Chet Baker: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Biografia: correções gramaticais
Linha 47: Linha 47:


==Morte==
==Morte==
Chet Baker morreu aos 58 anos, em Amsterdã, de forma trágica e misteriosa: na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do Hotel Prins Hendrik. Até hoje, há controvérsias sobre as circunstâncias de sua morte — [[acidente]] ou [[suicídio]]. Sua hospedagem foi no quarto 210.<ref>[http://janelaoucorredor.com.br/2014/03/21/o-hotel-onde-se-hospedou-chet-baker-em-amsterda/ quarto 210]</ref> Foi sepultado no ''Inglewood Park Cemetery'', em [[Los Angeles]].
Chet Baker morreu aos 58 anos, em portugal, de forma trágica e misteriosa: na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do Hotel Prins Hendrik. Até hoje, há controvérsias sobre as circunstâncias de sua morte — [[acidente]] ou [[suicídio]]. Sua hospedagem foi no quarto 210.<ref>[http://janelaoucorredor.com.br/2014/03/21/o-hotel-onde-se-hospedou-chet-baker-em-amsterda/ quarto 210]</ref> Foi sepultado no ''Inglewood Park Cemetery'', em Lisboa


== Discografia ==
== Discografia ==

Revisão das 15h00min de 30 de abril de 2019

Chet Baker

Monumento a Chet Baker em Amesterdão.
Informação geral
Nome completo Chesney Henry Baker Jr.
Nascimento 23 de dezembro de 1929
Origem Yale, Oklahoma
País  Estados Unidos
Gênero(s) West Coast jazz
Instrumento(s) Trompete, vocais, percussão, piano
Período em atividade 1949–1988
Outras ocupações Trompetista, cantor
Afiliação(ões) Gerry Mulligan
Art Pepper

Chesney Henry "Chet" Baker, Jr. (Yale, Oklahoma, 23 de dezembro de 1929Amsterdão 13 de maio de 1988) foi um trompetista e cantor de jazz norte-americano.

Biografia

Criado até os dez anos numa quinta em Oklahoma, partiu para Los Angeles no final dos anos 1930, quando começou a estudar teoria musical. Chet Baker sempre foi influenciado pelo seu pai, guitarrista, de quem herdou a paixão pela música e de quem recebeu, aos 10 anos de idade, um trombone. Amante do Jazz, não tardou em conquistar o sucesso, sendo apontado como um dos melhores trompetistas do género logo com o seu primeiro album.

Chet Baker, em 1983.

Ainda bem jovem, passou a integrar grupos de renome da música americana da época. Os seus primeiros trabalhos foram com a Vido Musso's Band e com Stan Getz, porém, Chet só conheceu o sucesso depois do convite de Charlie Parker (Bird), em 1951, para uma série de apresentações na Costa Oeste dos Estados Unidos. Em 1952 entrou para a banda de Gerry Mulligan, alcançando grande notoriedade com a primeira versão de My Funny Valentine. Entretanto, devido aos problemas de Gerry com as drogas, o quarteto acabou por ter uma vida curta, sustentando-se por menos de um ano. Mas o talento de Chet logo o transformaria num ídolo, por toda a América e pela Europa.

Especialistas dividem a vasta obra do músico em duas etapas: a fase cool, do início da sua carreira, mais ligada ao virtuosismo jazzístico, e a outra, a partir de 1957, quando a sensibilidade na interpretação se torna ainda mais evidente.

Avesso às partituras, Chet não deixou, entretanto, de integrar as big bands americanas. Era dotado de uma extrema criatividade, inaugurando um modo de cantar no qual a voz era quase sussurrada. Possivelmente, exerceu grande influência em alguns dos grandes nomes da bossa nova, como João Gilberto e Carlos Lyra, embora alguns, como o contrabaixista Sizão Machado, acreditem que a bossa nova é que teria influenciado os músicos americanos — e não o contrário. [carece de fontes?]

Para tocar as músicas, Chet apenas pedia o tom. Económico nas notas (ao contrário de outros trompetistas, como Dizzy Gillespie, que preferiam o virtuosismo), improvisava com sentimento. Certo dia, deram-lhe o tom errado de uma música de propósito, e mesmo assim Chet Baker conseguiu encontrar um caminho harmónico.[carece de fontes?] Valorizava as frases melódicas com notas longas e encorpadas, o que acabou valendo-lhe o rótulo de cool.

