Raymond Dart: diferenças entre revisões
Linha 1: | Linha 1: | ||
⚫ | |||
{{sem-fontes|data=abril de 2010}} |
|||
|nome = Raymond Arthur Dart |
|||
⚫ | |||
|imagem = Smithsonian Institution Archives - SIA-SIA2008-0845.jpg |
|||
⚫ | '''Raymond Dart''' ([[Toowong]], {{dni|4|2|1893|si}} — [[Joanesburgo]], {{morte|22|11|1988}}) foi |
||
|imagem_tamanho = 250px |
|||
|nascimento_data = {{dni|4|2|1893|si}} |
|||
|nascimento_local= [[Toowong]], [[Austrália]] |
|||
|morte_data = {{morte|22|11|1988}} |
|||
|morte_local = [[Joanesburgo]], [[África do Sul]] |
|||
|nacionalidade = [[Austrália]] |
|||
|ocupação = |
|||
* [[Antropologia física|Antropólogo físico]] |
|||
* [[Paleontologia|Paleontólogo]] |
|||
}} |
|||
⚫ | '''Raymond Arthur Dart''' ([[Toowong]], {{dni|4|2|1893|si}} — [[Joanesburgo]], {{morte|22|11|1988}}), conhecido só como '''Raymond Dart''', foi o [[Antropologia física|Antropólogo físico]] e [[Paleontologia|Paleontólogo]] [[Australianos|australiano]] que descreveu em 1924 uma nova [[espécie]] de [[hominídeo]], o ''[[Australopithecus africanus]]'', a partir dum [[crânio]] [[fóssil]] de [[Taungue]] na [[Bechuanalândia]] (atual [[Botsuana]]). Estudou na [[Universidade de Queenslândia]] e na [[Universidade de Sydney]]. De 1923 a 1958, lecionou como professor na faculdade de medicina da [[Universidade de Witwatersrand]] de Joanesburgo, onde foi criado em sua honra o Instituto para o Estudo da Humanidade na África.{{sfn|Editores|1998}} |
||
Sua descoberta foi feita enquanto trabalhava com seus alunos no [[calcário]] de Taungue. Ofereceu uma recompensa aos estudantes que fizessem as descobertas mais interessantes e um deles o trouxe um molde endocraniano, que a princípio parecia ser um crânio de um primata. Após 73 dias de escavações, achou seu afamado, que pertencia a um infante que possuía três anos de idade quando morreu. O ''Australopitecus africanus'', aventou, usava ferramentas de ossos longos de [[gazela]]s, [[antílope]]s e [[javali]]s, pois havia tais ossos junto ao crânio. Tal teoria, no entanto, ainda permanece inconclusiva, já que podia ser apenas resto de alimentos. A criança de Taungue tinha o cérebro do tamanho dum macaco, mas suas características dentárias e posturais são próximas aos dos humanos. Seja como for, sua descoberta foi vista com desconfiança por vários estudiosos, inclusive os mentores de Dart, [[Grafton Elliot Smith]] e [[Arthur Keith]].{{sfn|Duhn|2004}} |
|||
== Biografia == |
|||
Nascido em [[Toowong]], [[Brisbane]], na Austrália, estudou nas universidades de [[Universidade da Queensland| Queensland]], [[Universidade de Sydney| Sydney]] e no [[University College]] de [[Londres]]. Em [[1922]] Dart foi nomeado chefe do novo departamento de anatomia da [[Universidade de Witwatersrand]] em [[Johannesburg]], na [[África do Sul]]. |
|||
{{referências|col=2}} |
|||
Em 1924 um aluno trouxe-lhe o crânio fossilizado de um babuíno descoberto numa pedreira perto da Universidade, em Taung. Isto despertou o interesse de Dart que solicitou que novas descobertas similares lhe fossem trazidas. A primeira a chegar foi o rosto e um maxilar de um crânio fossilizado cravado na rocha. Inicialmente pensou que os ossos pertencessem a um símio mas depois concluiu que os dentes e o maxilar pareciam humanos. Dart demorou 73 dias a remover os ossos incrustados na rocha. Um exame mais minucioso levou-o a concluir que se tratava de um jovem. Dart atribuiu ao fóssil o nome ''Australopithecus africanus'', que significa "macaco do Sul da África" e alcunhou-o de "Rapaz de Taung". |
|||
⚫ | |||
Embora o crânio tivesse o tamanho do de um macaco, Dart estava convencido, pela forma como este assentava sobre a coluna vertebral, que a criatura deveria ter caminhado sobre duas pernas, sendo assim um hominídeo. Portanto, Dart considerou o ''Australopithecus africanus'' uma espécie nova e, possivelmente o "elo perdido" da [[evolução]] entre os [[símio]]s e os seres [[humano]]s, devido ao pequeno volume do seu crânio, mas com uma [[dentição]] relativamente próxima dos humanos e por ter provavelmente uma postura vertical. |
|||
{{InícioRef|2}} |
|||
