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Icamiabas: diferenças entre revisões

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''Icamiabas''' ou '''iacamiabas''' (do [[língua tupi|tupi]] ''i + kama + îaba'', significando "peito partido"<ref>{{Referência a livro|Autor=[[Luís Caldas Tibiriça|Caldas Tibiricá, Luis]]|Título=Dicionário Tupi-Português|Local de publicação=São Paulo|Editora=Editora Traço|Ano=1894|ID= ISBN 8571190259}}</ref>) é a designação genérica dada a [[indígena|índias]] que, segundo o [[folclore brasileiro]], teriam formado uma [[tribo]] de [[Mulheres guerreiras na cultura|mulheres guerreiras]] que não aceitavam a presença masculina<ref>{{citar web|url=http://www.santarem.pa.gov.br/conteudo/?item=201&fa=194&cd=263&menu=Lendas|acessodata= 8 de julho de 2008|titulo=As Icamiabas ou Amazonas|publicado=Prefeitura Municipal de [[Santarém]]}}</ref>. Compunham uma sociedade rigorosamente matriarcal, caracterizada por mulheres guerreiras sem homens, ou ainda mulheres que ignoravam a lei <ref>[http://eaprender.com.br/tiki-smartpages_view.php?pageId=1284 ''Datas comemorativas'', ''Aniversário da cidade de Manaus''] </ref>.
''Icamiabas''' ou '''iacamiabas''' (do [[língua tupi|tupi]] ''i + kama + îaba'', significando "peito partido"<ref>{{Referência a livro|Autor=[[Luís Caldas Tibiriça|Caldas Tibiricá, Luis]]|Título=Dicionário Tupi-Português|Local de publicação=São Paulo|Editora=Editora Traço|Ano=1894|ID= ISBN 8571190259}}</ref>) é a designação genérica dada a [[indígena|índias]] que teriam formado uma [[tribo]] de [[Mulheres guerreiras na cultura|mulheres guerreiras]] que não aceitavam a presença masculina<ref>{{citar web|url=http://www.santarem.pa.gov.br/conteudo/?item=201&fa=194&cd=263&menu=Lendas|acessodata= 8 de julho de 2008|titulo=As Icamiabas ou Amazonas|publicado=Prefeitura Municipal de [[Santarém]]}}</ref>. Compunham uma sociedade rigorosamente matriarcal, caracterizada por mulheres guerreiras sem homens, ou ainda mulheres que ignoravam a lei <ref>[http://eaprender.com.br/tiki-smartpages_view.php?pageId=1284 ''Datas comemorativas'', ''Aniversário da cidade de Manaus''] </ref>.
O termo designaria também um monte nas cercanias do [[rio Conuris]]<ref name="CC">{{Referência a livro|Autor=[[Luís da Câmara Cascudo|Cascudo, Luís da Câmara]]|Título=[[Dicionário do Folclore Brasileiro]]|edição= 10ª ed.| Editora=Ediouro|Local de publicação= Rio de Janeiro|Ano=s/d|ID= ISBN 85-00-80007-0}}</ref> (no atual território do [[Equador]]). Esta lenda teria dado origem, no [[século XVI]], ao mito da presença das lendárias [[Amazonas (mitologia)|Amazonas]] na [[região Norte do Brasil]]. Em ''A Amazônia Misteriosa'' de [[Gastão Cruls]], lê-se:
O termo designaria também um monte nas cercanias do [[rio Conuris]]<ref name="CC">{{Referência a livro|Autor=[[Luís da Câmara Cascudo|Cascudo, Luís da Câmara]]|Título=[[Dicionário do Folclore Brasileiro]]|edição= 10ª ed.| Editora=Ediouro|Local de publicação= Rio de Janeiro|Ano=s/d|ID= ISBN 85-00-80007-0}}</ref> (no atual território do [[Equador]]). Esta lenda teria dado origem, no [[século XVI]], ao mito da presença das lendárias [[Amazonas (mitologia)|Amazonas]] na [[região Norte do Brasil]]. Em ''A Amazônia Misteriosa'' de [[Gastão Cruls]], lê-se:



Revisão das 20h37min de 8 de fevereiro de 2017

Icamiabas' ou iacamiabas (do tupi i + kama + îaba, significando "peito partido"[1]) é a designação genérica dada a índias que teriam formado uma tribo de mulheres guerreiras que não aceitavam a presença masculina[2]. Compunham uma sociedade rigorosamente matriarcal, caracterizada por mulheres guerreiras sem homens, ou ainda mulheres que ignoravam a lei [3]. O termo designaria também um monte nas cercanias do rio Conuris[4] (no atual território do Equador). Esta lenda teria dado origem, no século XVI, ao mito da presença das lendárias Amazonas na região Norte do Brasil. Em A Amazônia Misteriosa de Gastão Cruls, lê-se:

Aí existe mesmo, já nas cabeceiras do rio, a serra Itacamiaba, que por muito tempo se quis ter como o habitat da famosa tribo, e cujo nome deturpado para icamiaba, foi também empregrado como sinónimo de Amazonas.

Quando o conquistador espanhol Francisco de Orellana [5] desceu o rio pelos Andes em busca de ouro, a belicosa vitória das icamiabas contra os invasores espanhóis foi tamanha que o fato foi narrado ao rei Carlos V, o qual, inspirado nas antigas guerreiras[6] ou amazonas, batizou o rio de Amazonas. Amazonas é o nome dado pelos gregos às mulheres guerreiras [7].

Os relatos de Orellana afirmam que a tropa fora advertida da existência desses índias antes mesmo de entrar em contato com elas[8]. Orellana descreveu-as como mulheres altas, que andavam nuas e portavam apenas o arco-e-flecha,[9] habitavam casas de pedra e acumulavam metais preciosos[8].

No livro Macunaíma, de Mário de Andrade, as icamiabas presenteavam seus amantes, os guacaris, depois do acasalamento, na Festa de Iaci com um muiraquitã, amuleto tradicional indígena. O presente serviria como recordação e tinha como intuito encorajá-los à fidelidade.

Ver também

Referências

  1. Caldas Tibiricá, Luis (1894). Dicionário Tupi-Português. [S.l.]: Editora Traço. ISBN 8571190259  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda);
  2. «As Icamiabas ou Amazonas». Prefeitura Municipal de Santarém. Consultado em 8 de julho de 2008 
  3. Datas comemorativas, Aniversário da cidade de Manaus
  4. Cascudo, Luís da Câmara (s/d). Dicionário do Folclore Brasileiro 10ª ed. ed. [S.l.]: Ediouro. ISBN 85-00-80007-0  Parâmetro desconhecido |Autor= ignorado (|autor=) sugerido (ajuda); Verifique data em: |ano= (ajuda)
  5. Revista de História da Biblioteca Nacional, As indestrutíveis amazonas nº 34, pg.74)
  6. Revista de História da Biblioteca Nacional, As indestrutíveis Amazonas
  7. Revista da semana, Abril.com
  8. a b Prinz, Ulrike (2008). «As irmãs selvagens de Pentesiléia». Instituto Goethe. Consultado em 8 de julho de 2008 
  9. Langer, Johnni (1 de julho de 2008). «As indestrutíveis amazonas». Revista de História da Biblioteca Nacional. Consultado em 8 de julho de 2008 

Ligações externas