Galinha caipira: diferenças entre revisões
Acerto de texto |
Adição de conteúdo. Etiquetas: Revertida Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel Hiperligações de desambiguação |
||
Linha 4: | Linha 4: | ||
[[File:Găini Gallus gallus domesticus.jpg|thumb|200px|Galinhas caipiras soltas]] |
[[File:Găini Gallus gallus domesticus.jpg|thumb|200px|Galinhas caipiras soltas]] |
||
{{minidesambig|pela ave enquanto animal vivo|Gallus gallus domesticus}} |
{{minidesambig|pela ave enquanto animal vivo|Gallus gallus domesticus}} |
||
'''Galinha caipira''' é o termo usado na [[cozinha brasileira|culinária brasileira]] para se referir ao [[Gallus gallus domesticus|galináceo doméstico]] [https://www.caipira.eu.org/2018/10/criar-galinhas-caipiras-iniciantes.html criado solto em quintais e fazendas], em contraste com o de criação industrial ou de granja.<ref name="NSul" >{{citar livro|autor={{small|FISBERG}}, Mauro; {{small|WEHBA}}, Jamal; {{small|COZZOLINO}}, Silvia M. Franciscato|título=Um, dois, feijão com arroz: a alimentação no Brasil de norte a sul|editora=Atheneu|ano=2002|páginas=418|id=ISBN 8573795336}}</ref>{{nota de rodapé|Em virtude da influência da criação da indústria, tem havido uma tendência a chamar o prato de “frango caipira” em áreas urbanas.}} Aparece em receitas tradicionais da [[culinária mineira]] e da maioria dos outros estados brasileiros<ref>{{citar livro|autor={{small|BARRETO}}, Maria Laura; e {{small|NETO}}Rodrigo Galvani|título=O ouro de Minas|editora=Fotoinverso|ano=2001|páginas=94|id=}}</ref> com o nome de “galinha caipira” ([[Sudeste]]) “galinha de capoeira” ([[Norte]]-[[Nordeste]]) “galinha crioula” ([[Rio Grande do Sul]]) ou “caneludo”.{{nota de rodapé|Segundo o Dicionário Aulete, capoeira é “terreno com mato, cuja vegetação anterior foi roçada ou queimada para o cultivo da terra ou para outro fim”.<ref>{{citar web|URL=http://www.aulete.com.br/capoeira|título=Verbete capoeira|autor=Editores do Aulete|data=2013|publicado=Dicionário Caldas Aulete|acessodata=15 de julho de 2017}}</ref> Do [[língua tupi|tupi]] ''ko'puera'': ''ko'' (roça) + ''puera'' (que já foi).<ref>{{citar livro|autor={{small|CUNHA}}, Geraldo da|título=Os estrangeirismos da língua portuguesa: vocabulário histórico-etimológico|editora=Humanitas, FFLCH/USP|ano=2003|páginas=197|id=ISBN 9788575061237}}</ref>}} |
'''Galinha caipira''' é o termo usado na [[cozinha brasileira|culinária brasileira]] para se referir ao [[Gallus gallus domesticus|galináceo doméstico]] [https://www.caipira.eu.org/2018/10/criar-galinhas-caipiras-iniciantes.html criado solto em quintais e fazendas], em contraste com o de criação industrial ou de granja.<ref name="NSul" >{{citar livro|autor={{small|FISBERG}}, Mauro; {{small|WEHBA}}, Jamal; {{small|COZZOLINO}}, Silvia M. Franciscato|título=Um, dois, feijão com arroz: a alimentação no Brasil de norte a sul|editora=Atheneu|ano=2002|páginas=418|id=ISBN 8573795336}}</ref>{{nota de rodapé|Em virtude da influência da criação da indústria, tem havido uma tendência a chamar o prato de “frango caipira” em áreas urbanas.}} Aparece em receitas tradicionais da [[culinária mineira]] e da maioria dos outros estados brasileiros<ref>{{citar livro|autor={{small|BARRETO}}, Maria Laura; e {{small|NETO}}Rodrigo Galvani|título=O ouro de Minas|editora=Fotoinverso|ano=2001|páginas=94|id=}}</ref> com o nome de “galinha caipira” ([[Sudeste]]), “galinha de capoeira” ([[Norte]]-[[Nordeste]]), "galinha matuta" ou "galinha pé-dura" ([[Região Nordeste|Nordeste]]), “galinha crioula” ([[Rio Grande do Sul]]) ou “caneludo”.{{nota de rodapé|Segundo o Dicionário Aulete, capoeira é “terreno com mato, cuja vegetação anterior foi roçada ou queimada para o cultivo da terra ou para outro fim”.<ref>{{citar web|URL=http://www.aulete.com.br/capoeira|título=Verbete capoeira|autor=Editores do Aulete|data=2013|publicado=Dicionário Caldas Aulete|acessodata=15 de julho de 2017}}</ref> Do [[língua tupi|tupi]] ''ko'puera'': ''ko'' (roça) + ''puera'' (que já foi).<ref>{{citar livro|autor={{small|CUNHA}}, Geraldo da|título=Os estrangeirismos da língua portuguesa: vocabulário histórico-etimológico|editora=Humanitas, FFLCH/USP|ano=2003|páginas=197|id=ISBN 9788575061237}}</ref>}} |
