Bolsa Oficial de Café: diferenças entre revisões

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'''Bolsa de Café''' ou o '''Palácio da Bolsa Oficial do Café''' é um museu localizado na rua XV de Novembro, no [[centro histórico]] de do município de [[Santos]], [[São Paulo]], [[Brasil]].


A '''Bolsa de Café''' ou o '''Palácio da Bolsa Oficial do Café''' localiza-se rua XV de Novembro, 95, no [[centro histórico]] de [[Santos]], [[São Paulo]]. Primeiramente instalada em um salão alugado no centro de Santos, a Bolsa do Café transferiu-se em [[1922]] para o [[palácio]] construído especialmente para suas atividades, que funcionou até fins da década de [[1970]] quando foi abandonado. Após um restauro realizada em [[1998]], o palácio foi reinaugurado como o '''Museu do Café'''.
Primeiramente instalada em um salão alugado no centro de Santos, a Bolsa do Café transferiu-se em [[1922]] para o [[palácio]] construído especialmente para suas atividades, que funcionou até fins da década de [[1970]] quando foi abandonado.


Criada por decreto federal, ela iniciou suas atividades em 1917 em uma pequena repartição nas rua XV de Novembro com a rua do Comércio, no centro da cidade. O local contava com salas funcionais que pouco diferiam do ambiente interno de Comissárias ou Exportadoras da época.<ref name="Histórico>{{citar web |url=http://www.museudocafe.org.br/o-museu/historico/ |título=Histórico |editor=Museu do Café |acessodata=3 de fevereiro de 2016}}</ref>
==História==
Situado no coração de Santos, o palácio da Bolsa Oficial de Café completará em 7 de setembro 93 anos de existência no ano de 2015.
A Bolsa de Café, no entanto, nem sempre funcionou no edifício que a tornou famosa. Criada por decreto federal, ela iniciou suas atividades em 1917 em uma pequena repartição nas rua XV de Novembro com a rua do Comércio, no centro da cidade. O local contava com salas funcionais que pouco diferiam do ambiente interno de Comissárias ou Exportadoras da época.
[[Imagem:DSC07246.JPG|left|thumb|250px|O [[vitral]] "''A visão de Anhanguera''" no teto do grande salão da Bolsa do Café]]


Com o aumento do volume das negociações, a construção de uma sede própria passou a assunto prioritário. E, de uma pequena repartição a um palácio, a história da nova sede da Bolsa Oficial de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior.
Com o aumento do volume das negociações, a construção de uma sede própria passou a assunto prioritário. E, de uma pequena repartição a um palácio, a história da nova sede da Bolsa Oficial de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior. Após um restauro realizada em [[1998]], o palácio foi reinaugurado como o '''Museu do Café'''.
A construção do Palácio, de estilo eclético é considerada a mais importante obra do período, tendo sido a primeira edificação do estilo a ser tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional), em 2009.
Estilo, volume, cúpulas de cobre, grandes esculturas, vitrais, mármores, o trabalho de artífices estrangeiros e obras de arte construíram o discurso que relacionava a elite cafeeira aos primeiros bandeirantes enquanto construtores pioneiros de uma nação capitaneada por São Paulo.


== Arquitetura ==
Os painéis e o vitral de Benedito Calixto, na portentosa sala do pregão, tem importância fundamental na tradução visual deste discurso: no tríptico, o pintor imagina a cena de leitura do foral da Vila de Santos por Braz Cubas; nos painéis laterais, a representação da Vila de Santos em 1822 em comparação à cidade em 1922; e, finalmente, o vitral que cria – com bandeirantes, a agricultura, o porto, e o café – uma mitologia da nação. Todo esse complexo e denso conjunto de informações, aliados a diversos símbolos maçons - como a estrela de seis pontas no chão do pregão, a organização do cadeiral e as colunas - passam uma clara mensagem da força da presença do café na riqueza do Brasil.
[[Imagem:Bolsa do Café de Santos- Seus vitrais.JPG|esquerda|thumb|O [[vitral]] "''A visão de Anhanguera''" no teto do grande salão da Bolsa do Café]]
A construção do Palácio, de [[estilo eclético]] é considerada a mais importante obra do período, tendo sido a primeira edificação do estilo a ser tombada pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional]] (IPHAN), em 2009.
Com cúpulas de [[cobre]], grandes esculturas, vitrais, mármores, o trabalho de artífices estrangeiros e obras de arte construíram o discurso que relacionava a elite cafeeira aos primeiros bandeirantes enquanto construtores pioneiros de uma nação capitaneada por São Paulo.<ref name="Histórico/>


