizado (no sentido de estar sendo considerado ocorrente) com um início e necessariamente com um final.

Tempo musical x ritmo

A forma mais comum de associação entre o tempo e a música é o ritmo. O ritmo, a curto modo, é a forma musical de organizar os sons e pausas sonoras no tempo.

O ritmo é capaz de dizer musicalmente qual será a duração de um som ou de uma pausa sonora no decorrer de um momento musical. Em algum momento, a música passa a existir; para tanto, seu tempo passa a ser medido. Dentro desse período em que se mede o evento musical, o acontecimento do som ou pausa (silêncio) é, normalmente, dividido em ciclos classificados no ritmo musical.

Por exemplo: uma música pode durar dois minutos. Esse é o tempo que ela utiliza para se manifestar (todos seus sons e pausas ocorrem nesse período). O músico pode até desconhecer a importância dessa quantidade de tempo, pois usa outra linguagem que traduz essa forma de física para a forma de música. Esse termo do tempo em si, pensado musicalmente, é representado pelo ritmo e por suas atribuições. Logo, desconhecendo que, na forma científica (não que a musical não o seja), a peça dura dois minutos. Cada compasso, equivale a uma divisão definida por um grupo de pulsações com valores iguais entre si. Juntas, essas pulsações agregam a noção de quantidade de tempo. Dentro desses compassos, poderá haver inúmeros sons e pausas sonoras. Desse modo, pode-se estabelecer a relação música x tempo, sendo que um compasso é dividido em tempos de valores iguais a um tempo predefinido.

Se uma música usa a fórmula de compasso 3/4, e uma semínima é igual a 60 (um segundo), em cada compasso haverá 3 tempos, totalizando 3 segundos.

Se uma música totaliza no seu tempo cronometrado aproximadamente 2 minutos, baseado no exemplo anterior, a música teria aproximadamente 120 (segundos) divididos por 3 (número de segundos por compasso), dando um número de 40 compassos na composição, aproximadamente. É importante, no entanto, notar que dificilmente uma interpretação vá durar o mesmo tempo que uma segunda, terceira, ou qualquer outra interpretação, mesmo quando interpretada pelo mesmo músico - a não ser que um metrônomo ou marcador/sequenciador digital seja usado, mas, em música interpretada ao vivo, especialmente na música erudita, isso não se usa (com exceções na música aleatória, ou eletrônica, como com faixas pré-sincronizadas e utilizando um instrumento de comando para inicializar uma sequência pré-gravada que é usada como um guia cronometrado da interpretação - uma forma similar ao muito usado método também das apresentações ao vivo na televisão, em que cantores populares cantam e tocam, ou fingem que cantam e tocam até, junto a uma gravação, e a música soa perfeitamente igual sempre).

Portanto, cria-se uma unidade de medida que relaciona música e tempo, que, neste caso, é unidade de tempos musicais por segundo ou segundos por unidade de tempo.

Tempo musical x andamento

Afinal, sabendo que existe o relacionamento de um tempo musical com o tempo real de modo a criar uma medida, a graduação dessa medida se dá pelo andamento da música. Se, no exemplo citado, o músico em qualquer momento desejar mudar o valor dessa medida, ele pode escolher entre dois valores a alterar: o tempo real ou o tempo musical.

Escolhendo mudar o tempo musical, ele necessitará aumentar ou diminuir a quantidade desse elemento presente na relação (por exemplo, de 60 compassos para 80 compassos). Nesse caso, o músico interferiu na maneira musical de análise da situação temporal, o que musicalmente o obrigaria a modificar todos os valores das notas musicais e pausas existentes na peça (o que trará um grande trabalho).

Se, por outro lado, ele decide mudar o elemento do tempo real, por exemplo, de 2 minutos para 4 minutos de duração, ele altera a relação física da situação, estabelecendo que o tempo musical irá valer mais segundos, o que dispensará recondicionar o valor das notas e pausas. Portanto, como sugeria Stravinsky, o tempo musical é elástico.

Essa situação de modificar o tempo real da música se dá através do andamento, que informa se a peça é mais ou menos veloz. Se modificamos um Largo (bastante lento) para Allegro (um pouco rápido), não mexemos na quantidade de notas e compassos: somente alteramos a relação de tempo real que será utilizada para cada valor.

Assim como, na física, estabelecemos a relação "tempo musical por segundo", na música usamos o valor batidas por minuto, sendo que o "relógio" da música é o metrônomo, que transforma esse valor por meio de um mecanismo de proporção, e com o qual se pode saber o tempo musical com facilidade. Portanto, se ajustamos um metrônomo para o valor 90 (do nosso exemplo), ele irá executar 90 batidas em um minuto. A notação musical estabelece qual nota musical terá o valor de um batimento (tempo musical) e, partindo disso, o músico passa a ter a capacidade de organização elementar do tempo da obra.

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