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Ligado à actividade teatral, Gastão Cruz foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou peças de [[Crommelynck]], [[Strindberg]], [[Camus]], [[Tchekov]] ou uma adaptação sua de ''Uma Abelha na Chuva'' (1977), de [[Carlos de Oliveira]]. Algumas delas foram, pela primeira vez, traduzidas para português pelo poeta.
Ligado à actividade teatral, Gastão Cruz foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou peças de [[Crommelynck]], [[Strindberg]], [[Camus]], [[Tchekov]] ou uma adaptação sua de ''Uma Abelha na Chuva'' (1977), de [[Carlos de Oliveira]]. Algumas delas foram, pela primeira vez, traduzidas para português pelo poeta.


O percurso literário de Gastão Cruz inclui a tradução de nomes como [[William Blake]], [[Jean Cocteau]], [[Jude Stéfan]] e [[Shakespeare]]. ''As Doze Canções de Blake'' que traduziu fazem, aliás, parte da sua bibliografia poética[[Strindberg]], [[Albert Camus]], [[Shakespeare]] ou [[Crommenlick]].
O percurso literário de Gastão Cruz inclui a tradução de nomes como [[William Blake]], [[Jean Cocteau]], [[Jude Stéfan]] e [[Shakespeare]]. ''As Doze Canções de Blake'' que traduziu fazem, aliás, parte da sua bibliografia poética.


As quatro recolhas de toda a sua poesia e a antologia que até à data organizou (1974, 1983, 1990/1992, 1999), acabam por corresponder ao encerrar de determinadas fases temáticas. A morte e o corpo – [[Manuel Gusmão]] fala de uma tensão permanente entre [[Eros]] e [[Thanatos]] – são duas das metáforas mais usadas pelo poeta, correspondendo a significados tão diferentes quanto a esperança, o desespero, o amor e o sexo, o caos, o próprio País, a opressão ou a fugacidade.
As quatro recolhas de toda a sua poesia e a antologia que até à data organizou (1974, 1983, 1990/1992, 1999), acabam por corresponder ao encerrar de determinadas fases temáticas. A morte e o corpo – [[Manuel Gusmão]] fala de uma tensão permanente entre [[Eros]] e [[Thanatos]] – são duas das metáforas mais usadas pelo poeta, correspondendo a significados tão diferentes quanto a esperança, o desespero, o amor e o sexo, o caos, o próprio País, a opressão ou a fugacidade.

Revisão das 01h07min de 2 de setembro de 2006

Gastão Santana Franco da Cruz (n. Faro, 20 de Julho, 1941), poeta, crítico literário e encenador português.

Licenciou-se em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professor do ensino secundário e, entre 1980 e 1986, exerceu as funções de Leitor de Português na Universidade de Londres (King’s College), onde além de Língua Portuguesa, leccionou cadeiras de Poesia, Drama e Literatura Portuguesa.

Como poeta, o seu nome aparece inicialmente ligado à publicação colectiva Poesia 61 (que reuniu Gastão Cruz, Casimiro de Brito, Fiama Hasse Pais Brandão, Luiza Neto Jorge e Maria Teresa Horta), uma das principais contribuições para a renovação da linguagem poética portuguesa na década de 60. Como crítico literário, colaborou em vários jornais e revistas ao longo dos anos sessenta - Seara Nova, Outubro, O Tempo e o Modo ou Os Cadernos do Meio-Dia (publicados sob a direcção de Casimiro de Brito e António Ramos Rosa. Essa colaboração foi reunida em volume, com o título A Poesia Portuguesa Hoje (1973), livro que permanece hoje como uma referência para o estudo da poesia portuguesa da década de sessenta.

Ligado à actividade teatral, Gastão Cruz foi um dos fundadores do Grupo de Teatro Hoje (1976-1977), para o qual encenou peças de Crommelynck, Strindberg, Camus, Tchekov ou uma adaptação sua de Uma Abelha na Chuva (1977), de Carlos de Oliveira. Algumas delas foram, pela primeira vez, traduzidas para português pelo poeta.

O percurso literário de Gastão Cruz inclui a tradução de nomes como William Blake, Jean Cocteau, Jude Stéfan e Shakespeare. As Doze Canções de Blake que traduziu fazem, aliás, parte da sua bibliografia poética.

As quatro recolhas de toda a sua poesia e a antologia que até à data organizou (1974, 1983, 1990/1992, 1999), acabam por corresponder ao encerrar de determinadas fases temáticas. A morte e o corpo – Manuel Gusmão fala de uma tensão permanente entre Eros e Thanatos – são duas das metáforas mais usadas pelo poeta, correspondendo a significados tão diferentes quanto a esperança, o desespero, o amor e o sexo, o caos, o próprio País, a opressão ou a fugacidade.


Bibliografia seleccionada

Poesia

  • A Morte Percutiva (1961)
  • As Aves (1969)
  • Campânula (1978)
  • As Leis do Caos (1990)
  • As Pedras Negras (1995)
  • Crateras (2000)

Ensaio

  • A Poesia Portuguesa Hoje (1973; 1979 – 2ª ed., revista)