No começo dos anos 1960, Chet realizou diversas experiências com o flugelhorn, instrumento de timbre macio e aveludado.

Contudo, o seu glorioso trajeto na música não lhe rendeu uma vida segura, afastada de problemas; por causa do seu envolvimento com drogas, especialmente com a heroína (durante as suas crises de abstinência, que eram monitoradas por médicos, usava metadona). Chet foi preso muitas vezes, e diz-se que chegou a ser espancado por não ter pago uma dívida contraída com a compra de drogas. Este episódio teria-lhe valido a perda de vários dentes.

Para alguns especialistas, as falhas na sua arcada dentária teriam contribuído para prejudicar a sua performance. Contudo, para outros, contraditoriamente, tal facto teria obrigado o músico a enveredar pelas nuances do instrumento, alcançando, deste modo, sonoridades ímpares e inconfundíveis.

Em maio de 1983, durante uma das suas inúmeras viagens à Holanda, produziu gravações com o pianista Michael Graillier e com o baixista italiano Ricardo Del Fra, parceiro do baterista brasileiro Afonso Vieira.

Em 1985, Chet Baker esteve no Brasil para duas apresentações na primeira edição do Free Jazz Festival. A banda era formada pelo pianista brasileiro Rique Pantoja (com quem Chet já havia gravado um disco no início dos anos 1980Chet Baker & The Boto Brasilian Quartet), pelo baixista Sizão Machado, pelo baterista americano Bob Wyatt e pelo flautista Nicola Stilo. A primeira apresentação, no Hotel Nacional, na cidade do Rio de Janeiro, foi considerada magnífica por muitos e decepcionante por alguns, mas a apresentação em São Paulo, igualmente tida por alguns como um sucesso e por outros como decepcionante, quase entra para a história do Jazz pela porta dos fundos: depois do espectáculo, já no seu quarto, no Maksoud Plaza, Chet surripiou a maleta do médico que o acompanhava e tomou doses cavalares das drogas que lhe estavam a ser administradas para controlar as crises de abstinência. Chet teve uma overdose e quase morreu.

Naquele mesmo ano, em Roma, o trompetista iniciou, com Rique Pantoja, as gravações de Rique Pantoja & Chet Baker (WEA, Musiquim), que terminariam em São Paulo, no ano de 1987. O LP foi um sucesso de crítica.

Morte

Chet Baker morreu aos 58 anos, em portugal, de forma trágica e misteriosa: na madrugada de 13 de maio de 1988, ao cair da janela do Hotel Prins Hendrik. Até hoje, há controvérsias sobre as circunstâncias de sua morte — acidente ou suicídio. Sua hospedagem foi no quarto 210.[1] Foi sepultado no Inglewood Park Cemetery, em Lisboa