Os painéis e o vitral de [[Benedito Calixto]], na portentosa sala do pregão, tem importância fundamental na tradução visual deste discurso: no tríptico, o pintor imagina a cena de leitura do foral da Vila de Santos por [[Braz Cubas]]; nos painéis laterais, a representação da Vila de Santos em 1822 em comparação à cidade em 1922; e, finalmente, o vitral que cria – com bandeirantes, a agricultura, o porto, e o café – uma mitologia da nação.
As palavras do presidente da Bolsa na ocasião, Gabriel Orlando Junqueira, sintetizam a intenção maior que se traduziu na edificação:
{{quote2|''[...] esta inauguração tem uma significação [...] ampla. Não representa apenas a prosperidade material de uma civilização embrionária, como a de então. A inauguração deste edifício atesta a importância e a prosperidade do primeiro Estado da União, a grandeza de sua lavoura inteligentemente organizada, de suas bem distribuídas vias de comunicação, de suas indústrias e de seu comércio. Atesta a belíssima administração do Estado de São Paulo, a alta concepção do poder legislativo do Estado e de seu Governo, regulamentando, organizando e providenciando os meios para tornar esta instituição útil ao Estado e a todos que se dedicam ao comércio do café. Atesta a sua grande prosperidade e grau de civilização a que atingiu.''|Roberto Simonsen}}


Todo esse complexo e denso conjunto de informações, aliados a diversos símbolos maçons - como a estrela de seis pontas no chão do pregão, a organização do cadeiral e as colunas - passam uma clara mensagem da força da presença do [[café]] na riqueza do Brasil.
Assim, podemos dizer que o palácio da Bolsa Oficial de Café é um edifício-monumento do café e seu espaço político e simbólico na década de 1920, no Estado de São Paulo. E, hoje, aos 90 anos, como sede do Museu do Café, o palácio oferece ao grande público não só sua beleza e suntuosidade, mas a possibilidade de percorrer a história que construiu o café brasileiro como patrimônio nacional e internacional, da planta à xícara.


==O Museu do Café==
==Museu do Café==
[[Imagem:Bolsa Oficial de Café - Sala do Pregão.jpg|thumb|Sala do Pregão. O último [[pregão]] aconteceu na década de 1950]]
Um dos principais pontos turísticos da cidade de Santos, o Museu do Café foi criado em 1998 com o objetivo de preservar e divulgar a histórica relação entre o café e o Brasil. Entre objetos e documentos que formam seu acervo é possível perceber como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão intimamente ligados. Uma relação que começou em meados do século XVIII e que se mantém forte até hoje.
[[Imagem:Bolsa do Café 06.jpg|thumb|Visitantes no interior do edifício, com o chão ornamentado com a [[Estrela de David]]]]
Um dos principais pontos turísticos da cidade de [[Santos]], o Museu do Café foi criado em 1998 com o objetivo de preservar e divulgar a histórica relação entre o [[café]] e o país. Entre objetos e documentos que formam seu acervo é possível perceber como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão intimamente ligados.<ref name="Histórico/>


A estreita relação entre a cafeicultura e o desenvolvimento do Brasil está registrada na exposição de longa duração “A trajetória do café no Brasil”. Dividida em três módulos - O café e o trabalho, Café e novas rotas e Santos e o porto – a mostra permite ao visitante uma verdadeira viagem no tempo. O passeio pela história começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao país, passa pela profissionalização das plantações e da mão de obra, a chegada dos imigrantes japoneses e europeus para o trabalho nas lavouras e ajuda a contextualizar, por meio de painéis e maquetes, a riqueza e o progresso impulsionados pelo café, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo e o desenvolvimento do porto de Santos, por exemplo.
A estreita relação entre a cafeicultura e o desenvolvimento do Brasil está registrada na exposição de longa duração “A trajetória do café no Brasil”. Dividida em três módulos - O café e o trabalho, Café e novas rotas e Santos e o porto – a mostra permite ao visitante uma verdadeira viagem no tempo. O passeio pela história começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao país, passa pela profissionalização das plantações e da mão de obra, a chegada dos imigrantes japoneses e europeus para o trabalho nas lavouras e ajuda a contextualizar, por meio de painéis e maquetes, a riqueza e o progresso impulsionados pelo café, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo e o desenvolvimento do porto de Santos, por exemplo.<ref name="Histórico/>


