Ilha da Jipoia: diferenças entre revisões

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A '''ilha da Jipoia'''{{nota de rodapé|Gramaticalmente, palavras de origem [[tupi]], [[africana]], [[árabe]] e exótica devem sempre se escrever com «j». Entretanto, em textos mais antigos pode-se ver o [[topônimo]] Jipoia ainda grafado com «g».<ref>{{citar web|URL=http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u377755.shtml|título=Aprenda a empregar corretamente as letras «g» e «j»|autor=Da redação|data=10 de março de 2008|publicado=Folha de S.Paulo|acessodata=19 de junho de 2013}}</ref> O acento agudo dos ditongos abertos das [[paroxítona]]s «oi», «ei», «eu» também caiu na última [[Acordo Ortográfico de 1990|Reforma da Língua Portuguesa]].}} é uma [[ilha]] [[brasil]]eira localizada na [[baía da Ilha Grande]], município de [[Angra dos Reis]], [[estado do Rio de Janeiro]]. Segunda maior dessa [[baía]] após a [[ilha Grande]], Jipoia apresenta superfície total de 6 km² e é coberta de exuberante vegetação. Seu relevo irregular, recortado de [[enseada]]s, sobe a 287 metros de altitude na parte mais elevada. Jipoia já apresenta sinais de urbanização e [[desmatamento]], principalmente na face voltada para o continente.<ref>{{citar livro|autor=Fábio Ávila|título=Turismo ecológico: Rio de Janeiro, Brasil|editora=Empresa das Artes|ano=2003|páginas=287|isbn= 8589138038}}</ref>
A '''ilha da Jipoia'''{{nota de rodapé|Gramaticalmente, palavras de origem [[tupi]], [[africana]], [[árabe]] e exótica devem sempre se escrever com «j». Entretanto, em textos mais antigos pode-se ver o [[topônimo]] Jipoia ainda grafado com «g».<ref>{{citar web|URL=http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u377755.shtml|título=Aprenda a empregar corretamente as letras «g» e «j»|autor=Da redação|data=10 de março de 2008|publicado=Folha de S.Paulo|acessodata=19 de junho de 2013}}</ref> O acento agudo dos ditongos abertos das [[paroxítona]]s «oi», «ei», «eu» também caiu na última [[Acordo Ortográfico de 1990|Reforma da Língua Portuguesa]].}} é uma [[ilha]] [[brasil]]eira localizada na [[baía da Ilha Grande]], município de [[Angra dos Reis]], [[estado do Rio de Janeiro]]. Segunda maior dessa [[baía]] após a [[ilha Grande]], Jipoia apresenta superfície total de 6 km² e é coberta de exuberante vegetação. Seu relevo irregular, recortado de [[enseada]]s, sobe a 287 metros de altitude na parte mais elevada. Jipoia já apresenta sinais de urbanização e [[desmatamento]], principalmente na face voltada para o continente.<ref>{{citar livro|autor=Fábio Ávila|título=Turismo ecológico: Rio de Janeiro, Brasil|editora=Empresa das Artes|ano=2003|páginas=287|isbn= 8589138038}}</ref>



Revisão das 17h49min de 2 de março de 2018

Ilha da Jipoia
23° 02′ 37″ S, 44° 21′ 21″ O
Geografia física
País  Brasil
Localização Rio de Janeiro
Arquipélago baía da Ilha Grande
Ponto culminante 287[1] m
Área 6,03[2][1]  km²
Praia das Flechas localizada na Ilha da Jipoia - Angra dos Reis - RJ - Brasil.
Ilha da Jipoia - Angra dos Reis - RJ - Brasil.

A ilha da Jipoia[nota 1] é uma ilha brasileira localizada na baía da Ilha Grande, município de Angra dos Reis, estado do Rio de Janeiro. Segunda maior dessa baía após a ilha Grande, Jipoia apresenta superfície total de 6 km² e é coberta de exuberante vegetação. Seu relevo irregular, recortado de enseadas, sobe a 287 metros de altitude na parte mais elevada. Jipoia já apresenta sinais de urbanização e desmatamento, principalmente na face voltada para o continente.[4]

Além de praias tanto tranquilas quanto revoltas, boas para as práticas de natação, mergulho ou surfe, na ilha pode-se também fazer passeios de barco, trilhas, mergulho, dentre várias outras atividades desportivas. Jipoia detém boa infraestrutura, que vai desde luxuosos hotéis até pousadas mais simples, além de restaurantes, bares e quiosques.

