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Estação Ferroviária de Vila Pouca de Aguiar

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Não confundir com o Apeadeiro de Parada de Aguiar, também situado na Linha do Corgo.
Vila Pouca de Aguiar
Linha(s): Linha do Corgo
(PK 54,187)
Coordenadas: 41° 29′ 59,94″ N, 7° 38′ 48,23″ O
Município: Vila Real
Website:

A Estação Ferroviária de Vila Pouca de Aguiar, originalmente denominada de Estação de Vila Pouca, é uma interface desactivada da Linha do Corgo, que servia a localidade de Vila Pouca de Aguiar, no Distrito de Vila Real, em Portugal.

História

Planeamento e inauguração

Nos princípios do Século XX, já se reconhecia a necessidade de construir uma linha entre a Estação de Régua, na Linha do Douro, até à fronteira com Espanha, passando, entre outras localidades, por Vila Pouca de Aguiar, devido à sua posição como convergência de várias estradas, e portela para o vale do Rio Tâmega.[1] Nas bases para a adjudicação da construção e exploração da linha entre a Régua e a fronteira, a segunda secção ia de Vila Real a Vila Pouca de Aguiar, e a terceira, deste ponto até Vidago.[2] No projecto para o troço entre o Ribeiro de Varges e a Estação de Pedras Salgadas, autorizado por uma portaria de 14 de Setembro de 1905, uma das estações planeadas era a de Vila Pouca; classificada como sendo de 2.ª classe, a estação deveria ser construída no extremo Oeste da localidade, num local alto, tendo, por isso, sido necessário construir um patamar de 320 metros de extensão, de forma a evitar o risco de que os vagões descessem acidentalmente por qualquer um dos lados.[3]

Esta interface encontrava-se no troço entre as Estações de Vila Real e Pedras Salgadas, que foi inaugurado em 15 de Julho de 1907.[4]

Ligação prevista a Mirandela e expansão da estação

No plano da rede ferroviária, introduzido pelo Decreto n.º 18190, de 28 de Março de 1930, encontrava-se prevista a construção da Transversal de Valpaços, a começar em Vila Pouca de Aguiar ou Pedras Salgadas, e a terminar em Mirandela, na Linha do Tua, passando por Carrazedo de Montenegro e Valpaços[5][6][7]; caso este troço se iniciasse em Vila Pouca, a sua extensão seria de aproximadamente 67 quilómetros.[8]

Em 1934, a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro, que estava a explorar esta Linha, realizou obras de ampliação dos cais coberto e descoberto nesta estação.[9]

Encerramento

O troço entre Chaves e Vila Real foi encerrado em 1990.[10]

Ver também

Referências

  1. SOUSA, José Fernando de (1 de Março de 1903). «A linha da Régua a Chaves e à fronteira» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (365): 65, 67. Consultado em 16 de Março de 2013 
  2. «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (348). 181 páginas. 16 de Junho de 1902. Consultado em 16 de Março de 2013 
  3. SOUSA, José Fernando de (16 de Setembro de 1905). «A linha da Regoa a Chaves» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 18 (426). 273 páginas. Consultado em 16 de Março de 2013 
  4. TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1684): 93, 94. Consultado em 16 de Março de 2013 
  5. PORTUGAL. Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930. Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos - Secção de Expediente, Paços do Governo da República. Publicado no Diário do Govêrno n.º 83, Série I, de 10 de Abril de 1930.
  6. «Os Nossos Caminhos de Ferro em 1935» (PDF). Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1153). 6 páginas. 1 de Outubro de 1935. Consultado em 16 de Março de 2013 
  7. SOUSA, José Fernando de (1 de Dezembro de 1934). «Variante pedida na Linha do Tâmega» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1127). 587 páginas. Consultado em 16 de Março de 2013 
  8. SOUSA, José Fernando de (1 de Abril de 1935). «Interêsse Regional e Nacional: A Transversal de Trás-os-Montes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1135). pp. 150, 151. Consultado em 16 de Março de 2013 
  9. «O que se fez nos caminhos de ferro em Portugal, em 1934» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1129). 28 páginas. 1 de Janeiro de 1935. Consultado em 16 de Março de 2013 
  10. CARDOSO, José António (27 de Dezembro de 2010). «Linha do Corgo parada e sem obras vítima da crise». Diário de Notícias. Consultado em 16 de Março de 2013 

Ligações externas


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