Mikhail Bogdanovich Barclay de Tolly: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Barclay de Tolly (Dawe).jpg|miniatura|200px|Retrato de Barclay de Tolly na Galeria Militar do [[Palácio de Inverno]], por [[George Dawe]]]]
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[[Imagem:Barclay de Tolly (Dawe).jpg|miniatura|200px|Retrato de Barclay de Tolly na Galeria Militar do [[Palácio de Inverno]], por [[George Dawe]].]]
O [[Príncipe]] '''Mikhail Bogdanovich Barclay de Tolly''' ({{dni|lang=br|27|12|1761|si}} — {{morte|lang=br|26|5|1818}}) (em [[alfabeto cirílico]]: Михаи́л Богда́нович Баркла́й-де-То́лли) foi um [[marechal]] e Ministro de [[Guerra]] russo durante a [[Campanha da Rússia (1812)|Invasão Napoleônica à Rússia]], em 1812, e as subsequentes campanhas do exército russo na [[Europa]].
O [[Príncipe]] '''Mikhail Bogdanovich Barclay de Tolly''' ({{dni|lang=br|27|12|1761|si}} — {{morte|lang=br|26|5|1818}}) (em [[alfabeto cirílico]]: Михаи́л Богда́нович Баркла́й-де-То́лли) foi um [[marechal]] e Ministro de [[Guerra]] russo durante a [[Campanha da Rússia (1812)|Invasão Napoleônica à Rússia]], em 1812, e as subsequentes campanhas do exército russo na [[Europa]].

== Início de Carreira ==
Barclay de Tolly, o mais ilustre membro do [[Clã Barclay]], da [[Escócia]], nasceu em Pamūšis<ref>[http://www.old.mil.ru/articles/article9054.shtml Biografia no Website oficial do Ministério de Defesa Russo]</ref><ref>[http://www.panrs.lt/leidiniai/petras/2006/detolis.pdf Famoso Líder Russo é Lituano]</ref>, no [[Grão-Ducado da Lituânia]], então pertencente à [[República das Duas Nações]] (atualmente, distrito de [[Pakruojis]], na Lituânia), e cresceu na província báltica da Livônia, que em seguida pertenceu à Rússia Imperial e é, hoje, parte da [[Estônia]] e da [[Letônia]]. A data de nascimento mais consensual, 27 de dezembro de 1761, é na verdade o dia de seu batismo na igreja [[luteranismo|luterana]] da cidade de [[Žeimelis]].<ref>[http://www.liuteronai.lt/istorija_teologija/kalendoriai/lat_2000.htm A Igreja Evangélica Luterana da Lituânia]</ref> Embora falasse [[Alemanha|alemão]], Barclay de Tolly descendia de [[Escócia|escoceses]] que viviam na Livônia desde o [[século XVII]]. Seu avô fora prefeito de [[Riga]], seu pai pertencera à nobreza russa e Barclay entrou prematuramente no exército imperial russo.

Entre 1788 e 1789 Barclay lutou contra o [[Império Otomano]], ocasião em que se destacou entre os militares nas tomadas de [[Ochakov]] e [[Akkerman]]. Em 1790 lutou contra os [[Suécia|suecos]] e, quatro anos mais tarde, contra os [[Polônia|poloneses]]. Tornou-se coronel em 1798 e major-general em 1799.

Na guerra de 1806 contra [[Napoleão Bonaparte]], Barclay destacou-se na [[Batalha de Pultusk]], em dezembro de 1806, e foi ferido na [[Batalha de Eylau]], em 7 de fevereiro de 1807, ocasião em que foi promovido a [[tenente-general]].

Após um período de convalescença, Barclay retornou ao exército para comandar, em [[1808]], operações contra os suecos durante a [[Guerra Finlandesa]]. Em [[1809]], ganhou reputação entre os europeus por ter marchado rapidamente e de forma ousada sobre o [[Golfo de Bótnia]], que estava congelado. Isto permitiu a Barclay que surpreendesse seus inimigos e capturasse [[Umeå]].
<!--For this exploit, immortalized by the Russian poet [[Evgeny Baratynsky|Baratynsky]], he was made [[Full General]] and [[Governador-Geral da Finlândia]]. A year later, he became [[Ministro da guerra]], retaining the post until 1813.
-->
== Invasão napoleônica ==
Barclay de Tolly era o ministro do exército quando as forças napoleônicas invadiram a Rússia, dando inicio a campanha de 1812.

O alto comando russo adotou ao início da campanha a tática de recuar os exércitos sem dar combate ao inimigo, queimando tudo que lhe pudesse servir de abrigo ou alimento, repetindo a tática utilizada por [[Pedro I da Rússia|Pedro, O Grande]] contra os suecos na [[Grande Guerra do Norte]].