Etimologia

Alguns pesquisadores presumem que a denominação da ilha tenha se originado da palavra da língua tupi yï'mboya,[5] a qual se refere à Boa constrictor e outras espécies relacionadas de jiboias.[6] Acredita-se que tal referência surgiu em razão da forma da ilha, semelhante a uma cobra serpenteando a superfície do mar, ou, segundo a conta a tradição, pela presença de cobras diversas na própria ilha.[6]

História

Nos relatos do explorador inglês Anthony Knivet lê-se que, em 14 de outubro de 1597, ele partiu da cidade do Rio de Janeiro com seis canoas até Parati.[7] No caminho, após enfrentar uma grande tempestade, ter naufragado e aportado numa praia «por sorte», afirma ter esperado junto com seus companheiros de viagem dois dias para terem suas canoas reparadas. Partiram então rumo a uma ilha conhecida como Ippoa, onde encontraram dois ou três portugueses e obtiveram provisões para se restabelecer da longa viagem — sobretudo, batatas e bananas-da-terra.[7][nota 2]

Em 1930, o couraçado «Floriano», da Marinha Brasileira, encalhou na baía dos Calhaus mas foi resgatado posteriormente.[10] Até 1967 havia na praia do Vitorino uma fabrica de sardinhas, no mesmo lugar hoje em dia funciona um restaurante.

Características gerais

A ilha é ocupada principalmente por propriedades particulares e estabelecimentos turísticos, como pousadas e restaurantes.[1] Rodeada de enseadas, Jipoia contém várias praias em toda sua extensão, sendo Vitorino e Flechas as com melhores infraestruturas. A praia Vitorino é servida com cais para atracação de lanchas e saveiros, água transparente e com boa visibilidade, assim como boa estrutura para o atendimento ao turista, com duchas de água doce, toaletes, bar e restaurante especializado em frutos do mar e culinária japonesa. A praia das Flechas tem água cristalina e areia branca, com panorama para as ilhas Grande e Botinas. Essa praia apresenta trilhas que contornam toda a ilha. Ao todo, Jipoia conta com aproximadamente doze praias, próprias para mergulho, surfe ou pesca, entre as quais Peixoto, Calhau, Grande, Flecha, Vitorino, Fora, Jurubaíba e Piedade.

Coberta por exuberante floresta tropical, a ilha faz parte da APA Tamoios, que abrange todas as ilhas do município de Angra dos Reis.[1] A vegetação é classificada como «Floresta Sub-montana Densa», contudo, 80% da área é coberta por mata secundária, resultante de processos de regeneração natural ou reflorestamento.[1]

Notas

  1. Gramaticalmente, palavras de origem tupi, africana, árabe e exótica devem sempre se escrever com «j». Entretanto, em textos mais antigos pode-se ver o topônimo Jipoia ainda grafado com «g».[3] O acento agudo dos ditongos abertos das paroxítonas «oi», «ei», «eu» também caiu na última Reforma da Língua Portuguesa.
  2. Pelo relato e pela proximidade com Parati, muitos historiadores creem de fato se tratar da ilha da Jipoia.[8] Na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, volumes 302–303, a ilha é claramente denominada Ipoya.[9]

Referências

  1. a b c d e Babriela B.Bittencourt Silva (2011). «Comunidades de Anfíbios Anuros Insulares do Litoral Sudeste do Brasil» (PDF). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 
  2. Adm. do sítio web (2012). «Áreas do município de Angra dos Reis». Angra dos Reis.com. Consultado em 20 de setembro de 2015 
  3. Da redação (10 de março de 2008). «Aprenda a empregar corretamente as letras «g» e «j»». Folha de S.Paulo. Consultado em 19 de junho de 2013 
  4. Fábio Ávila (2003). Turismo ecológico: Rio de Janeiro, Brasil. [S.l.]: Empresa das Artes. 287 páginas. ISBN 8589138038 
  5. Editores do Aulete (2007). «Verbete jiboia». Dicionário Caldas Aulete. Consultado em 20 de setembro de 2015 
  6. a b Da redação (1990). Rio de Janeiro: cidade e estado: guía de turismo. [S.l.]: CBP Michelin. 311 páginas. ISBN 206706570X 
  7. a b The Admirable Adventures and Strange Fortunes of Master Anthony Knivet. [S.l.]: Vivien Kogut Lessa de Sá / Cambridge University Press. 2015. 268 páginas. ISBN 9781107463004 
  8. Confraria do IHGB (1878). Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, edição 41, parte 1. [S.l.: s.n.] 
  9. Confraria do IHGB (1975). Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, volumes 302–303. [S.l.]: Imprensa Nacional 
  10. Adm. da Marinha. Anais hidrográficos, Volumes 12-15. [S.l.]: Diretoria de Hidrografia e Navegação 

Ligações externas

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