Abscesso: diferenças entre revisões

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Revisão das 18h57min de 21 de novembro de 2010

Abscesso
Abscesso
Abscesso
Especialidade dermatologia, cirurgia geral, infecciologia
Classificação e recursos externos
CID-10 J36
CID-9 475
DiseasesDB 11141
MedlinePlus 001353
eMedicine emerg/417
MeSH D000039
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É designado de abscesso ou abcesso o acúmulo localizado de pus num tecido, formando uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório (membrana piogénica). O líquido purulento que a preenche se forma em virtude da desintegração e morte (necrose) do tecido original, microorganismos e leucócitos.

Causas

Pode ser causado por vários agentes patogénicos microbiológicos, como as bactérias piogénicas (incluindo, estreptococos, gonococos, entre outros), ameba, além de algumas substâncias químicas (como a essência de terebintina).

Sintomas

Os sintomas dependem do órgão ou tecido afetado. No entanto, classicamente temos como manifestações de todo processo inflamatório a dor, calor, rubor e tumefação locais, podendo apresentar perda de função. Os abscessos "maduros" têm flutuação à palpação e a pele que os reveste torna-se mais fina.[1]

Têm ocorrência mais comum na pele, mas podem atingir qualquer tecido. Dificilmente há remissão espontânea, com a reabsorção (se pequenos) ou fistulização.

Tratamento

Um abscesso, se volumoso, deve sofer intervenção cirúrgica com o objetivo de aliviar os sintomas e favorecer sua cura. Para drenar um abscesso, o médico deve acessar sua parede para libertar seu conteúdo. Um abscesso de maiores dimensões, pós a drenagem, deixa um amplo espaço vazio (espaço morto), e sofrerá cicatrização por segunda intenção. Costuma ser necessário o uso temporário de drenos artificiais.

O centro necrótico do abscesso não recebe suprimento sanguíneo, está encapsulado e sob condições químicas adversas (baixo pH). Logo, os antibióticos não costumam ser muito eficazes para o tratamento primário. Depois de realizada sua drenagem, antibióticos podem ser administrados para evitar a disseminação do processo infeccioso ou sua recorrência.

  • A análise microbiológica do material pode guiar a escolha do antibiótico mais eficaz,[2] mas esta muito raramente é necessária (apenas para fins de pesquisa, em casos de maior gravidade ou de falha terapêutica com a adequada drenagem e antibioticoterapia empírica.[3]

Complicações

Um abscesso sem tratamento pode ter resolução espontânea, sendo reabsorvido, formando fístulas (comunicação) para o meio externo ou formando um cisto. Ao fistulizar para cavidades naturais do corpo dá origem a um empiema, mas também pode complicar-se se seu conteúdo atinge a corrente sanguínea, levando a bacteremia e, nos casos mais graves, sepse.

Apresentações

O abscesso pode ocorrer em qualquer região do corpo afetada por um agente piogênico (cérebro, ossos, pele, pulmão, músculos). Porém, existem alguns tipos de maior relevância, seja por sua frequência ou sua gravidade.

Abaixo segue uma lista com alguns dos abscessos descritos pela literatura de saúde:

Abscesso vs. Abcesso

Em português de Portugal, usa-se abcesso tanto na linguagem comum como nos livros técnicos (ex. Medicina). A outra forma é de utilização rara. Em português do Brasil, há controvérsia entre as formas abscesso (com S) e abcesso (sem S).[4] Os dicionários Aurélio[5] e Houaiss [6]registram as duas formas, dando preferência para abscesso. O Michaelis[7] cita apenas abscesso.

Em textos médicos encontramos ambas as formas, com predominância de abscesso. Em 26 artigos publicados em revistas médicas brasileiras no período de 1965 a 1979, tendo abscesso como palavra chave, 17 utilizaram a forma abscesso:[8] 72%. Nos últimos 20 anos esta proporção aumentou: de 141 artigos tendo no título a palavra em questão, somente 13 utilizaram a forma abcesso, proporção de 91,2% para a forma abscesso.[9]

Ver também

Referências

  1. [1]
  2. [2]
  3. MCLATCHIE, G.; LEAPER, D. - Oxford Handbook of Clinical Surgery, 2nd ed. Oxford, 2007.
  4. REZENDE,J.M. - Linguagem Médica, 3a. ed., AB Editora e Distribuidora de Livros Ltda.
  5. FERREIRA, A.B.H. - Novo dicionário da língua portuguesa, 3.ed. Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 1999.
  6. "Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa"
  7. MICHAELIS - Moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo, Cia. Melhoramentos, 1998.
  8. IBBD-IBICT, Bibliografia brasileira de medicina, 1965-1979.
  9. BIREME – Disponível em http://www.bireme.br. Acesso em 20/07/2001.
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