Petronas, o Patrício: diferenças entre revisões
m |
ajustes gerais, outro belo artigo que vou propor |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{Info/Biografia |
|||
⚫ | |||
|nome = Petronas, o Patrício |
|||
'''Petronas o Patrício''' (grego: Πετρωνᾶς; morreu em 11 de novembro de 865) foi um notável general e aristocrata [[Império Bizantino| bizantino]] e tio do imperador {{Lknb|Miguel|III, o Ébrio}} (r. 842-867), no momento de sua morte, ele ocupava os títulos de [[Magister officiorum]] e [[patrícios|patrício]], tendo comandado os regimentos de elite [[Scholae Palatinae|Scholai]] e [[Vigla (tagma)|Vigla]]. |
|||
|nascimento_data = |
|||
|nascimento_local= |
|||
|imagem = |
|||
|imagem_tamanho = |
|||
|imagem_legenda = |
|||
|nome_pai = Marino |
|||
|nome_mãe = Teoctiste |
|||
|nacionalidade = {{IB}} |
|||
|morte_data = {{morte|11|11|865|si}} |
|||
|morte_local = |
|||
|cônjuge = |
|||
|filhos = |
|||
|parentesco = [[Bardas]] (irmão), [[Teodora (esposa de Teófilo)|Teodora]] (irmã), {{Lknb|Miguel|III, o Ébrio}} (sobrinho) |
|||
|religião = Catolicismo |
|||
|ocupação = General |
|||
|nome_título1 = <nowiki /> |
|||
* [[Drungário]] |
|||
* [[Patrício]] |
|||
* [[Estratego]] |
|||
* ''[[Magistros]]'' |
|||
|principais_trabalhos = <nowiki /> |
|||
* Papel no [[Triunfo da Ortodoxia]] |
|||
* Vitória na [[batalha de Lalacão]] |
|||
}} |
|||
⚫ | |||
⚫ | |||
'''Petronas o Patrício''' ({{langx|el|Πετρωνᾶς||Petronas}}; m. {{morte|11|11|865|si}}) foi um notável general e aristocrata [[Império Bizantino|bizantino]] e tio do imperador {{Lknb|Miguel|III, o Ébrio}} (r. 842-867). Durante o período regencial de sua irmã, a imperatriz [[Teodora (esposa de Teófilo)|Teodora]], a aconselhou a revogar às políticas de seu falecido marido, o imperador [[Teófilo (imperador)|Teófilo]] (r. 829–842). Mais tarde, a medida que seu irmão [[Bardas]] elevou-se no poder imperial, Petronas foi apontado para o posto de [[estratego]] do [[thema Tracesiano]] e como tal infringiu uma pesada derrota aos árabes na [[batalha de Lalacão]]. |
|||
== Biografia == |
== Biografia == |
||
Petronas era filho do [[Drungário]] Marinos e Theoktiste, era o irmão mais novo de [[Bardas]] e da imperatriz [[Teodora (esposa de Teófilo) |Teodora]], esposa do imperador [[Teófilo (imperador)|Teófilo]].<ref name="Winkelmann564">{{harvnb|Winkelmann|Lilie|Ludwig|Pratsch|2000|p=564}}.</ref> O nome de outras três irmãs, Kalomaria, Sophia, e Irene, são citadas no [[Teófanes Continuatus]].<ref name="Winkelmann564"/> |
|||
Teófilo nomeou-o comandante |
Petronas era filho do [[drungário]] Marino e Teoctiste, irmão mais novo de [[Bardas]] e da imperatriz [[Teodora (esposa de Teófilo)|Teodora]], esposa do imperador [[Teófilo (imperador)|Teófilo]] (r. 829–842). O nome de outras três irmãs, Calomária, Sopia e Irene são citadas em [[Theophanes Continuatus]].{{harvref|name=Wilke564|Winkelmann|2000|p=564}} Teófilo nomeou-o comandante (drungário) do regimento de guarda ([[Tagma (militar)|tagma]]) Vigla, e elevou-o à categoria de [[patrício]]. Em 840 ou 842, segundo outras fontes, Teófilo lhe ordenou decapitar o patrício [[Teófobo]],{{harvref|name=Kazh1645|Kazhdan|1991|p=1644–1645}} um ex-[[curramitas|curramita]] convertido ao cristianismo, cujas tropas, alguns anos antes, haviam se rebelado e proclamado Teófobo imperador.{{harvref|Kazhdan|1991|p=2067–2068}} |
||
Quando o Imperador Teófilo morreu em 842, Teodora assumiu como regente de seu filho, {{Lknb|Miguel|III, o Ébrio}}, Petronas supostamente aconselhou ela |
