Arquivo de computador: diferenças entre revisões
Linha 1: | Linha 1: | ||
[[Imagem:PunchCardDecks.agr.jpg|direira|thumb|Um arquivo de [[cartão perfurado]].]] |
[[Imagem:PunchCardDecks.agr.jpg|direira|thumb|Um arquivo de [[cartão perfurado]].]] |
||
[[Imagem:BRL61-IBM 305 RAMAC.jpeg|direita|thumb|Os [[Acionador de disco|arquivos do disco]] duplo de um sistema [[IBM 305]].]] |
[[Imagem:BRL61-IBM 305 RAMAC.jpeg|direita|thumb|Os [[Acionador de disco|arquivos do disco]] duplo de um sistema [[IBM 305]].]] |
||
Um {{PBPE|arquivo|ficheiro |
Um {{PBPE|arquivo de computador|ficheiro de computador}} é um recurso para armazenamento de informação, que está disponível a um [[programa de computador]] e é normalmente baseado em algum tipo de [[Memória (informática)|armazenamento]] durável. Um arquivo é durável no sentido que permanece disponível aos programas para utilização após o programa em execução ter sido finalizado. Arquivos de computador podem ser considerados como o equivalente moderno dos [[documentos]] em papel que tradicionalmente são armazenados em [[arquivo]]s de escritórios e bibliotecas, sendo esta a origem do termo. |
||
As unidades de armazenamento, por exemplo os discos rígidos, possuem detalhes complexos de implementação, o arquivo esconde estes detalhes para que o usuário possa manipular de maneira mais simples as informações. Um arquivo pode ser considerado como um [[objeto]], possuindo um nome que o identifica, atributos e valores.<ref>{{harvnb|Ferraz|2003|pp=4}}</ref> |
As unidades de armazenamento, por exemplo os discos rígidos, possuem detalhes complexos de implementação, o arquivo esconde estes detalhes para que o usuário possa manipular de maneira mais simples as informações. Um arquivo pode ser considerado como um [[objeto]], possuindo um nome que o identifica, atributos e valores.<ref>{{harvnb|Ferraz|2003|pp=4}}</ref> |
Revisão das 05h03min de 26 de março de 2022
Um arquivo de computador (português brasileiro) ou ficheiro de computador (português europeu) é um recurso para armazenamento de informação, que está disponível a um programa de computador e é normalmente baseado em algum tipo de armazenamento durável. Um arquivo é durável no sentido que permanece disponível aos programas para utilização após o programa em execução ter sido finalizado. Arquivos de computador podem ser considerados como o equivalente moderno dos documentos em papel que tradicionalmente são armazenados em arquivos de escritórios e bibliotecas, sendo esta a origem do termo.
As unidades de armazenamento, por exemplo os discos rígidos, possuem detalhes complexos de implementação, o arquivo esconde estes detalhes para que o usuário possa manipular de maneira mais simples as informações. Um arquivo pode ser considerado como um objeto, possuindo um nome que o identifica, atributos e valores.[1]
Os arquivos podem conter dados estruturados ou não. Os arquivos não estruturados possuem uma sequência de bytes, já os estruturados podem vir organizados em registros ou em árvore (estrutura de dados).[2] A implementação do sistema de arquivos, incluindo o formato de arquivo, é de responsabilidade do sistema operacional, ou seja, cada arquivo depende da decisão do projetista do sistema operacional.
Alguns sistemas operacionais como o UNIX não ligam para extensão do arquivo ou sua estrutura interna[3], simplesmente tratando cada arquivo como uma sequência de bytes não estruturados, deixando a responsabilidade de interpretar seu significado ao programa que o abriu.
Etimologia
[Esta secção é uma tradução do artigo em inglês, que dá a origem do termo "file". A origem do termo em inglês não é a origem do termo em português. Por exemplo, o anúncio da RCA na revista Popular Science não mencionava o termo "arquivo", mas sim o termo "file", pelo que esse anúncio não pode ser usado como origem do uso do termo "arquivo", que é apenas uma tradução.]
A palavra "arquivo" foi usada publicamente no contexto de armazenamento de computador desde fevereiro de 1950. Em um anúncio da RCA (Radio Corporation of America) na revista Popular Science[4] descrevendo um novo canal de vácuo de "memória" que ela tinha desenvolvido, a RCA afirmou:
- "...os resultados de inúmeros cálculos pode ser armazenados "em arquivo" e extraídos novamente. Esse "arquivo" agora existe em um tubo de "memória" desenvolvido nos laboratórios da RCA. Eletronicamente ele mantém figuras alimentadas em máquinas de calcular, guarda-as em armazenamento enquanto memoriza novas - acelera soluções inteligentes através de labirintos de matemática."
Em 1952, "arquivo" foi usado em referência a informações armazenadas em cartões perfurados.[5]
Nas primeiras utilizações, as pessoas consideravam o hardware subjacente (em vez do conteúdo) como o arquivo. Por exemplo, as unidades de disco IBM 350 eram chamados de "arquivos do disco".[6]
Sistemas como o Compatible Time-Sharing System introduziram o conceito de um sistema de arquivos, que gerenciava vários "arquivos" virtuais em um dispositivo de armazenamento, dando ao termo o seu significado atual. Nomes dos arquivos em CTSS teve duas partes, um "nome principal" legível ao usuário e um "nome secundário", indicando o tipo de arquivo.[7][8]
Esta convenção continua em uso por vários sistemas operacionais de hoje, incluindo o Microsoft Windows.
Apesar do termo atual "arquivo de registro" mostrar o conceito inicial de arquivos, seu uso diminuiu bastante.
Referências
- ↑ Ferraz 2003, pp. 4
- ↑ Tanenbaum 2008, pp. 448
- ↑ Tanenbaum 2008, pp. 448
- ↑ Popular Science Magazine, February 1950, page 96
- ↑ Robert S. Casey, et al. Punched Cards: Their Applications to Science and Industry, 1952.
- ↑ Martin H. Weik. Ballistic Research Laboratories Report #1115. March 1961. pp. 314-331.
- ↑ Fernando J. Corbató et al. "An Experimental Time-Sharing System." May 3, 1962.
- ↑ Jerome H. Saltzer CTSS Technical Notes Arquivado em 13 de setembro de 2006, no Wayback Machine.. Project MIT-LCS-TR016
Bibliografia
- Tanenbaum, Andrew (2008). Sistemas Operacionais. Projeto e Implementação. Porto Alegre: Bookman. 446 páginas. ISBN 978-85-7780-057-5
- Inhaúma Neves, Ferraz (2003). Programação com Arquivos. Barueri: Manole. 4 páginas. ISBN 85-204-1489-3