Real Academia Militar: diferenças entre revisões
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No contexto da [[transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821)]] a Real Academia Militar foi criada pelo [[João VI de Portugal|Príncipe-regente]] através da Carta-Régia de [[4 de dezembro]] de [[1810]]<ref>O documento caracteriza o momento e o alcance do projeto: "''(... ) hei por bem que na minha atual Corte se estabeleça uma Academia Real Militar para um curso completo de ciências [[matemática]]s, de ciências das observações, quais sejam a [[química]], [[física]], [[mineralogia]], [[metalurgia]] e [[história natural]] e das ciências militares em toda a sua extensão. (...)''"</ref>. |
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A Real Academia formava a oficialidade das diversas Armas, além de engenheiros, [[geografia|geógrafos]] e [[topografia|topógrafos]], conforme definido em seu regulamento: |
A Real Academia formava a oficialidade das diversas Armas, além de engenheiros, [[geografia|geógrafos]] e [[topografia|topógrafos]], conforme definido em seu regulamento: |
Revisão das 10h03min de 20 de julho de 2009
A Real Academia Militar foi uma instituição militar de ensino superior portuguesa.
Sucedeu a Academia Real de Artilharia, Fortificação e Desenho, em Lisboa, e a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, nas dependências da Casa do Trem de Artilharia (atual Museu Histórico Nacional), no Rio de Janeiro.
História
No contexto da transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821) a Real Academia Militar foi criada pelo Príncipe-regente através da Carta-Régia de 4 de dezembro de 1810[1].
Implementada pelo conde de Linhares, foi inaugurada em 23 de abril de 1811, no mesmo local da anterior, a nova Academia teve como primeiro comandante o então Brigadeiro Inspetor de Artilharia e Fundições Carlos Antônio Napion, atual patrono do Material Bélico do Exército Brasileiro.
A Real Academia formava a oficialidade das diversas Armas, além de engenheiros, geógrafos e topógrafos, conforme definido em seu regulamento:
- "...um curso regular de Ciências Exatas e de Observações, assim como de todos aqueles que são aplicações das mesmas aos estudos militares e práticos que formam hábeis Oficiais de Artilharia, Engenharia e ainda Oficiais da classe de Engenheiros Geógrafos e Topógrafos, que possam também ter o útil emprego de dirigir objetos administrativos de minas, de caminhos, portos, canais, pontes e calçadas."
Eram ministrados os cursos de Cavalaria e Infantaria, ambos com duração de três anos, e o de Engenharia, com duração de seis anos. Neste último, os futuros engenheiros aprendiam Arquitetura Civil, Materiais de Construção, Caminhos e Calçadas, Hidráulica, Pontes, Canais, Diques e Comportas. No oitavo ano era explicada a história militar dos povos.
Em 1812, a Academia foi transferida para novas instalações, no Largo de São Francisco de Paula, no edifício em que atualmente funciona o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Após a proclamação da independência do Brasil (1822), a Academia passou a ser denominada de Imperial Academia Militar, passando a servir ao Exército Brasileiro. Neste período, a instituição foi atingida por diversas reformas do ensino militar e da engenharia, transformando-se no embrião de escolas, algumas das quais perduram até hoje, como o Instituto Militar de Engenharia.
Notas
- ↑ O documento caracteriza o momento e o alcance do projeto: "(... ) hei por bem que na minha atual Corte se estabeleça uma Academia Real Militar para um curso completo de ciências matemáticas, de ciências das observações, quais sejam a química, física, mineralogia, metalurgia e história natural e das ciências militares em toda a sua extensão. (...)"
- CARUSO, Ernesto. Ponta do Calabouço - início do século XX: berço fardado dos doutores. Revista do Clube Militar, ano LXXXI, n. 430, ago-set-out 2008, p. 14-16.
- CASTRO, Paulo César de. O Ensino Superior no Exército. Revista do Clube Militar, ano LXXXI, n. 430, ago-set-out 2008, p. 12-13.
Ver também
Ligações externas