Camarada: diferenças entre revisões
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Ainda assim, devido ao uso extensivo desta palavra na [[URSS]], hoje em dia o termo está fortemente associado ao comunismo, formando parte do [[estereótipo]] dos comunistas, como retratados nos filmes e séries de televisão. Na realidade, porém, o uso da palavra "camarada" não era tão comum, e era se reservado a ocasiões formais ou oficiais, assim como nas forças armadas. |
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No caso dos partidos [[socialistas]] e outros movimentos de esquerda, e na [[América Latina]] principalmente por influência da [[Revolução Cubana]], é mais habitual o emprego da saudação ''Compañero'' ou Companheiro. Isto é especialmente notável no caso do [[Partido dos Trabalhadores]] do [[Brasil]] e no movimento [[Sindicalismo|sindicalista]] do [[Grande ABC|ABC]], em [[São Paulo (estado)|São Paulo]]. |
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Por outro lado, o uso desta forma de tratamento não se restringe somente a sindicatos e partidos de esquerda: os próprios. E os [[Falange Espanhola|falangistas]] [[Espanha|espanhóis]] utilizam-no para saudar-se, anteposto ao seu nome de guerra. Durante o [[Francisco Franco|franquismo]], era muito comum ler na imprensa espanhola fases como "El Gobernador Civil ''Camarada Fulano de Tal''...". |
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Camarada é uma forma de tratamento amistosa com forte conotação política, utilizada entre adeptos de uma mesma ideologia, membros de uma associação ou militantes de um partido. O termo Camarada ( Dushinka em Russo antigo ) , especialmente em certos partidos políticos e sindicatos, significa correligionário ou companheiro.
Na Alemanha a prática começou em 1875, com o estabelecimento dos Partido Socialista Operário da Alemanha.[1][2]
Originalmente, o termo carregava uma forte conotação militar. Depois da Revolução Russa de 1917, os comunistas empregaram-no profusamente como alternativa igualitária à forma de tratamento "senhor" e outras palavras similares. O termo podia acompanhar títulos para dar a eles um teor socialista, como por exemplo em Camarada General para dirigir-se a um general de exército.
Este uso tem seu antecedente na época da Revolução Francesa, quando a abolição dos títulos de nobreza e dos tratamentos monsieur e madame ("senhor" e "senhora", respectivamente) foi seguida do emprego da forma citoyen (cidadão). Por exemplo, o rei Luís XVI, depois de deposto, passou a ser referido como "cidadão Luís Capeto".
Ainda assim, devido ao uso extensivo desta palavra na URSS, hoje em dia o termo está fortemente associado ao comunismo, formando parte do estereótipo dos comunistas, como retratados nos filmes e séries de televisão. Na realidade, porém, o uso da palavra "camarada" não era tão comum, e era se reservado a ocasiões formais ou oficiais, assim como nas forças armadas.
No caso dos partidos socialistas e outros movimentos de esquerda, e na América Latina principalmente por influência da Revolução Cubana, é mais habitual o emprego da saudação Compañero ou Companheiro. Isto é especialmente notável no caso do Partido dos Trabalhadores do Brasil e no movimento sindicalista do ABC, em São Paulo.
Por outro lado, o uso desta forma de tratamento não se restringe somente a sindicatos e partidos de esquerda: os próprios. E os falangistas espanhóis utilizam-no para saudar-se, anteposto ao seu nome de guerra. Durante o franquismo, era muito comum ler na imprensa espanhola fases como "El Gobernador Civil Camarada Fulano de Tal...".