Discografia

  • 1953 Haig '53: the other pianoless quartet
  • 1953 L.A get together
  • 1953 Chet Baker & strings [bonus tracks]
  • 1953 Chet Baker sings
  • 1953 Compositions and arrangements by Jack Montrose
  • 1953 Grey December
  • 1953 Quartet live, vol. 1: This time the dream's on me
  • 1953 Witch doctor
  • 1954 Chet Baker big band
  • 1954 Chet Baker sextet
  • 1954 Jazz at Ann Arbor
  • 1954 My funny Valentine
  • 1954 Quartet live, vol. 2: Out of nowhere
  • 1954 Quartet live, vol. 3: My old flame
  • 1954 The trumpet artistry of Chet Baker
  • 1955 Chet Baker sings and plays with Bud Shank, Russ Freeman & strings
  • 1955 In Europe,1955
  • 1956 At the Forum Theater
  • 1956 Chet Baker & Crew
  • 1956 Chet Baker cools out
  • 1956 Chet Baker in Europe
  • 1956 Chet Baker sings
  • 1956 Live in Europe1956
  • 1956 Playboys
  • 1956 Quartet: Russ Freeman/Chet Baker
  • 1956 The James Dean story
  • 1957 Embraceable you
  • 1957 Pretty/groovy
  • 1958 Chet The lyrical trumpet of Chet Baker
  • 1958 Chet Baker in New York
  • 1958 Chet Baker introduces Johnny Pace
  • 1958 Chet Baker meets Stan Getz
  • 1958 Chet Baker sings it could happen to you
  • 1958 Theme music from « The James Dean story »
  • 1959 Chet
  • 1959 Chet Baker in Milan
  • 1959 Chet Baker plays
  • 1959 Chet Baker plays the best of Lerner and Loewe
  • 1959 Chet Baker with fifty Italian strings
  • 1961 Picture of heath
  • 1962 Chet is back!
  • 1962 Somewhere over the rainbow
  • 1964 The most important jazz álbum of1964/65
  • 1964 Brussels1964
  • 1964 Chet Baker sings and plays
  • 1964 Stella by starlight
  • 1965 Baby breeze
  • 1965 Baker's holiday: plays & sings Billie Holiday
  • 1965 Boppin' with the Chet Baker quintet
  • 1965 Comin' on with the Chet Baker quintet
  • 1965 Cool burnin' with the Chet Baker quintet
  • 1965 Groovin' with the Chet Baker quintet
  • 1965 Smokin'
  • 1966 A taste of tequila
  • 1966 Hats off!!!
  • 1966 Into my life
  • 1966 Live at Pueblo, Colorado1966
  • 1966 Quietly, there
  • 1966 Brazil Brazil Brazil (com Bud Shank)
  • 1967 Polka dots and moonbeams
  • 1969 Albert's house
  • 1970 Blood, Chet & tears
  • 1974 She was too good to me
  • 1977 Once upon a summertime
  • 1977 The best thing for you
  • 1977 The incredible Chet Baker plays and sings
  • 1978 At le Dreher
  • 1978 Broken wing
  • 1978 Live at Nick's
  • 1978 Live in Chateauvallon,1978
  • 1978 Sings, plays: Live at the Keystone Korner
  • 1978 Two a day
  • 1979 79
  • 1979 Ballads for two
  • 1979 Chet Baker with Wolfgang Lackerschmid
  • 1979 Day break
  • 1979 Live in Montmartre, vol. 2
  • 1979 No problem
  • 1979 Someday my prince will come
  • 1979 The touch of your lips
  • 1979 This is always
  • 1979 Together
  • 1979 With special guests featuring Coryell, Williams & Williams
  • 1980 Burnin' at Backstreet
  • 1980 Chet Baker and the Boto Brasilian Quartet
  • 1980 Just friends
  • 1980 Live at the Subway, Vol. 1
  • 1980 Live at the Subway, Vol. 2
  • 1980 Night bird
  • 1981 Live at Fat Tuesday's
  • 1981 Live at the Paris Festival
  • 1981 Live in Paris
  • 1982 In concert
  • 1982 Out of nowhere
  • 1982 Peace
  • 1982 Studio Trieste
  • 1983 At Capolinea
  • 1983 Club 21 Paris, Vol. 1
  • 1983 Live at New Morning
  • 1983 Live in Sweden with Åke Johansson trio
  • 1983 Mister B
  • 1983 Mr. B
  • 1983 September song
  • 1983 Star eyes
  • 1983 The improviser
  • 1984 Blues for a reason
  • 1984 Line for Lyons
  • 1985 Candy
  • 1985 Chet Baker in Bologna
  • 1985 Chet's choice
  • 1985 Diane: Chet Baker and Paul Bley
  • 1985 Hazy hugs
  • 1985 Live from the moonlight
  • 1985 Misty
  • 1985 My foolish heart
  • 1985 Sings again
  • 1985 Strollin'
  • 1985 Symphonically
  • 1985 There'll never be another you
  • 1985 Time after time
  • 1985 Tune up
  • 1986 As Time Goes By
  • 1986 As time goes by [love songs]
  • 1986 Chet Baker featuring Van Morrison live at Ronnie Scott's
  • 1986 Live at Ronnie Scott's
  • 1986 When sunny gets blue
  • 1987 A night at the Shalimar
  • 1987 Chet Baker in Tokyo
  • 1987 Chet Baker sings and plays from the film « Let's get lost »
  • 1987 Four: live in Tokyo, vol. 2
  • 1987 Memories: Chet Baker in Tokyo
  • 1987 Welcome back
  • 1988 Blåmann! Blåmann!
  • 1988 Chet On Poetry
  • 1988 Farewell
  • 1988 In memory of
  • 1988 Little girl blue
  • 1988 My favourite songs, vol. 2: Straight from the heart
  • 1988 My favourite songs, vols. 1-2: The last great concert
  • 1988 Oh you crazy moon
  • 1988 Straight from the heart
  • 1988 The heart of the ballad
  • 1989 The best of Chet Baker sings
  • 1997 Jazz Profile: Baker, Chet

Referências

Ligações externas