Esta revelação foi muito criticada pelos cientistas da época, entre os quais Sir [[Arthur Keith]], que postulava que o “crânio Infantil de Taung” não passava do crânio de um pequeno [[gorila]]. Como o crânio era realmente dum jovem, havia espaço para várias interpretações e, mais importante, nessa altura não se acreditava que o "berço da humanidade" pudesse estar em África. |
|||
* {{Citar web|sobrenome=Duhn|nome=Chrissy|título=Raymond Dart (1893 - 1988)|publicado=Universidade Estadual do Minesota|ano=2004|ref=harv|url= https://web.archive.org/web/20041205233042/http://www.mnsu.edu/emuseum/information/biography/abcde/dart_raymond.html}} |
|||
As descobertas de [[Robert Broom]] em [[Swartkrans]], na [[década de 1930]] corroboraram a conclusão de Dart, mas algumas das suas ideias continuam a ser contestadas, nomeadamente a de que os ossos de gazela encontrados junto com o crânio podiam ser instrumentos daquela espécie. |
|||
* {{Citar web|sobrenome=Editores|url=https://www.britannica.com/biography/Raymond-A-Dart|título=Raymond A. Dart|publicado= Britânica Online|ref=harv}} |
|||
Raymond Dart continuou como director da Escola de Anatomia da Universide de Witwatersrand, até [[1958]] e, em [[1959]] escreveu a suas memórias, a que chamou “Aventuras com o Elo Perdido”. O Instituto para o Estudo do Homem em África foi fundado em Witwatersrand para homenageá-lo. |
|||
{{-fim}} |
|||
==Ligações externas== |
|||
* [https://web.archive.org/web/20041205233042/http://www.mnsu.edu/emuseum/information/biography/abcde/dart_raymond.html Minnesota State Univ. - Biography of Raymond Dart] |
|||
* [http://www.talkorigins.org/faqs/homs/rdart.html Raymond Dart] |
|||
⚫ | |||
* Dart R. A. (1925): ''Australopithecus africanus'': the man-ape of South Africa |
|||
* [http://www.nature.com/nature/fow/pdf/115195.pdf). Nature, 115:195-9 Comunicação original do “crânio Infantil de Taung“ na Nature (formato PDF)] |
|||
* Dart, Raymond e Dennis Craig (1959): ''Adventures with the Missing Link.'' Harper & Brothers, New York. |
|||
* Fagan, Brian. ''The Passion of Raymond Dart.'' Archaeology v. 42 (May-June 1989): p. 18. |
|||
{{Controle de autoridade}} |
{{Controle de autoridade}} |
Revisão das 01h54min de 26 de fevereiro de 2020
Raymond Arthur Dart | |
---|---|
Nascimento | 4 de fevereiro de 1893 Toowong, Austrália |
Morte | 22 de novembro de 1988 Joanesburgo, África do Sul |
Nacionalidade | Austrália |
Ocupação |
Raymond Arthur Dart (Toowong, 4 de fevereiro de 1893 — Joanesburgo, 22 de novembro de 1988), conhecido só como Raymond Dart, foi o Antropólogo físico e Paleontólogo australiano que descreveu em 1924 uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus africanus, a partir dum crânio fóssil de Taungue na Bechuanalândia (atual Botsuana). Estudou na Universidade de Queenslândia e na Universidade de Sydney. De 1923 a 1958, lecionou como professor na faculdade de medicina da Universidade de Witwatersrand de Joanesburgo, onde foi criado em sua honra o Instituto para o Estudo da Humanidade na África.[1]
Sua descoberta foi feita enquanto trabalhava com seus alunos no calcário de Taungue. Ofereceu uma recompensa aos estudantes que fizessem as descobertas mais interessantes e um deles o trouxe um molde endocraniano, que a princípio parecia ser um crânio de um primata. Após 73 dias de escavações, achou seu afamado, que pertencia a um infante que possuía três anos de idade quando morreu. O Australopitecus africanus, aventou, usava ferramentas de ossos longos de gazelas, antílopes e javalis, pois havia tais ossos junto ao crânio. Tal teoria, no entanto, ainda permanece inconclusiva, já que podia ser apenas resto de alimentos. A criança de Taungue tinha o cérebro do tamanho dum macaco, mas suas características dentárias e posturais são próximas aos dos humanos. Seja como for, sua descoberta foi vista com desconfiança por vários estudiosos, inclusive os mentores de Dart, Grafton Elliot Smith e Arthur Keith.[2]
Referências
Bibliografia
- Duhn, Chrissy (2004). «Raymond Dart (1893 - 1988)». Universidade Estadual do Minesota
- Editores. «Raymond A. Dart». Britânica Online