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Batalha do Frígido: diferenças entre revisões

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As forças de Teodósio era composta também de [[visigodos]] comandados por [[Alarico I]], [[vândalos]] comandados por [[Estilicão]] e até [[hunos]].
As forças de Teodósio eram compostas também de [[visigodos]] comandados por [[Alarico I]], [[vândalos]] comandados por [[Estilicão]] e até [[hunos]].


No inicio da batalha, Teodósio posicionou as forças de seus aliados godos na frente de seu exército para absorver o impacto do ataque do inimigo e também descansar suas [[legião romana|legiões]], mas na verdade o imperador queria mesmo que seus aliados [[bárbaros]] perdessem o maior numero de vidas possíveis e embora os [[visigodos]] lutassem pela vida estavam sendo derrotados pelas forças de Eugénio, tanto que no dia seguinte, Teodósio se encontrava em situação difícil aconteceu um fato que foi considerado um milagre. Caiu uma grande tempestade com um vento inesperado soprando com violência contra as tropas inimigas, anulando seus ganhos e quase cegando-as, então as legiões de Teodosio atacaram e empurram o inimigo, que fugiu em desordem a ponto que Eugênio, [[Arbogasto]] e Nicômaco Flaviano foram mortos.
No inicio da batalha, Teodósio posicionou as forças dos seus aliados godos na frente do seu exército para absorver o impacto do ataque do inimigo e também para fazer descansar as suas [[legião romana|legiões.]] Mas na verdade o que o imperador pretendia era que os seus aliados [[bárbaros]] perdessem o maior número de vidas possível e embora os [[visigodos]] lutassem pela vida estavam sendo derrotados pelas forças de Eugénio, tanto que no dia seguinte, Teodósio se encontrava numa situação difícil até acontecer um facto que foi considerado um milagre. Caiu uma grande tempestade com um vento inesperado soprando com violência contra as tropas inimigas, anulando os seus ganhos e quase cegando-as: Nessa altura as legiões de Teodósio atacaram e empurraram o inimigo, que fugiu em desordem a ponto de Eugénio, [[Arbogasto]] e Nicómaco Flaviano terem sido mortos.


A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na [[Batalha da Ponte Mílvio|ponte Mílvio]] por [[Constantino I]]. Mas logo após a batalha, Teodósio se apresentou em [[Milão]] e [[Santo Ambrósio|Ambrósio]] lhe proibiu de receber os sacramentos até que fossem atendidas suas petições de clemência para com os vencidos.
A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na [[Batalha da Ponte Mílvio|ponte Mílvio]] por [[Constantino I]]. Logo após a batalha, Teodósio apresentou-se em [[Milão]] e [[Santo Ambrósio|Ambrósio]] proibiu-o de receber os sacramentos até que fossem atendidas as suas petições de clemência para com os vencidos.


==Consequências==
==Consequências==


Com a vitória, o [[Império Romano]] voltou a ser governado por um único homem pela última vez, pois no ano seguinte após a morte de [[Teodósio I]], o império seria dividido definitivamente pelos dois filhos do imperador. Mas a batalha também teve uma consequência trágica para os romanos, pois Alarico rei dos godos, ao constatar que suas tropas foram destroçadas em batalha e que seus homens na verdade serviram de bucha de canhão, considerou um traição por parte de seus aliados romanos, a ponto que o se dirigir para os [[Balcãs]] para iniciar uma onda de saques e desordens, embora fossem detidos por [[Estilicão]], agora chefe supremo do exército romano, em dezesseis anos os godos teriam tanta força que devastariam e derrotariam os romanos na [[península Itálica|Itália]]. Estilicão foi morto em 408 acusado de traição pelo fraco e incompetente imperador do ocidente[[ Honório]], selando assim o destino do [[império Romano do Ocidente]]. Em 410, os visigodos [[Saque de Roma (410)|saquearam]] a própria [[Roma]].
Com esta vitória, o [[Império Romano]] voltou a ser governado por um único homem pela última vez, pois no ano seguinte após a morte de [[Teodósio I]], o império seria dividido definitivamente pelos dois filhos do imperador. Mas a batalha também teve uma consequência trágica para os romanos, pois Alarico rei dos godos, ao constatar que as suas tropas foram destroçadas em batalha e que os seus homens na verdade serviram de bala para canhão, considerou esta estratégia como uma traição por parte dos seus aliados romanos, a ponto de o fazer dirigir para os [[Balcãs]] onde iniciou uma onda de saques e desordens. Embora tivessem sido detidos por [[Estilicão]], agora chefe supremo do exército romano, em dezasseis anos os godos ganharam suficiente força para devastar e derrotar os romanos na [[península Itálica|Itália]]. Estilicão foi morto em 408 acusado de traição pelo fraco e incompetente imperador do ocidente[[ Honório]], selando assim o destino do [[império Romano do Ocidente]]. Em 410, os visigodos [[Saque de Roma (410)|saquearam]] a própria cidade de [[Roma]].