||
Relata-se que como os [[tropeiro]]s comiam apenas carne de sol e farinha durante suas viagens, ao retornar para casa ansiavam por algo diferente. Assim, as famílias preparavam o frango caipira acompanhado de [[pirão]], arroz branco e [[feijão tropeiro]]. Outros autores afirmam que a galinha caipira com [[quiabo]] e [[angu]], herança indígena, era usada para alimentar escravos.<ref>{{citar livro|autor=Guia quatro rodas|título=Minas Gerais|editora=Editora Abril|ano=2007|páginas=|id=}}</ref> |
Relata-se que como os [[tropeiro]]s comiam apenas carne de sol e farinha durante suas viagens, ao retornar para casa ansiavam por algo diferente. Assim, as famílias preparavam o frango caipira acompanhado de [[pirão]], arroz branco e [[feijão tropeiro]]. Outros autores afirmam que a galinha caipira com [[quiabo]] e [[angu]], herança indígena, era usada para alimentar escravos.<ref>{{citar livro|autor=Guia quatro rodas|título=Minas Gerais|editora=Editora Abril|ano=2007|páginas=|id=}}</ref> |
Revisão das 22h14min de 15 de junho de 2022
Foi proposta a fusão deste artigo ou se(c)ção com Ave de capoeira (pode-se discutir o procedimento aqui). (desde dezembro de 2019) |
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f7/Poule_et_ses_poussins.jpg/200px-Poule_et_ses_poussins.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f6/G%C4%83ini_Gallus_gallus_domesticus.jpg/200px-G%C4%83ini_Gallus_gallus_domesticus.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4a/Disambig_grey.svg/20px-Disambig_grey.svg.png)
Galinha caipira é o termo usado na culinária brasileira para se referir ao galináceo doméstico criado solto em quintais e fazendas, em contraste com o de criação industrial ou de granja.[1][nota 1] Aparece em receitas tradicionais da culinária mineira e da maioria dos outros estados brasileiros[2] com o nome de “galinha caipira” (Sudeste), “galinha de capoeira” (Norte-Nordeste), "galinha matuta" ou "galinha pé-dura" (Nordeste), “galinha crioula” (Rio Grande do Sul) ou “caneludo”.[nota 2]
Relata-se que como os tropeiros comiam apenas carne de sol e farinha durante suas viagens, ao retornar para casa ansiavam por algo diferente. Assim, as famílias preparavam o frango caipira acompanhado de pirão, arroz branco e feijão tropeiro. Outros autores afirmam que a galinha caipira com quiabo e angu, herança indígena, era usada para alimentar escravos.[5]
No livro Um, dois, feijão com arroz: a alimentação no Brasil de norte a sul há a seguinte citação:
A galinha de capoeira é aquela criada em sítios, de forma natural, ou seja, criada em seu habitat natural, sem ter sido submetida a nenhum tratamento para crescimento rápido.[1]
Já no livro Ser tão mineiro, de 1984, há a seguinte narrativa complementar:
No interior todo mundo criava galinhas no quintal. (...) Criadas em terrenos abertos, eram as chamadas galinhas caipiras, que botavam aqueles ovos vermelhos na casca e na gema.[6]
Notas
- ↑ Em virtude da influência da criação da indústria, tem havido uma tendência a chamar o prato de “frango caipira” em áreas urbanas.
- ↑ Segundo o Dicionário Aulete, capoeira é “terreno com mato, cuja vegetação anterior foi roçada ou queimada para o cultivo da terra ou para outro fim”.[3] Do tupi ko'puera: ko (roça) + puera (que já foi).[4]
Referências
- ↑ a b FISBERG, Mauro; WEHBA, Jamal; COZZOLINO, Silvia M. Franciscato (2002). Um, dois, feijão com arroz: a alimentação no Brasil de norte a sul. [S.l.]: Atheneu. 418 páginas. ISBN 8573795336
- ↑ BARRETO, Maria Laura; e NETORodrigo Galvani (2001). O ouro de Minas. [S.l.]: Fotoinverso. 94 páginas
- ↑ Editores do Aulete (2013). «Verbete capoeira». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 15 de julho de 2017
- ↑ CUNHA, Geraldo da (2003). Os estrangeirismos da língua portuguesa: vocabulário histórico-etimológico. [S.l.]: Humanitas, FFLCH/USP. 197 páginas. ISBN 9788575061237
- ↑ Guia quatro rodas (2007). Minas Gerais. [S.l.]: Editora Abril
- ↑ SILVA, Manoel Crisóstomo; SILVA, Cristiano Siquinelli (1984). Ser tão mineiro. [S.l.]: Edição do Autor