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[[Imagem:Nicephorus III and officers BnF Coislin79 fol2.jpg|thumb|Imperador [[Nicéforo III|Nicéforo Botaneiates]] flanqueado por seus dignitários principais da corte, todos eles ''proedroi'', em um manuscrito da década de 1070. Da esquerda: ''proedros'' e ''[[Kanikleios|epi tou kanikleiou]]'', o ''prōtoproedros'' e ''[[protovestiarios]]'' (um [[eunuco]], pois ele está sem barba), o imperador, o ''proedros'' e ''[[Decano (Roma)|dekanos]]'', e o ''proedros'' e ''[[Primicerius|megas primikērios]]''.{{harvref|Spatharakis|1976|p=110}}]] |
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'''Proedros''' ({{langx|el|πρόεδρος|||presidente}}) foi um título cortesão e eclesiástico [[Império Bizantino|bizantino]] utilizado entre o século X e meados do século XII. A forma feminina do titulo era ''proedrissa'' ({{langx|el|προέδρισσα}}). |
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O título foi criado em 960 pelo imperador [[Nicéforo II|Nicéforo Focas]] e foi concedido pela primeira vez a [[Basílio Lecapeno]], ''[[parakoimomenos]]'' [[eunuco]]. Foi colocado muito elevado na hierarquia da corte, estando abaixo de ''[[zoste patrikia]]'' e acima de ''[[Magister officiorum|magistros]]'', significando que era o mais alto título não-imperial aberto para homens. O título, aparentemente, continuou a ser restrito aos eunucos, até meados do século XI, quando foi aberto a toda a aristocracia e extensivamente premiado. O titular da dignidade também era o presidente do senado {{langx|el|ὁ πρόεδρος τῆς συγκλήτου}}), e o termo ''proedros'' foi frequentemente usado para denotar precedência em outros ofícios, por exemplo, ''proedos'' dos ''notarioi'' para ''[[Protonotarios|prōtonotarios]]''.{{harvref|name=Kazh1727|Kazhdan|1991|p=1727}} |
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O título foi amplamente utilizado no século XI, depois que foi aberto para não-eunucos, o que levou a criação do ''prōtoproedros'' ({{langx|el|πρωτοπρόεδρος|||"primeiro ''proedros''"}}) para distinguir o mais antigo entre seus titulares. O título, junto com a maioria dos títulos imperiais do período, caíram em gradual desuso no período comneno, e desapareceram no final do século XII.<ref name=Kazh1727 /> De acordo com ''[[De Ceremoniis]]'' do imperador [[Constantino VII|Constantino Porfirogênito]] (r. 913-959), o traje e [[insígnia]] do ''proedros'' na década de 960 eram: "uma túnica rosa bordada em ouro, um cinto de jóias incrustadas, e um ''[[clâmine|chlamys]]'' [capa] branco enfeitado com faixas douradas com duas ''tablia'' [remendo quadrado] douradas e decoração de folhas de [[hedera|hera]]."{{harvref|Porfirogênito|século X|p=I.97}} |
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O termo ''proedros'' foi frequentemente usado para um bispo, que era naturalmente o presidente de um clero local, e em alguns casos raros para os bispos [[metropolita]]s. No século XIII, contudo, adquiriu uma significado mais específico: foi dado a bispos que mantinham jurisdição sobre uma sé episcopal vaga.<ref name=Kazh1727 /> Como ''proedros'' o bispo conduziu a administração episcopal, mas foi diferenciado de um bispo regular, desde que ele nunca era oficialmente instalado nessa sé. Como na corte, o termo ''proedros'' foi também usado para denotar precendência entre um grupo de oficiais.{{harvref|Kazhdan|1991|p=1728}} |
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Revisão das 22h35min de 20 de novembro de 2012
Proedros (em grego: πρόεδρος; presidente) foi um título cortesão e eclesiástico bizantino utilizado entre o século X e meados do século XII. A forma feminina do titulo era proedrissa (em grego: προέδρισσα).
O título foi criado em 960 pelo imperador Nicéforo Focas e foi concedido pela primeira vez a Basílio Lecapeno, parakoimomenos eunuco. Foi colocado muito elevado na hierarquia da corte, estando abaixo de zoste patrikia e acima de magistros, significando que era o mais alto título não-imperial aberto para homens. O título, aparentemente, continuou a ser restrito aos eunucos, até meados do século XI, quando foi aberto a toda a aristocracia e extensivamente premiado. O titular da dignidade também era o presidente do senado em grego: ὁ πρόεδρος τῆς συγκλήτου), e o termo proedros foi frequentemente usado para denotar precedência em outros ofícios, por exemplo, proedos dos notarioi para prōtonotarios.[2]
O título foi amplamente utilizado no século XI, depois que foi aberto para não-eunucos, o que levou a criação do prōtoproedros (em grego: πρωτοπρόεδρος; "primeiro proedros") para distinguir o mais antigo entre seus titulares. O título, junto com a maioria dos títulos imperiais do período, caíram em gradual desuso no período comneno, e desapareceram no final do século XII.[2] De acordo com De Ceremoniis do imperador Constantino Porfirogênito (r. 913-959), o traje e insígnia do proedros na década de 960 eram: "uma túnica rosa bordada em ouro, um cinto de jóias incrustadas, e um chlamys [capa] branco enfeitado com faixas douradas com duas tablia [remendo quadrado] douradas e decoração de folhas de hera."[3]
O termo proedros foi frequentemente usado para um bispo, que era naturalmente o presidente de um clero local, e em alguns casos raros para os bispos metropolitas. No século XIII, contudo, adquiriu uma significado mais específico: foi dado a bispos que mantinham jurisdição sobre uma sé episcopal vaga.[2] Como proedros o bispo conduziu a administração episcopal, mas foi diferenciado de um bispo regular, desde que ele nunca era oficialmente instalado nessa sé. Como na corte, o termo proedros foi também usado para denotar precendência entre um grupo de oficiais.[4]
Referências
- ↑ Spatharakis 1976, p. 110.
- ↑ a b c Kazhdan 1991, p. 1727.
- ↑ Porfirogênito século X, p. I.97.
- ↑ Kazhdan 1991, p. 1728.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Proedros».
Bibliografia
- Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
- Spatharakis, Iohannis (1976). The Portrait in Byzantine Illuminated Manuscripts. [S.l.: s.n.] ISBN 978-90-04-04783-9
- Porfirogênito, Constantino (século X). De Ceremoniis. [S.l.: s.n.]