A estratégia adotada sofreu severas críticas por parte de diversos oficiais e membros da nobreza, sendo o General Príncipe [[Pyotr Bagration]] seu mais ferrenho opositor.

Pressionado por seus subordinados, Barclay de Tolly se engaja na defesa da cidade de Smolensky, porém não consegue manter a posição, optando pela retirada após o terceiro dia de combate.

Durante a retirada os russos destruíram depósitos de suprimentos e pontes, evitando a queda de preciosos recursos em mãos do exército invasor.

A derrota na Batalha de Smolensky gerou forte indignação dentre a população russa, que acusava Barclay de Tolly de agir com covardia e lhe lançava suspeitas por conta da sua origem estrangeira e de parte de sua oficialidade.

Tal situação levou o Czar [[Alexandre I da Rússia|Alexandre]] I a destituí-lo, nomeando ao Príncipe [[Aleksey Gorchakov]] para substituí-lo no ministério; enquanto o veterano Príncipe [[Mikhail Kutuzov]] retornava ao comando geral do exército.

Barclay de Tolly permaneceu ainda ligado ao alto comando, encarregado do 1º Exército, tomando parte na batalha seguinte em [[Batalha de Borodino|Borodino]] (7 de setembro de 1812), onde comandou com distinção o flanco direito. Após a batalha, esteve presente ao conselho na aldeia de Fili, onde defendeu a opção pela rendição de Moscou, obtendo a concordância de Kutuzov.

Logo após a evacuação de Moscou, licenciou-se do exército por motivo de saúde.

Após ocupar Moscou durante um mês e meio, [[Napoleão Bonaparte|Napoleão]] não teve outra alternativa senão ordenar a retirada dos franceses, pois apesar da vitória em campo, perdera na Batalha de Borodino uma significativa parte dos seus efetivos e estava sem provisões que lhe permitissem marchar contra S. Petersburgo ou mesmo manter a praça conquistada.

Durante a retirada, Kutuzov empregou táticas de guerrilha para fustigar constantemente os franceses, debilitando ainda mais o exército napoleônico, que já sofria as fadigas decorrentes da falta de víveres e da marcha acelerada sob as baixas temperaturas do outono russo.

A tática de “[[Terra queimada|terra arrasada]]” praticada por Barclay de Tolly e compartilhada por Kutuzov, revelou-se exitosa, levando as forças francesas ao completo colapso ao final da campanha.

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During Napoleon's Invasion of Russia in 1812 Barclay assumed the supreme command of the 1st Army of the West, the largest of the Russian armies facing Napoleon. He proposed the now famous [[scorched earth]] tactic of drawing the enemy deep into one's own territory and retreated to the village of [[Tsaryovo-Zaimishche]] entre [[Moscovo]] e [[Smolensk]].

Nevertheless, the Russians keenly opposed the appointment of a foreigner as commander-in-chief, while his rivals spread rumours of him being Napoleon's agent. After Barclay was forced by his subordinates and the tsar to engage Napoleon at [[Battle of Smolensk (1812)|Smolensk]] (17 - [[18 August]] [[1812]]) and suffered defeat, the great outcry caused him to resign his command and take a subordinate place under the veteran [[Mikhail Illarionovich Kutuzov|Kutuzov]].

Barclay commanded the right flank at the [[Batalha de Borodino]] ([[7 de setembro]] de [[1812]]) with great valor and presence of mind and during the celebrated council at [[Fili (Moscow)|Fili]] advised Kutuzov to surrender unfortified Moscow to the enemy. His illness made itself known at that time and he was forced to leave the army soon afterwards.

After Napoleon was driven from Russia, the eventual success of Barclay's tactics made him a romantic hero, misunderstood by his contemporaries and rejected by the court. His popularity soared, and his honor was restored by the tsar.
-->
== Campanhas no estrangeiro ==
Após a morte de Kutozov (abril de 1813), Barclay de Tolly foi reconduzido pelo Czar ao comando geral do exército do russo durante as campanhas da sexta coalizão (1812-1814), tomando parte nas batalhas de Bautzen e Kulm.

Após a decisiva vitória dos coligados na [[Batalha das Nações|Batalha de Leipzig]] (outubro de 1813), recebeu do Czar Alexandre I o título de Conde.

Durante a invasão à França, à frente da Guarda Imperial Russa, recebeu a capitulação de Paris em 30 de março de 1814, sendo promovido à Marechal de Campo, como recompensa por seus serviços.

Retornou à Rússia, passando ao comando do 1º Exército, estacionado em Varsóvia em julho de 1814.