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Revisão das 21h27min de 20 de setembro de 2016

Batalha do Rio Frígido
Data 6 de setembro de 394
Local Rio Soča, na atual Eslovênia
Desfecho Vitória do Império Romano
Beligerantes
Império Romano Arbogasto
Comandantes
Teodósio I, Alarico I e Estilicão Flávio Eugênio e Arbogasto

A Batalha do Rio Frígido foi travada em 6 de setembro do ano 394 d.C., nas proximidades do rio Soča (em italiano, rio Isonzo), na atual Eslovênia[nota 1], entre as forças do imperador do Oriente Teodósio I e do usurpador do trono do ocidente Eugénio, que na verdade era um fantoche do general de origem bárbara Arbogasto.

As forças de Teodósio eram compostas também de visigodos comandados por Alarico I, vândalos comandados por Estilicão e até hunos.

No inicio da batalha, Teodósio posicionou as forças dos seus aliados godos na frente do seu exército para absorver o impacto do ataque do inimigo e também para fazer descansar as suas legiões. Mas na verdade o que o imperador pretendia era que os seus aliados bárbaros perdessem o maior número de vidas possível e embora os visigodos lutassem pela vida estavam sendo derrotados pelas forças de Eugénio, tanto que no dia seguinte, Teodósio se encontrava numa situação difícil até acontecer um facto que foi considerado um milagre. Caiu uma grande tempestade com um vento inesperado soprando com violência contra as tropas inimigas, anulando os seus ganhos e quase cegando-as: Nessa altura as legiões de Teodósio atacaram e empurraram o inimigo, que fugiu em desordem a ponto de Eugénio, Arbogasto e Nicómaco Flaviano terem sido mortos.

A vitória foi comemorada como o segundo triunfo do cristianismo contra os pagãos, uma repetição da realizada na ponte Mílvio por Constantino I. Logo após a batalha, Teodósio apresentou-se em Milão e Ambrósio proibiu-o de receber os sacramentos até que fossem atendidas as suas petições de clemência para com os vencidos.

Consequências

Com esta vitória, o Império Romano voltou a ser governado por um único homem pela última vez, pois no ano seguinte após a morte de Teodósio I, o império seria dividido definitivamente pelos dois filhos do imperador. Mas a batalha também teve uma consequência trágica para os romanos, pois Alarico rei dos godos, ao constatar que as suas tropas foram destroçadas em batalha e que os seus homens na verdade serviram de bala para canhão, considerou esta estratégia como uma traição por parte dos seus aliados romanos, a ponto de o fazer dirigir para os Balcãs onde iniciou uma onda de saques e desordens. Embora tivessem sido detidos por Estilicão, agora chefe supremo do exército romano, em dezasseis anos os godos ganharam suficiente força para devastar e derrotar os romanos na Itália. Estilicão foi morto em 408 acusado de traição pelo fraco e incompetente imperador do ocidenteHonório, selando assim o destino do império Romano do Ocidente. Em 410, os visigodos saquearam a própria cidade de Roma.

Notas

  1. Outras fontes citam o rio Vipava (Wippach ou Wipbach, em alemão), que desagua no Isonzo/Soča na comuna de Savogna d'Isonzo.[1]

Referências

  1. HODGKIN, Thomas. «Italy and her Invaders» (em inglês). Clarendon Press Oxford, 1880 (online na Universidade de Chicago). Consultado em 11 de novembro de 2015 
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