Terceira Guerra Púnica: diferenças entre revisões
referência.. adicional |
Formato referências |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
A '''Terceira Guerra Púnica''' foi a última das guerras a opor [[República Romana|Roma]] e [[Cartago]] ([[149 a.C.]] - [[146 a.C.]]) tendo acabado com a derrota e destruição desta última às mãos dos romanos de [[Cipião Emiliano Africano]]. Diz a lenda ter sido provocada pela repetida afirmação no [[Senado romano|senado]], por parte de [[Marco Pórcio Catão, o Censor|Catão, o Velho]], de um dito que se tornou proverbial: |
A '''Terceira Guerra Púnica''' foi a última das guerras a opor [[República Romana|Roma]] e [[Cartago]] ([[149 a.C.]] - [[146 a.C.]]) tendo acabado com a derrota e destruição desta última às mãos dos romanos de [[Cipião Emiliano Africano]]. Diz a lenda ter sido provocada pela repetida afirmação no [[Senado romano|senado]], por parte de [[Marco Pórcio Catão, o Censor|Catão, o Velho]], de um dito que se tornou proverbial: |
||
{{Quote2|''delenda est Carthago''<br>(Cartago precisa ser destruída)|[[Marco Pórcio Catão]]}} |
{{Quote2|''delenda est Carthago''<br>(Cartago precisa ser destruída)|[[Marco Pórcio Catão]]}} |
||
Linha 6: | Linha 4: | ||
==Causas e desenvolvimento da guerra== |
==Causas e desenvolvimento da guerra== |
||
Embora as duas partes estivessem em paz desde o fim da [[Segunda Guerra Púnica]], Roma não conseguia ficar tranquila com a rival, pois mesmo com todos os embargos e imposições que o tratado de paz fixado entre as duas cidades na última guerra, Cartago, superando todas as adversidades, voltara a prosperar. Mas Roma não podia deixar a velha rival se erguer novamente, portanto usou um ardil muito usado na antiguidade. Como Cartago estava proibida de fazer guerra contra qualquer povo, sem o consentimento do senado romano, secretamente mandou seus novos aliados na África, os [[Numídia|Numidas]], a atacarem o território cartaginês.<ref> |
Embora as duas partes estivessem em paz desde o fim da [[Segunda Guerra Púnica]], Roma não conseguia ficar tranquila com a rival, pois mesmo com todos os embargos e imposições que o tratado de paz fixado entre as duas cidades na última guerra, Cartago, superando todas as adversidades, voltara a prosperar. Mas Roma não podia deixar a velha rival se erguer novamente, portanto usou um ardil muito usado na antiguidade. Como Cartago estava proibida de fazer guerra contra qualquer povo, sem o consentimento do senado romano, secretamente mandou seus novos aliados na África, os [[Numídia|Numidas]], a atacarem o território cartaginês. .<ref>{{Citar livro |
||
|nome = Demetrio |
|||
|sobrenome = MAGNOLI |
|||
|autor = |
|||
|url = |
|||
|seção = |
|||
|título = História das Guerras |
|||
|subtítulo = |
|||
|idioma = Português |
|||
|edição = 1 |
|||
|local = |
|||
|editora = Contexto |
|||
|editor = |
|||
|ano = 2009 |
|||
|volumes = |
|||
|páginas = |
|||
|página = 70 |
|||
|capítulo = |
|||
|volume = |
|||
|id = |
|||
|notas = |
|||
|acessodata = }}</ref> |
|||
Durante três anos, o senado cartaginês implorou para Roma o direito de defesa, sempre sendo ignorado, claro, pelos romanos, até quando finalmente os cartigeneses resolveram se defender, estava aí criado o pretexto que Roma precisava para atacar Cartago. Então, no ano [[149 a.C.]] as legiões atacaram e cercaram a cidade de Cartago. |
Durante três anos, o senado cartaginês implorou para Roma o direito de defesa, sempre sendo ignorado, claro, pelos romanos, até quando finalmente os cartigeneses resolveram se defender, estava aí criado o pretexto que Roma precisava para atacar Cartago. Então, no ano [[149 a.C.]] as legiões atacaram e cercaram a cidade de Cartago. |
||
Linha 13: | Linha 32: | ||
==Após a guerra== |
==Após a guerra== |
||