Quando o Imperador Teófilo morreu em 842, Teodora assumiu o trono como regente de seu filho, {{Lknb|Miguel|III, o Ébrio}}, e Petronas supostamente aconselhou ela a rescindir às políticas iconoclastas de Teófilo.<ref name=Wilke564 /> Sob a regência de Teodora e do [[logóteta]] Teoctisto, Petronas foi marginalizado junto com seu irmão Bardas.<ref name=Kazh1645 /> Quando o imperador Miguel III atingiu a maioridade em 855, começou a ressentir-se do domínio de sua mãe e de Teoctisto, bem como o comportamento arrogante deste último.{{harvref|Jenkins|1987|p=160}} No final de 855, apoiado por seus tios Bardas e Petronas, Miguel III prendeu e executou Teoctisto, enquanto Petronas confinou a imperatriz e suas filhas no [[mosteiro de Gastria]].<ref name=Wilke564/>{{harvref|Treadgold|1997|p=450}} |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
Sob a regência de Teodora e o [[Logóteta]] Theoktistos, Petronas foi marginalizado junto com seu irmão Bardas.<ref name="ODB"/> Quando o imperador Miguel III atingiu a maioridade em 855, começou a ressentir-se do domínio de sua mãe e de Theoktistos, bem como o comportamento arrogante deste último.<ref name="Jenkins160">{{harvnb|Jenkins|1987|p=160}}.</ref> No final de 855, apoiado por seus tios Bardas e Petronas, o Imperador Michael prendeu e executou Theoktistos, enquanto Petronas confinava a imperatriz bizantina e suas filhas em um [[mosteiro]].<ref name="Winkelmann564"/><ref>Treadgold, Warren (1997). A History of the Byzantine State and Society. California: Stanford University Press. Página 450. ISBN 0-8047-2630-2</ref> |
|||
Bardas foi elevado à categoria de [[ |
Bardas foi elevado à categoria de [[césar (título)|césar]] e se tornou o efetivo governador do Império Bizantino. Nesta posição, mostrou uma notável energia e habilidade, estando entre as suas decisões mais importantes a postura mais agressiva contra os [[árabes]] no Oriente.{{harvref|Jenkins|1987|p=160–161}} Consequentemente, Petronas foi nomeado [[estratego]] do poderoso [[thema Tracesiano]]. Em 856, durante sua primeira campanha contra os [[Paulicianismo|paulicianos]] de [[Tefrique]], ele saqueou o emirado de [[Melitene]] e as terras dos seguidores de Paulo de [[Samósata]] e Amida na [[Mesopotâmia Superior]].<ref name=Kazh1645 /> Depois de ter penetrado mais fundo no território árabe do que qualquer comandante bizantino desde as [[expansão islâmica|conquistas muçulmanas]], voltou vitorioso com muitos prisioneiros.{{harvref|Treadgold|1997|p=450–451}} |
||
⚫ | Em 863, um exército árabe, liderado pelo emir de Melitene, [[Umar al-Aqta]] (r. anos 830 - 863), penetrou profundamente em território bizantino, chegando até [[Amisos]] na costa do [[Mar Negro]]. Petronas foi colocado no comando das tropas bizantinas para enfrentar a invasão, e através de um brilhante esforço de coordenação, as três distintas forças conseguiram convergir até o exército árabe, cercá-lo, e destruí-lo na [[Batalha de Lalacão]] em 3 de Setembro de 863;{{harvref|Jenkins|1987|p=162}} os bizantinos agiram rapidamente para tirar proveito de sua vitória: um exército bizantino invadiu a [[Armênia]] que estava sob controle árabe, e em outubro-novembro, derrotou e matou o emir [[Ali ibn Yahya]].<ref name=Lalakaon />{{harvref|Whittow|1996|p=311}} Petronas levou a cabeça de seu inimigo derrotado para [[Constantinopla]], onde foi homenageado por seu sobrinho com uma [[Triunfo romano|entrada triunfal]]. Logo depois, foi elevado à categoria de ''[[magistros]]'' e à posição de comandante-em-chefe do exército.<ref name=Kazh1645 /> |
||
