Batalha do Frígido: diferenças entre revisões
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No inicio da batalha, Teodósio posicionou as forças dos seus aliados godos na frente do seu exército para absorver o impacto do ataque do inimigo e também para fazer descansar as suas [[legião romana|legiões.]] Mas na verdade o que o imperador pretendia era que os seus aliados [[bárbaros]] perdessem o maior número de vidas possível e embora os [[visigodos]] lutassem pela vida estavam sendo derrotados pelas forças de Eugénio, tanto que no dia seguinte, Teodósio se encontrava numa situação difícil até acontecer um facto que foi considerado um milagre. Caiu uma grande tempestade com um vento inesperado soprando com violência contra as tropas inimigas, anulando os seus ganhos e quase cegando-as: Nessa altura as legiões de Teodósio atacaram e empurraram o inimigo, que fugiu em desordem a ponto de Eugénio, [[Arbogasto]] e Nicómaco Flaviano terem sido mortos. |
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A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na [[Batalha da Ponte Mílvio|ponte Mílvio]] por [[Constantino I]]. |
A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na [[Batalha da Ponte Mílvio|ponte Mílvio]] por [[Constantino I]]. Logo após a batalha, Teodósio apresentou-se em [[Milão]] e [[Santo Ambrósio|Ambrósio]] proibiu-o de receber os sacramentos até que fossem atendidas as suas petições de clemência para com os vencidos. |
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Batalha do Rio Frígido | |||
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Data | 6 de setembro de 394 | ||
Local | Rio Soča, na atual Eslovênia | ||
Desfecho | Vitória do Império Romano | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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A Batalha do Rio Frígido foi travada em 6 de setembro do ano 394 d.C., nas proximidades do rio Soča (em italiano, rio Isonzo), na atual Eslovênia[nota 1], entre as forças do imperador do Oriente Teodósio I e do usurpador do trono do ocidente Eugénio, que na verdade era um fantoche do general de origem bárbara Arbogasto.
As forças de Teodósio eram compostas também de visigodos comandados por Alarico I, vândalos comandados por Estilicão e até hunos.
No inicio da batalha, Teodósio posicionou as forças dos seus aliados godos na frente do seu exército para absorver o impacto do ataque do inimigo e também para fazer descansar as suas legiões. Mas na verdade o que o imperador pretendia era que os seus aliados bárbaros perdessem o maior número de vidas possível e embora os visigodos lutassem pela vida estavam sendo derrotados pelas forças de Eugénio, tanto que no dia seguinte, Teodósio se encontrava numa situação difícil até acontecer um facto que foi considerado um milagre. Caiu uma grande tempestade com um vento inesperado soprando com violência contra as tropas inimigas, anulando os seus ganhos e quase cegando-as: Nessa altura as legiões de Teodósio atacaram e empurraram o inimigo, que fugiu em desordem a ponto de Eugénio, Arbogasto e Nicómaco Flaviano terem sido mortos.
A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na ponte Mílvio por Constantino I. Logo após a batalha, Teodósio apresentou-se em Milão e Ambrósio proibiu-o de receber os sacramentos até que fossem atendidas as suas petições de clemência para com os vencidos.
Consequências
Com esta vitória, o Império Romano voltou a ser governado por um único homem pela última vez, pois no ano seguinte após a morte de Teodósio I, o império seria dividido definitivamente pelos dois filhos do imperador. Mas a batalha também teve uma consequência trágica para os romanos, pois Alarico rei dos godos, ao constatar que as suas tropas foram destroçadas em batalha e que os seus homens na verdade serviram de bala para canhão, considerou esta estratégia como uma traição por parte dos seus aliados romanos, a ponto de o fazer dirigir para os Balcãs onde iniciou uma onda de saques e desordens. Embora tivessem sido detidos por Estilicão, agora chefe supremo do exército romano, em dezasseis anos os godos ganharam suficiente força para devastar e derrotar os romanos na Itália. Estilicão foi morto em 408 acusado de traição pelo fraco e incompetente imperador do ocidenteHonório, selando assim o destino do império Romano do Ocidente. Em 410, os visigodos saquearam a própria cidade de Roma.
Notas
- ↑ Outras fontes citam o rio Vipava (Wippach ou Wipbach, em alemão), que desagua no Isonzo/Soča na comuna de Savogna d'Isonzo.[1]
Referências
- ↑ HODGKIN, Thomas. «Italy and her Invaders» (em inglês). Clarendon Press Oxford, 1880 (online na Universidade de Chicago). Consultado em 11 de novembro de 2015