O Museu do Café também realiza regularmente exposições temporárias que contemplam épocas e aspectos pontuais da história do café no Brasil.
O Museu do Café também realiza regularmente exposições temporárias que contemplam épocas e aspectos pontuais da história do café no Brasil. Em suas instalações, o Museu do Café ainda possui um Centro de Informação e Documentação – que conta em seu acervo com diversas publicações e documentos sobre o café e sua história e está aberto ao público para visitação gratuita – e o Centro de Preparação de Café, que disponibiliza cursos relacionados ao conhecimento e ao preparo da bebida.<ref name="Histórico/>


Mais do que o principal responsável pela preservação da história do café, o Museu do Café é também referência na comercialização do produto por meio de sua cafeteria. Inaugurada em 2000, a Cafeteria do Museu possui em seu cardápio diversas opções de bebidas que têm o café como principal ingrediente. Além disso conta com grande variedade de grãos, produzidos em diferentes regiões do Brasil, à disposição dos visitantes para apreciar na hora ou levar para casa. Atualmente a Cafeteria do Museu trabalha com os cafés Cerrado de Minas, Sul de Minas, Alta Mogiana, Chapadão do Ferro, Blend da Cafeteria, Orgânico, Vale da Grama, e Jacu Bird Coffee. Este último é o café mais caro e raro do Brasil, obtido com os grãos expelidos pelo pássaro Jacu, que se alimenta dos frutos do café.<ref name="Histórico/>
Em suas instalações, o Museu do Café ainda possui um Centro de Informação e Documentação – que conta em seu acervo com diversas publicações e documentos sobre o café e sua história e está aberto ao público para visitação gratuita – e o Centro de Preparação de Café, que disponibiliza cursos relacionados ao conhecimento e ao preparo da bebida.


== Ver também ==
Mais do que o principal responsável pela preservação da história do café, o Museu do Café é também referência na comercialização do produto por meio de sua cafeteria. Inaugurada em 2000, a Cafeteria do Museu possui em seu cardápio diversas opções de bebidas que têm o café como principal ingrediente. Além disso conta com grande variedade de grãos, produzidos em diferentes regiões do Brasil, à disposição dos visitantes para apreciar na hora ou levar para casa. Atualmente a Cafeteria do Museu trabalha com os cafés Cerrado de Minas, Sul de Minas, Alta Mogiana, Chapadão do Ferro, Blend da Cafeteria, Orgânico, Vale da Grama, e Jacu Bird Coffee. Este último é o café mais caro e raro do Brasil, obtido com os grãos expelidos pelo pássaro Jacu, que se alimenta dos frutos do café.
*[[República do café com leite]]


{{referências}}
O Museu do Café é uma instituição da Secretaria de Estado da Cultura e fica à rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado das 9h às 17h, e aos domingos entre 10h e 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 5. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado, das 8h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h.


== Ligações externas ==
{{commonscat|Bolsa do Café}}
{{commonscat|Bolsa do Café}}
*{{oficial|http://www.museudocafe.org.br/}}
*{{facebook|MuseudoCafe}}
*{{YouTube|museudocafe}}
*{{Twitter|museudocafe}}
*{{Flickr|museudocafe}}
*{{Instagram|museudocafe}}
*[https://www.tripadvisor.com.br/Attraction_Review-g303625-d2510934-Reviews-Coffee_Museum-Santos_State_of_Sao_Paulo.html Bolsa Oficial do Café] no [[TripAdvisor]]

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Revisão das 05h14min de 3 de fevereiro de 2016

Museu do Café (Palácio da Bolsa Oficial de Café)
Bolsa Oficial de Café
Tipo Museu histórico
Inauguração 1998 (25–26 anos)
Website Museu do Café
Geografia
País Brasil
Localidade Santos, São Paulo
 Brasil
Coordenadas 23° 55' 56" S 46° 19' 48" O

Bolsa de Café ou o Palácio da Bolsa Oficial do Café é um museu localizado na rua XV de Novembro, no centro histórico de do município de Santos, São Paulo, Brasil.

Primeiramente instalada em um salão alugado no centro de Santos, a Bolsa do Café transferiu-se em 1922 para o palácio construído especialmente para suas atividades, que funcionou até fins da década de 1970 quando foi abandonado.