Consequentemente, Petronas foi nomeado [[estratego]] do poderoso [[Thema Tracesiano]]. Em 856, durante sua primeira campanha contra os [[Paulicianismo|seguidores de Paulo]] de [[Divriğ|Tefrique]], ele saqueou o emirado de [[Malatya|Melitene]] e as terras dos seguidores de Paulo de [[Samósata]] e Amida na [[Mesopotâmia Superior]].<ref name="ODB"/><ref name="Treadgold">{{harvnb|Treadgold|1997|pp=450–451}}</ref> Depois de ter penetrado mais fundo no território árabe do que qualquer comandante bizantino desde as [[expansão islâmica |conquistas muçulmanas]], ele voltou vitorioso com muitos prisioneiros.<ref name="Treadgold"/> |
|||
⚫ | Com esta vitória, Petronas e Bardas foram capazes de proteger as fronteiras orientais, fortalecendo o Império Bizantino, e preparando o terreno para as conquistas do {{séc|X}}. Os cronistas bizantinos acrescentam que o general vitorioso não sobreviveu por muito tempo após a batalha de Lalacão. Uma [[hagiografia]], escrita por um contemporâneo, afirma que Petronas morreu no mesmo dia de São [[Antônio, o Jovem]], seu pai espiritual, e dois anos e dois meses após vencer os exércitos árabes. Ele foi sepultado no mosteiro de Gastria, onde seu túmulo está localizado em frente a de sua irmã Teodora e das suas sobrinhas.<ref name=Wilke564/> |
||
⚫ | Em 863, um exército árabe, liderado pelo emir de Melitene, Umar al-Aqta (r. |
||
⚫ | |||
<ref name=Lalakaon>{{Citar web|url=http://asiaminor.ehw.gr/Forms/fLemmaBodyExtended.aspx?lemmaid=7927&boithimata_State=&kefalaia_State=#chapter_3|título=Battle of Lalakaon River, 863|acessodata=02-11-2013|língua3=en}}</ref> |
|||
}}<!-- Fim referências --> |
|||
⚫ | Com esta vitória, Petronas e Bardas foram capazes de proteger |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
==Bibliografia== |
== Bibliografia == |
||
{{refbegin|2}} |
{{refbegin|2}} |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | *{{Citar livro|sobrenome=Winkelmann|nome=Friedhelm|coautor=Ralph-Johannes Lilie; Claudia Ludwig; Thomas Pratsch; Ilse Rochow|título=Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867), 4. Band: Platon (#6266) – Theophylaktos (#8345)|ano=2001|local=Berlim e Nova Iorque|editora=Walter de Gruyter|isbn=978-3-11-016674-3|url=http://books.google.gr/books?id=XKvjQaXhPxgC|language=German|ref=harv}} |
||
⚫ | |||
==Bibliografia== |
|||
*{{cite book|last=Jenkins|first=Romilly|title=Byzantium: The Imperial Centuries, AD 610–1071|url=http://books.google.com/?id=O5JqH_NXQBsC|location=Toronto, Ontario, Canada|publisher=University of Toronto Press|year=1987|isbn=0-8020-6667-4|ref=harv}} |
*{{cite book|last=Jenkins|first=Romilly|title=Byzantium: The Imperial Centuries, AD 610–1071|url=http://books.google.com/?id=O5JqH_NXQBsC|location=Toronto, Ontario, Canada|publisher=University of Toronto Press|year=1987|isbn=0-8020-6667-4|ref=harv}} |
||
⚫ | |||
⚫ | |||
⚫ | *{{ |
||
⚫ | |||
{{DEFAULTSORT:Petronas The Patrician}} |
{{DEFAULTSORT:Petronas The Patrician}} |
||
{{esboço-história}} |
|||
[[Categoria:Generais bizantinos]] |
[[Categoria:Generais bizantinos]] |
Revisão das 07h32min de 2 de novembro de 2013
Petronas, o Patrício | |
---|---|
Morte | 11 de novembro de 865 |
Nacionalidade | Império Bizantino |
Progenitores | Mãe: Teoctiste Pai: Marino |
Parentesco | Bardas (irmão), Teodora (irmã), Miguel III, o Ébrio (sobrinho) |
Ocupação | General |
Principais trabalhos |
|
Título | |
Religião | Catolicismo |
Petronas o Patrício (em grego: Πετρωνᾶς; romaniz.:Petronas; m. 11 de novembro de 865) foi um notável general e aristocrata bizantino e tio do imperador Miguel III, o Ébrio (r. 842-867). Durante o período regencial de sua irmã, a imperatriz Teodora, a aconselhou a revogar às políticas de seu falecido marido, o imperador Teófilo (r. 829–842). Mais tarde, a medida que seu irmão Bardas elevou-se no poder imperial, Petronas foi apontado para o posto de estratego do thema Tracesiano e como tal infringiu uma pesada derrota aos árabes na batalha de Lalacão.
