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Revisão das 01h48min de 19 de julho de 2007
Afonso Augusto Moreira Pena Júnior (Santa Bárbara, 25 de dezembro de 1879 — Rio de Janeiro, 12 de abril de 1968) foi um advogado, professor, político e ensaísta brasileiro. Ocupou a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, onde foi eleito em 22 de maio de 1947.
Vida
Foi filho do ex-presidente da República Afonso Augusto Moreira Pena (1906 - 1909), e de Maria Guilhermina de Oliveira Pena.
Fornou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Belo Horizonte em 1902. Na mocidade, pertenceu a grupos literários, em Belo Horizonte e cultivou a poesia simbolista.
Foi professor de Direito Internacional Público e de Direito Civil na Faculdade de Direito de Belo Horizonte e secretário do Interior do Estado de Minas Gerais. Foi eleito deputado estadual duas vezes no período de 1902 a 1912. Deixou o cargo para atuar na campanha civilista, combatendo a candidatura do Marechal Hermes da Fonseca, de quem era adversário. Retornou à Câmara Estadual convidado pelo presidente Artur Bernardes. Atuou ainda como consultor jurídico do Banco do Brasil; professor de Direito Civil, na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Rio de Janeiro; juiz do Superior Tribunal de Justiça Eleitoral e ministro da Justiça. Foi membro do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura e reitor da Universidade do Distrito Federal, além de presidente da Comissão Permanente do Livro do Mérito.
Estudou o enigma da autoria das "Cartas chilenas" (13 poemas satíricos com estrutura de carta escritos por Critrilo), chegando à conclusão de que o autor era Tomás Antônio Gonzaga.
Notabilizou-se também pelo seu estudo sobre a autoria de Arte de Furtar, obra tradicionalmente atribuída ao Padre Antônio Vieira, e que ele, através de aturadas pesquisas, tentou mostrar ter sido escrita por António de Sousa de Macedo. Em 1940, porém, o historiador Francisco Rodrigues SJ, beneficiando dum achado no arquivo romano da Companhia de Jesus, revelara a verdadeira autoria da obra, que desde então é atribuída, com um consenso crescente, ao jesuíta Manuel da Costa.
Recebeu em 14 de agosto de 1948 a posse da Cadeira nº 7 da Academia Brasileira de Letras pelas mãos do acadêmico Alceu Amoroso Lima.
Obras
- A educação pelo escotismo (1935)
- Crítica de atribuição de um manuscrito da Biblioteca da Ajuda - estudo crítico [Imprensa Nacional, Rio de janeiro], (1943)
- A Arte de Furtar e o seu autor - ensaio, 2 vols., Livraria José Olympio, Rio de Janeiro e São Paulo, 1946.