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'''Antero Tarquínio de Quental''' ([[Ponta Delgada]], [[18 de Abril]] de [[1842]] — [[11 de Setembro]] de [[1891]]) É um escritor e poeta português que teve um papel importante no movimento da [[geração de 70]]. Nasceu na [[ilha de São Miguel]], [[Açores]] e desde de jovem destacou-se pelas suas opiniões revolucionárias, defendendo os seus ideais socialistas, e pela forma de estar na vida . |
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Durante a sua vida, Antero dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Estudou direito em [[Coimbra]], onde brilhou como líder estudantil. Particpou também no movimento da geração de 70, um agitador político a "tempo inteiro", que se afirmou pelo desejo de intervenção e renovação da vida política e cultural portuguesa. Tinha uma personalidade complexa, que oscilava entre a euforia e a mais profunda depressão, acabando em suicido. |
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==Notas biográficas== |
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Revisão das 13h33min de 6 de novembro de 2008
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Antero Tarquínio de Quental (Ponta Delgada, 18 de Abril de 1842 — 11 de Setembro de 1891) É um escritor e poeta português que teve um papel importante no movimento da geração de 70. Nasceu na ilha de São Miguel, Açores e desde de jovem destacou-se pelas suas opiniões revolucionárias, defendendo os seus ideais socialistas, e pela forma de estar na vida .
Durante a sua vida, Antero dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Estudou direito em Coimbra, onde brilhou como líder estudantil. Particpou também no movimento da geração de 70, um agitador político a "tempo inteiro", que se afirmou pelo desejo de intervenção e renovação da vida política e cultural portuguesa. Tinha uma personalidade complexa, que oscilava entre a euforia e a mais profunda depressão, acabando em suicido.
Notas biográficas
Antero de Quental herdou em 1873 uma quantia considerável de dinheiro, o que lhe permitiu viver desafogadamente, dos rendimentos dessa fortuna.
A polémica só terminou com um duelo entre Antero de Quental e Ramalho Ortigão travado, a 6 de Fevereiro de 1866, no Jardim de Arca d'Água, no Porto, que se saldou por ferimentos ligeiros.
Ainda em 1866 foi viver em Lisboa, onde experimentou a vida de operário, trabalhando como tipógrafo. Uma profissão que exerceu também em Paris, em janeiro e fevereiro de 1867. Em 1868 regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão. Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva (doença bipolar), que desde então o afligiu. Foi convidado pelo Partido Republicano para candidatar-se como deputado, mas teve de recusar.
Em 1890, devido à reacção nacional contra o ultimato inglês, de 11 de Janeiro, aceita presidir à Liga Patriótica do Norte, mas a existência da Liga é efémera. Quando regressou a Lisboa, em Maio de 1891, instalou-se em casa da irmã, Ana de Quental. Neste momento o seu estado de depressão era permanente. Passado um mês, em Junho de 1891, regressa a Ponta Delgada, acabando por suicidar-se dia 11 de Setembro de 1891, com um tiro na cabeça, disparado num banco de jardim.
Para Antero de Quental, havia os ideais da fraternidade e solidariedade que não seriam ignorados. Foi um dos que trouxeram o socialismo, o republicanismo e o marxismo para a discussão pública
Análise da obra
A poesia de Antero de Quental apresenta três faces distintas:
- A das experiências juvenis, em que coexistem diversas tendências
- A da poesia militante, empenhada em agir como “voz da revolução”
- E a da poesia de tom metafísico, voltada para a expressão da angustia de quem busca um sentido para a existência.
A oscilação entre uma poesia de combate, dedicada ao elogio da acção e da capacidade humana, e uma poesia intimista, direcionada para a análise de uma individualidade angustiada, parece ter sido constante na obra madura de Antero, abandonando a posição que costumava enxergar uma sequência cronológica de três fases.
Antero atinge um maior grau de elaboração em seus sonetos, considerados dos melhores da língua e comparados aos de Camões e aos de Bocage. Há, na verdade, alguns pontos de contato estilísticos e temáticos entre esses três poetas: os sonetos de Antero tem inegável sabor clássico, quer na adjetivação e na musicalidade equilibrada, quer na análise de questões universais que afligem o homem.
Obra
- Sonetos de Antero, 1861 (eBook)
- Beatrice e Fiat Lux 1863
- Odes Modernas 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã)
- Bom Senso e Bom Gosto 1865 (opúsculos)
- A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais 1865 (na origem da polémica Questão Coimbrã)
- Defesa da Carta Encíclica de Sua Santidade Pio IX 1865
- Portugal perante a Revolução de Espanha 1868
- Primaveras Românticas 1872
- Considerações sobre a Filosofia da História Literária Portuguesa 1872
- A Poesia na Actualidade 1881
- Sonetos Completos 1886 (eBook)
- A Filosofia da Natureza dos Naturistas 1886 (eBook)
- Tendências Gerais da filosofia na Segunda Metade do Século XIX 1890
- Raios de extinta luz 1892 (eBook)
- Prosas
Ver também
- Literatura Portuguesa no Mundo "Dicionário Ilustrado"(vol. 10) ISBN 972-0-01251-X
Ligações externas
- Geração de 70
- Biografia em arqnet.pt
- Biografia em "Vidas Lusófonas"
- Obras de Antero de Quental na Biblioteca Nacional Digital
- Obras de Antero de Quental no projeto Gutenberg
- Biografia no wiki da República e laicidade - Associação Cívica
- Biografia no site da República e laicidade - Associação Cívica
- Instituto Camões (biografia)