Biografia
Petronas era filho do drungário Marino e Teoctiste, irmão mais novo de Bardas e da imperatriz Teodora, esposa do imperador Teófilo (r. 829–842). O nome de outras três irmãs, Calomária, Sopia e Irene são citadas em Theophanes Continuatus.[1] Teófilo nomeou-o comandante (drungário) do regimento de guarda (tagma) Vigla, e elevou-o à categoria de patrício. Em 840 ou 842, segundo outras fontes, Teófilo lhe ordenou decapitar o patrício Teófobo,[2] um ex-curramita convertido ao cristianismo, cujas tropas, alguns anos antes, haviam se rebelado e proclamado Teófobo imperador.[3]
Quando o Imperador Teófilo morreu em 842, Teodora assumiu o trono como regente de seu filho, Miguel III, o Ébrio, e Petronas supostamente aconselhou ela a rescindir às políticas iconoclastas de Teófilo.[1] Sob a regência de Teodora e do logóteta Teoctisto, Petronas foi marginalizado junto com seu irmão Bardas.[2] Quando o imperador Miguel III atingiu a maioridade em 855, começou a ressentir-se do domínio de sua mãe e de Teoctisto, bem como o comportamento arrogante deste último.[4] No final de 855, apoiado por seus tios Bardas e Petronas, Miguel III prendeu e executou Teoctisto, enquanto Petronas confinou a imperatriz e suas filhas no mosteiro de Gastria.[1][5]
Bardas foi elevado à categoria de césar e se tornou o efetivo governador do Império Bizantino. Nesta posição, mostrou uma notável energia e habilidade, estando entre as suas decisões mais importantes a postura mais agressiva contra os árabes no Oriente.[6] Consequentemente, Petronas foi nomeado estratego do poderoso thema Tracesiano. Em 856, durante sua primeira campanha contra os paulicianos de Tefrique, ele saqueou o emirado de Melitene e as terras dos seguidores de Paulo de Samósata e Amida na Mesopotâmia Superior.[2] Depois de ter penetrado mais fundo no território árabe do que qualquer comandante bizantino desde as conquistas muçulmanas, voltou vitorioso com muitos prisioneiros.[7]
Em 863, um exército árabe, liderado pelo emir de Melitene, Umar al-Aqta (r. anos 830 - 863), penetrou profundamente em território bizantino, chegando até Amisos na costa do Mar Negro. Petronas foi colocado no comando das tropas bizantinas para enfrentar a invasão, e através de um brilhante esforço de coordenação, as três distintas forças conseguiram convergir até o exército árabe, cercá-lo, e destruí-lo na Batalha de Lalacão em 3 de Setembro de 863;[8] os bizantinos agiram rapidamente para tirar proveito de sua vitória: um exército bizantino invadiu a Armênia que estava sob controle árabe, e em outubro-novembro, derrotou e matou o emir Ali ibn Yahya.[9][10] Petronas levou a cabeça de seu inimigo derrotado para Constantinopla, onde foi homenageado por seu sobrinho com uma entrada triunfal. Logo depois, foi elevado à categoria de magistros e à posição de comandante-em-chefe do exército.[2]
Com esta vitória, Petronas e Bardas foram capazes de proteger as fronteiras orientais, fortalecendo o Império Bizantino, e preparando o terreno para as conquistas do século X. Os cronistas bizantinos acrescentam que o general vitorioso não sobreviveu por muito tempo após a batalha de Lalacão. Uma hagiografia, escrita por um contemporâneo, afirma que Petronas morreu no mesmo dia de São Antônio, o Jovem, seu pai espiritual, e dois anos e dois meses após vencer os exércitos árabes. Ele foi sepultado no mosteiro de Gastria, onde seu túmulo está localizado em frente a de sua irmã Teodora e das suas sobrinhas.[1]
Referências
- ↑ a b c d Winkelmann 2000, p. 564.
- ↑ a b c d Kazhdan 1991, p. 1644–1645.
- ↑ Kazhdan 1991, p. 2067–2068.
- ↑ Jenkins 1987, p. 160.
- ↑ Treadgold 1997, p. 450.
- ↑ Jenkins 1987, p. 160–161.
- ↑ Treadgold 1997, p. 450–451.
- ↑ Jenkins 1987, p. 162.
- ↑ «Battle of Lalakaon River, 863» (em inglês). Consultado em 2 de novembro de 2013
- ↑ Whittow 1996, p. 311.
Bibliografia
- Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium (em inglês). Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
- Treadgold, Warren (1997). A History of the Byzantine State and Society (em inglês). [S.l.]: Stanford University Press. ISBN 0-8047-2630-2
- Winkelmann, Friedhelm; Ralph-Johannes Lilie; Claudia Ludwig; Thomas Pratsch; Ilse Rochow (2001). Prosopographie der mittelbyzantinischen Zeit: I. Abteilung (641–867), 4. Band: Platon (#6266) – Theophylaktos (#8345) (em German). Berlim e Nova Iorque: Walter de Gruyter. ISBN 978-3-11-016674-3
Bibliografia
- Jenkins, Romilly (1987). Byzantium: The Imperial Centuries, AD 610–1071. Toronto, Ontario, Canada: University of Toronto Press. ISBN 0-8020-6667-4