Resistência à tração: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 10: Linha 10:
Alguns materiais quebram, sem [[deformação plástica]], no que é chamado de [[Fratura dos materiais|fratura frágil]]. Outros, que são mais [[dúctil|dúcteis]], incluindo a maioria dos metais, experimentarão alguma deformação plástica e, possivelmente, [[Estiramento (engenharia)|estiramento]] (formação de "pescoço") antes da fratura.
Alguns materiais quebram, sem [[deformação plástica]], no que é chamado de [[Fratura dos materiais|fratura frágil]]. Outros, que são mais [[dúctil|dúcteis]], incluindo a maioria dos metais, experimentarão alguma deformação plástica e, possivelmente, [[Estiramento (engenharia)|estiramento]] (formação de "pescoço") antes da fratura.


O [[limite de resistência à tração]] (LRT) é usualmente encontrado pela realização de um [[teste de tração]] e registrando-se a [[tensão aplicada]] ''versus'' a [[deformação]]. O máximo ponto da [[curva de tensão-deformação]] <!-- (see point 1 on the engineering stress/strain diagrams below) --> é o LRT.<ref>A. Garcia, J.A. Spim & C.A. dos Santos, Ensaios dos Materiais, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2000.</ref><ref>S.A. de Souza, Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicoss: Fundamentos teóricos e práticos. 5.ed., Ed. Edgard Blucher Ltda, São Paulo, SP, 1982.</ref> É uma [[propriedades intensivas e extensivas|propriedade intensiva]]; portanto, seu valor não depende do tamanho do corpo de prova. No entanto, é dependente de outros fatores, tais como a preparação da amostra, a presença ou ausência de defeitos de superfície, e a temperatura do ambiente de teste e do material.
O [[limite de resistência à tração]] (LRT) é usualmente encontrado pela realização de um [[ensaio de tração]] e registrando-se a [[tensão aplicada]] ''versus'' a [[deformação]]. O máximo ponto da [[curva de tensão-deformação]] <!-- (see point 1 on the engineering stress/strain diagrams below) --> é o LRT.<ref>A. Garcia, J.A. Spim & C.A. dos Santos, Ensaios dos Materiais, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2000.</ref><ref>S.A. de Souza, Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicoss: Fundamentos teóricos e práticos. 5.ed., Ed. Edgard Blucher Ltda, São Paulo, SP, 1982.</ref> É uma [[propriedades intensivas e extensivas|propriedade intensiva]]; portanto, seu valor não depende do tamanho do corpo de prova. No entanto, é dependente de outros fatores, tais como a preparação da amostra, a presença ou ausência de defeitos de superfície, e a temperatura do ambiente de teste e do material.


Resistência à tração é raramente usada ​​no projeto de corpos [[Ductilidade|dúcteis]], mas eles são importantes para os corpos frágeis. Eles são tabulados para materiais comuns: como [[liga metálica|ligas metálicas]], [[material compósito|materiais compósitos]], [[cerâmica]]s, [[plástico]]s, e [[madeira]].
Resistência à tração é raramente usada ​​no projeto de corpos [[Ductilidade|dúcteis]], mas eles são importantes para os corpos frágeis. Eles são tabulados para materiais comuns: como [[liga metálica|ligas metálicas]], [[material compósito|materiais compósitos]], [[cerâmica]]s, [[plástico]]s, e [[madeira]].

Revisão das 22h15min de 24 de outubro de 2014

Dois tornos aplicam tensão a um modelo puxando-o, estendendo-se a amostra até a falha (ruptura). A tensão máxima que resiste antes da falha é o seu limite de resistência à tração.

Resistência à tração, tratada também pelo conceito de limite de resistência à tração, é indicada pelo ponto máximo de uma curva tensão-deformação e, em geral, indica quando a criação de um "pescoço" (necking) irá ocorrer. Em outros termos é a máxima tensão que um material pode suportar ao ser esticado ou puxado antes de falhar ou quebrar. Como é uma propriedade intensiva, o seu valor não depende do tamanho da amostra. É, no entanto, dependente da preparação da amostra e da temperatura de teste e material.[1][2]

Resistência à tracção, junto com o módulo de elasticidade e resistência à corrosão, é um parâmetro importante de engenharia de materiais utilizados nas estruturas e dispositivos mecânicos. É especificado para os materiais, como ligas metálicas, materiais compósitos, cerâmicas, plásticos e madeira. A resistência à tração não é o mesmo que resistência à compressão e os valores podem ser bastante diferentes.

Alguns materiais quebram, sem deformação plástica, no que é chamado de fratura frágil. Outros, que são mais dúcteis, incluindo a maioria dos metais, experimentarão alguma deformação plástica e, possivelmente, estiramento (formação de "pescoço") antes da fratura.

O limite de resistência à tração (LRT) é usualmente encontrado pela realização de um ensaio de tração e registrando-se a tensão aplicada versus a deformação. O máximo ponto da curva de tensão-deformação é o LRT.[3][4] É uma propriedade intensiva; portanto, seu valor não depende do tamanho do corpo de prova. No entanto, é dependente de outros fatores, tais como a preparação da amostra, a presença ou ausência de defeitos de superfície, e a temperatura do ambiente de teste e do material.

Resistência à tração é raramente usada ​​no projeto de corpos dúcteis, mas eles são importantes para os corpos frágeis. Eles são tabulados para materiais comuns: como ligas metálicas, materiais compósitos, cerâmicas, plásticos, e madeira.

A resistência à tração é definida como uma tensão, que é medida como força por unidade de área. Para alguns materiais não-homogêneos (ou compostos por várias partes) que pode ser relatada como apenas uma força ou como uma força por unidade de largura. No sistema SI, a unidade é o pascal (Pa ou seus múltiplos, muitas vezes megapascals, MPa, usando o prefixo mega); ou, de forma equivalente para pascal, newtons por metro quadrado (N/m²). A unidade usual nos Estados Unidos é libra força por polegada quadrada (lbf/pol² ou psi), ou kilo-libras por polegada quadrada (ksi, ou, às vezes, kpsi), que é igual a 1000 psi; kilo-libras por polegada quadrada são comumente usados ​​na medição de resistência à tração.

Referências

  1. Degarmo, E. Paul; Black, J T.; Kohser, Ronald A. (2003), Materials and Processes in Manufacturing, ISBN 0-471-65653-4 9th ed. , Wiley .
  2. Smith, William F.; Hashemi, Javad (2006). Foundations of Materials Science and Engineering (em inglês) 4ª ed. [S.l.]: McGraw-Hill. ISBN 0-07-295358-6 
  3. A. Garcia, J.A. Spim & C.A. dos Santos, Ensaios dos Materiais, LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., Rio de Janeiro, RJ, 2000.
  4. S.A. de Souza, Ensaios Mecânicos de Materiais Metálicoss: Fundamentos teóricos e práticos. 5.ed., Ed. Edgard Blucher Ltda, São Paulo, SP, 1982.

Ligações externas