Da poderosa Cartago, restaram apenas um butim de 50.000 cativos aproximadamente e uma cidade em escombros. O ódio dos romanos era tão grande pela antiga rival que segundo a lenda, após a queda da cidade, ela foi totalmente destruída e sobre suas edificações o chão |
Da poderosa Cartago, restaram apenas um butim de 50.000 cativos aproximadamente e uma cidade em escombros. O ódio dos romanos era tão grande pela antiga rival que segundo a lenda, após a queda da cidade, ela foi totalmente destruída e sobre suas edificações o chão teria sido salgado para que nada ali crescesse. {{sem fontes}} (Embora isso seja altamente improvável devido ao valor do sal na época). A tarefa foi tão bem executada que até hoje os arqueólogos não sabem o local exato da sua localização. A Cartago que aparece nos mapas romanos após as Guerras Púnicas é uma cidade fundada pela própria Roma como uma colônia. |
||
{{Referências}} |
{{Referências}} |
||
==Bibliografia== |
|||
* História das Guerras- Magnoli, Demétrio : Editora Contexto,2009 |
|||
=={{Ver também}}== |
=={{Ver também}}== |
||
Linha 27: | Linha 40: | ||
* [[Primeira Guerra Púnica]] |
* [[Primeira Guerra Púnica]] |
||
* [[Segunda Guerra Púnica]] |
* [[Segunda Guerra Púnica]] |
||
{{esboço-história}} |
{{esboço-história}} |
||
Consequencias |
|||
{{Bom interwiki|fr}} |
{{Bom interwiki|fr}} |
Revisão das 19h27min de 16 de setembro de 2012
A Terceira Guerra Púnica foi a última das guerras a opor Roma e Cartago (149 a.C. - 146 a.C.) tendo acabado com a derrota e destruição desta última às mãos dos romanos de Cipião Emiliano Africano. Diz a lenda ter sido provocada pela repetida afirmação no senado, por parte de Catão, o Velho, de um dito que se tornou proverbial:
“ | delenda est Carthago (Cartago precisa ser destruída) |
” |
Causas e desenvolvimento da guerra
Embora as duas partes estivessem em paz desde o fim da Segunda Guerra Púnica, Roma não conseguia ficar tranquila com a rival, pois mesmo com todos os embargos e imposições que o tratado de paz fixado entre as duas cidades na última guerra, Cartago, superando todas as adversidades, voltara a prosperar. Mas Roma não podia deixar a velha rival se erguer novamente, portanto usou um ardil muito usado na antiguidade. Como Cartago estava proibida de fazer guerra contra qualquer povo, sem o consentimento do senado romano, secretamente mandou seus novos aliados na África, os Numidas, a atacarem o território cartaginês. .[1]
Durante três anos, o senado cartaginês implorou para Roma o direito de defesa, sempre sendo ignorado, claro, pelos romanos, até quando finalmente os cartigeneses resolveram se defender, estava aí criado o pretexto que Roma precisava para atacar Cartago. Então, no ano 149 a.C. as legiões atacaram e cercaram a cidade de Cartago.
Este sítio durou três anos, e segundo a lenda ele foi tão duro que as mulheres cartaginesas cortavam os cabelos para fazer corda e seus defensores lutavam dia e noite para defender sua cidade, que em 149 a.C., os romanos finalmente conseguiram adentrar, e mesmo assim tiveram que lutar ferozmente para vencer a resistência, pois os cartagineses defenderam cada metro quadrado, mas pacientemente os romanos foram tomando casa por casa até entrar na cidadela interna e vencer a última resistência.
Após a guerra
Da poderosa Cartago, restaram apenas um butim de 50.000 cativos aproximadamente e uma cidade em escombros. O ódio dos romanos era tão grande pela antiga rival que segundo a lenda, após a queda da cidade, ela foi totalmente destruída e sobre suas edificações o chão teria sido salgado para que nada ali crescesse.
Este artigo não cita fontes confiáveis. |
(Embora isso seja altamente improvável devido ao valor do sal na época). A tarefa foi tão bem executada que até hoje os arqueólogos não sabem o local exato da sua localização. A Cartago que aparece nos mapas romanos após as Guerras Púnicas é uma cidade fundada pela própria Roma como uma colônia.
Referências
- ↑ MAGNOLI, Demetrio (2009). História das Guerras 1 ed. [S.l.]: Contexto. p. 70