Criada por decreto federal, ela iniciou suas atividades em 1917 em uma pequena repartição nas rua XV de Novembro com a rua do Comércio, no centro da cidade. O local contava com salas funcionais que pouco diferiam do ambiente interno de Comissárias ou Exportadoras da época.[1]

Com o aumento do volume das negociações, a construção de uma sede própria passou a assunto prioritário. E, de uma pequena repartição a um palácio, a história da nova sede da Bolsa Oficial de Café traduz arquitetonicamente a construção simbólica do espaço a ser ocupado pelo café no Brasil e no exterior. Após um restauro realizada em 1998, o palácio foi reinaugurado como o Museu do Café.

Arquitetura

O vitral "A visão de Anhanguera" no teto do grande salão da Bolsa do Café

A construção do Palácio, de estilo eclético é considerada a mais importante obra do período, tendo sido a primeira edificação do estilo a ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (IPHAN), em 2009. Com cúpulas de cobre, grandes esculturas, vitrais, mármores, o trabalho de artífices estrangeiros e obras de arte construíram o discurso que relacionava a elite cafeeira aos primeiros bandeirantes enquanto construtores pioneiros de uma nação capitaneada por São Paulo.[1]

Os painéis e o vitral de Benedito Calixto, na portentosa sala do pregão, tem importância fundamental na tradução visual deste discurso: no tríptico, o pintor imagina a cena de leitura do foral da Vila de Santos por Braz Cubas; nos painéis laterais, a representação da Vila de Santos em 1822 em comparação à cidade em 1922; e, finalmente, o vitral que cria – com bandeirantes, a agricultura, o porto, e o café – uma mitologia da nação.

Todo esse complexo e denso conjunto de informações, aliados a diversos símbolos maçons - como a estrela de seis pontas no chão do pregão, a organização do cadeiral e as colunas - passam uma clara mensagem da força da presença do café na riqueza do Brasil.

Museu do Café

Sala do Pregão. O último pregão aconteceu na década de 1950
Visitantes no interior do edifício, com o chão ornamentado com a Estrela de David

Um dos principais pontos turísticos da cidade de Santos, o Museu do Café foi criado em 1998 com o objetivo de preservar e divulgar a histórica relação entre o café e o país. Entre objetos e documentos que formam seu acervo é possível perceber como a evolução da cafeicultura e o desenvolvimento político, econômico e cultural do país estão intimamente ligados.[1]

A estreita relação entre a cafeicultura e o desenvolvimento do Brasil está registrada na exposição de longa duração “A trajetória do café no Brasil”. Dividida em três módulos - O café e o trabalho, Café e novas rotas e Santos e o porto – a mostra permite ao visitante uma verdadeira viagem no tempo. O passeio pela história começa com a chegada das primeiras mudas da planta ao país, passa pela profissionalização das plantações e da mão de obra, a chegada dos imigrantes japoneses e europeus para o trabalho nas lavouras e ajuda a contextualizar, por meio de painéis e maquetes, a riqueza e o progresso impulsionados pelo café, como a expansão da malha ferroviária no Estado de São Paulo e o desenvolvimento do porto de Santos, por exemplo.[1]

O Museu do Café também realiza regularmente exposições temporárias que contemplam épocas e aspectos pontuais da história do café no Brasil. Em suas instalações, o Museu do Café ainda possui um Centro de Informação e Documentação – que conta em seu acervo com diversas publicações e documentos sobre o café e sua história e está aberto ao público para visitação gratuita – e o Centro de Preparação de Café, que disponibiliza cursos relacionados ao conhecimento e ao preparo da bebida.[1]

Mais do que o principal responsável pela preservação da história do café, o Museu do Café é também referência na comercialização do produto por meio de sua cafeteria. Inaugurada em 2000, a Cafeteria do Museu possui em seu cardápio diversas opções de bebidas que têm o café como principal ingrediente. Além disso conta com grande variedade de grãos, produzidos em diferentes regiões do Brasil, à disposição dos visitantes para apreciar na hora ou levar para casa. Atualmente a Cafeteria do Museu trabalha com os cafés Cerrado de Minas, Sul de Minas, Alta Mogiana, Chapadão do Ferro, Blend da Cafeteria, Orgânico, Vale da Grama, e Jacu Bird Coffee. Este último é o café mais caro e raro do Brasil, obtido com os grãos expelidos pelo pássaro Jacu, que se alimenta dos frutos do café.[1]

Ver também

Referências

  1. a b c d e f Museu do Café (ed.). «Histórico». Consultado em 3 de fevereiro de 2016 

Ligações externas

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