Ciência do Antigo Egito: diferenças entre revisões

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* {{link|es|2=http://www.revistaarabe.com.ar/noticias_matematicas_egipto.asp|3=Revista Árabe - Matemática no Antigo Egipto}}
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Revisão das 18h35min de 29 de julho de 2020

A ciência do antigo Egito entra de grande prestígio desde tempos remotos. É enormemente significativo o alto nível que esta civilização desenvolveu, bem com a amplitude de conhecimentos que chegaram a dominar.

A tradição, diz que os homens sábios da Grécia Antiga iam até ao Egito para aprender, onde existia uma ciência venerável e um elevado nível de conhecimento cientifico, ainda que, algumas vezes, misturada com praticas mágicas.

Obelisco de Tutemés III, em Carbaqye

Matemática [1]

(O olho de Horus) Udyat: hieróglifos dos primeiros números racionais

Entre todos os ramos da ciência que desenvolveram, o mais avançado foi a matemática. No papiro Rhind vemos como chegaram a dominar a soma, a subtração, a multiplicação e a divisão, sem necessidade de memorizar tabelas de multiplicação, resolver equações com uma incógnita e solucionar problemas práticos bastante complexos. O chamado Teorema de Pitágoras tem o seu precedente no Egito[2].

Geometria

A necessidade de voltar a marcar os limites dos terrenos ao baixar o nível das águas do Nilo, depois das inundações anuais, impulsionou o desenvolvimento da geometria e dos instrumentos de medição para o cálculo de áreas, volumes e até mesmo do tempo.

Codo e peças egípcias. (Museu do Louvre, Paris)

Unidades de comprimento

A unidade de comprimento mais usada foi o côvado, que é a distância entre o cotovelo e a ponta do dedo médio de uma pessoa. Durante a terceira dinastia esta medida, de 52,3 cm, recebeu o nome de côvado real. Dividia-se em medidas inferiores, como o palmo e o dedo.

Os escribas

Ver artigo principal: Escriba

Os escribas, funcionários do antigo Egito, recebiam aulas de cálculo e escrita, eram pessoas instruídas e cultas. Registavam o nível do rio Nilo (nilometros), a produção das colheitas e o seu armazenamento, realizavam censos de população e gado, registos de importação e exportação, etc.

Arquitetura

Os arquitetos reais, com seus conhecimentos de física e geometria, erigiram edificações monumentais e organizaram o trabalho de grandes grupos de artistas, artesãos e trabalhadores. A escultura, o transporte desde os canteiros do Assuão e a colocação de pesados obeliscos monolíticos de granito ou colossais estátuas implicava um alto nível de conhecimentos. A única das sete maravilhas do mundo que ainda perdura, a pirâmide de Quéops, é um bom exemplo do grau de aperfeiçoamento alcançado nas ciências aplicadas.

Medicina [3]

Ver artigo principal: Medicina do Antigo Egito

Os médicos, sunu "os homens dos que sofrem ou estão enfermos", eram educados em escolas especiais, as casas da vida, como as de Saís e Heliópolis. A medicina era gratuita e estava vinculada aos templos.

Os médicos egípcios classificaram as enfermidades em: as de causas manifestas, como os traumatismos, e as de causas desconhecidas, atribuídas aos deuses ou a espíritos malignos.

A higiene dos médicos e da medicina egípcia, o banho, o asseio e a boa apresentação do médico, era levada muito em conta pelos pacientes e pelo governo.

O deus da medicina egípcia, Imhotep, foi um personagem real divinizado da terceira dinastia. Crê-se que Hesyra, que viveu em cerca de 3 000 a.C., era o médico mais antigo conhecido.

No templo ptolemaico de Com Ombo está gravado um instrumental médico da época.

Química

Ver artigo principal: A alquimia no Antigo Egito

A alquimia egípcia é conhecida principalmente através dos escritos de antigos filósofos gregos, que por sua vez sobreviveram, frequentemente, apenas em traduções islâmicas. Praticamente não existe nenhum documento egípcio original sobre alquimia. Estes escritos, se existiram, provavelmente perderam-se quando o imperador Diocleciano ordenou a queima de livros de alquimia [4] após eliminar uma revolta em Alexandria (292), que havia sido um centro de alquimia e ciência.

Não obstante, recentes expedições arqueológicas terem desenterrado evidencias de análises químicas durante os períodos da Cultura de Nacada. Por exemplo, o processo de curtir peles animais já era conhecido no VI milênio a.C., possivelmente descoberto por acidente.

Outras evidências indicam claramente que os alquimistas do antigo Egito haviam inventado a argamassa de cal já em 4 000 a.C. e o vidro em 1 500 a.C., e fabricavam-se cosméticos, faiança e também pez para a construção naval. O papiro também tinha sido inventado em 3 000 a.C.

Um dos alquimistas egípcios mais famosos era Marik Alu-Kurard. Chamavam-no sobretudo para fabricar pedras e foi o primeiro a propor a ideia da pedra filosofal, o que se relata em fragmentos de escritos encontrados na tumba do rei Tutancâmon.

Referências


Ligações externos