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Monções (expedições fluviais): diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Almeida Júnior - Estudo da Partida da Monção, 1897 (Bandeirantes).jpg|449x449px|thumb|"A Partida da Monção", quadro de 1897 de [[Almeida Júnior]] pertencente ao [[Acervo do Palácio dos Bandeirantes]]]]


As chamadas '''monções''' foram expedições fluviais que, entre a segunda década do [[século XVIII]] e a primeira metade do [[século XIX]], mantiveram contato entre a [[capitania de São Paulo]] e a [[capitania de Mato Grosso]], no [[Brasil]]. fabiana do 8 ano b
As chamadas '''monções''' foram expedições fluviais que, entre a segunda década do [[século XVIII]] e a primeira metade do [[século XIX]], mantiveram contato entre a [[capitania de São Paulo]] e a [[capitania de Mato Grosso]], no [[Brasil]].

História


==História==
Em sua origem, o termo se refere ao regime proposto em 1059, que define o período propício à navegação. No Brasil daquela época, porém, tratava-se do ano favorável às viagens fluviais, considerando-se o regime dos rios - [[cheia]]s ou vazantes.<ref>Ver [http://www.geocities.com/bandeiras99/moncoes.html Monções].</ref> O termo "[[monções]]" aplicado às expedições fluviais no Brasil foi adotado porque o período favorável às jornadas paulistas coincidia com as viagens de [[Portugal]] para o [[Oriente]], nos meses de março e abril, época em que um regime de ventos provocava fortes chuvas no [[Oceano Índico]], rota dos portugueses.<ref name="multipla">CAVALCANTE, Messias Soares. ''A verdadeira história da cachaça''. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628</ref>
Em sua origem, o termo se refere ao regime proposto em 1059, que define o período propício à navegação. No Brasil daquela época, porém, tratava-se do ano favorável às viagens fluviais, considerando-se o regime dos rios - [[cheia]]s ou vazantes.<ref>Ver [http://www.geocities.com/bandeiras99/moncoes.html Monções].</ref> O termo "[[monções]]" aplicado às expedições fluviais no Brasil foi adotado porque o período favorável às jornadas paulistas coincidia com as viagens de [[Portugal]] para o [[Oriente]], nos meses de março e abril, época em que um regime de ventos provocava fortes chuvas no [[Oceano Índico]], rota dos portugueses.<ref name="multipla">CAVALCANTE, Messias Soares. ''A verdadeira história da cachaça''. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628</ref>



Revisão das 21h02min de 25 de abril de 2017

 Nota: Para outros significados de Monção, veja Monção (desambiguação).
"A Partida da Monção", quadro de 1897 de Almeida Júnior pertencente ao Acervo do Palácio dos Bandeirantes

As chamadas monções foram expedições fluviais que, entre a segunda década do século XVIII e a primeira metade do século XIX, mantiveram contato entre a capitania de São Paulo e a capitania de Mato Grosso, no Brasil.

História

Em sua origem, o termo se refere ao regime proposto em 1059, que define o período propício à navegação. No Brasil daquela época, porém, tratava-se do ano favorável às viagens fluviais, considerando-se o regime dos rios - cheias ou vazantes.[1] O termo "monções" aplicado às expedições fluviais no Brasil foi adotado porque o período favorável às jornadas paulistas coincidia com as viagens de Portugal para o Oriente, nos meses de março e abril, época em que um regime de ventos provocava fortes chuvas no Oceano Índico, rota dos portugueses.[2]

As monções tiveram um importante papel na colonização da Região Centro-Oeste do Brasil, após o declínio das bandeiras. Iniciaram-se em 1718, quando o bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobriu ouro nas proximidades do sítio onde hoje se encontra a cidade de Cuiabá. Em pouco tempo, outros sertanistas foram atraídos pela notícia, sobretudo da capitania de São Paulo. Como resultado, uma verdadeira corrida do ouro acabou por converter a região em um vasto campo de mineração. Posteriormente, essas expedições tornaram-se regulares e o seu objetivo passou a ser também comercial e militar, visando ao abastecimento e defesa dos mineradores de Cuiabá, Vila Bela e demais povoações surgidas em decorrência da mineração.[3]

De todo modo, a viagem entre as capitanias de São Paulo e Mato Grosso era penosa e requeria, no mínimo, cinco meses. A partir de Araritaguaba (atual Porto Feliz), no rio Tietê, chegava-se ao rio Paraná, depois ao rio Pardo, aos afluentes do rio Paraguai, ao rio São Lourenço e, finalmente, ao rio Cuiabá. Nos trechos encachoeirados, todos desembarcavam, arrastando as numerosas canoas ou puxando-as com cordas. Assim, foi introduzido o gado bovino em Mato Grosso. Da mesma forma, abriram-se as comunicações regulares entre Mato Grosso e o Estado do Grão-Pará e Maranhão.

Cronologia

Referências

  1. Ver Monções.
  2. CAVALCANTE, Messias Soares. A verdadeira história da cachaça. São Paulo: Sá Editora, 2011. 608p. ISBN 9788588193628
  3. «Um Governo de Engonços: Metrópole e Sertanistas na Expansão dos Domínios Portugueses aos Sertões do Cuiabá (1721-1728)». www.academia.edu. Consultado em 12 de março de 2016 
  4. Descrição diária dos progressos da expedição...

Ver também