Após o retorno de [[Napoleão I]] do exílio em Elba ([[Governo dos Cem Dias]]), Barclay de Tolly deslocou seu exército novamente para a fronteira do Reno.

Servindo novamente como comandante geral do exército russo em 1815, tomou parte na segunda invasão da França, fixando seu quartel-general em Châlons-sur-Marne, sendo agraciado com o título de príncipe, ao final da campanha.

Terminada a guerra, retirou-se da vida militar, devido à problemas de saúde, estabelecendo-se em suas propriedades em Jõgeveste (Estônia).

Faleceu em 26 de maio de 1818 em Cherniajovsk (Insterburg) na Prussia Oriental, quando encontrava-se em viagem para uma estação de águas em Karlovy Vary (Carlsbad) na Bohemia.

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Barclay was re-employed in the field and took part in the campaign in [[Alemanha]]. After Kutuzov's death, he once again became commander-in-chief of the Russian forces at the [[Battle of Bautzen]] ([[21 de maio]] de [[1813]]), and in this capacity serviu na [[Batalha de Dresden|Dresden]] (26 - [[27 de agosto]] [[1813]]), [[Batalha de Kulm|Kulm]] (29 - [[30 agosto]] de [[1813]]) e [[Batalha de Leipzig|Leipzig]] (16 - [[19 de outubro]] de [[1813]]). In the latter battle he commanded a central part of the Allied forces so effectively that the tsar bestowed upon him the title of [[count]].

Barclay took part in the invasion of [[França]] em [[1814]] and commanded the taking of [[Paris]], receiving the [[Baton (symbol)|baton]] of a [[Field Marshal]] in reward. In [[1815]] he again served as commander-in-chief of the Russian army which invaded France, and was created Prince at the close of the war.

Barclay de Tolly morreu em [[Insterburg]] na [[Prússia]] (hoje [[Rússia]]) em [[26 de maio]] de [[1818]] ({{calendário juliano|14 de maio|1818}}) on his way from his Estonian manor to Germany, where he wanted to renew his health. His remains were embalmed and put into the mausoleum built to a design by [[Apollon Shchedrin]] and [[Vasily Demut-Malinovsky]] in 1832 in Jõgeveste (in [[Helme (comuna)|Helme Vald]], [[Condado de Valga|Valgamaa]], [[Estónia]]).

A grand statue of him was erected in front of the [[Catedral Kazan]] in St Petersburg on behest of [[Imperador Nicolau I]]. There are also a modern statue in [[Riga]], a bust monument in [[Tartu]], and the so-called "Barclay's leaning house" in Tartu (which was actually acquired by his widow after his death).

After extinction of the Barclay de Tolly princely line with his son Magnus on [[29 de outubro]] de [[1871]] ({{calendário juliano|17 de outubro|1871}}), [[Alexandre II da Rússia|Alexandre II]] allowed his greatgrandson through female lineage, Alexander von Weymarn, to assume the title of Prince Barclay de Tolly-Weymarn on [[12 de junho]] de [[1872]] ({{calendário juliano|31 de maio|1872}}) [http://mdz1.bib-bvb.de/cocoon/baltlex/Blatt_bsb00000345,00442.html?prozent=]
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Ficheiro:Monument to Barclay de Tolly in SPB.jpg|Estátua de Barclay de Tolly em frente à [[Catedral de Kazan]], em [[São Petersburgo]]
Ficheiro:Barclay de Tolly Borodino.jpg|Busto de Barclay de Tolly perto do [[Museu militar de Borodino]]
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Revisão das 19h29min de 29 de março de 2018

Retrato de Barclay de Tolly na Galeria Militar do Palácio de Inverno, por George Dawe

O Príncipe Mikhail Bogdanovich Barclay de Tolly (27 de dezembro de 176126 de maio de 1818) (em alfabeto cirílico: Михаи́л Богда́нович Баркла́й-де-То́лли) foi um marechal e Ministro de Guerra russo durante a Invasão Napoleônica à Rússia, em 1812, e as subsequentes campanhas do exército russo na Europa.

Precedido por
Aleksey Arakcheyev
Ministro das Forças por Terra
18101812
Sucedido por
Aleksey Gorchakov
Precedido por
Georg Magnus Sprengtporten
Governador do Grão-Ducado da Finlândia
18091810
Sucedido por
Fabian Steinheil

Referências

Leitura Adicional

  • Helme, Rein (2006). Kindralfeldmarssal Barclay de Tolly. Tallinn: Eesti Entsüklopeediakirjastus. ISBN 9985-70-202-6 
  • Josselson, Michael; Josselson, Diana (1980). The Commander: A Life of Barclay de Tolly. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-215854-6