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Estromatólito: diferenças entre revisões

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== Aplicação e Importância ==
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Os estromatólitos são as únicas evidências de [[vida]] do [[Arqueano]].<ref name="livropaleogeral" />
Alguns deles encontrados em rochas de 3,5 Ga na Austrália e África do Sul constituem uma das mais antigas evidências de vida conhecidas.<ref name="apostilapaleogeral" />
Existem ainda pesquisadores que até "procuram" estromatólitos visando provar a vida pretérita em Marte.<ref name="livropaleogeral" />
Além disso, suas estruturas fornecem dados [[astronomia|astronômicos]] e [[geofísica|geofísicos]] quanto ao ambiente do passado e formam paisagens que podem ser usadas como [[atração turística]] pelo [[ecoturismo]].<ref name="livropaleogeral" />

<!--Estruturas biogénicas formadas por [[bactérias]] com capacidade de precipitar o calcário do meio aquático que as rodeia. '''Não são [[fóssil|fósseis]] propriamente ditos, mas são indícios de vida.'''

Formavam-se através da actividade metabólica de organismos [[procariotas]], especialmente bactérias verdes não sulfúricas. Ao captarem os [[carbonatos]]s existentes nos meios onde viviam, e metabolizá-los, estes acabavam por ser depositados nas suas [[membrana]]s celulares.

Estes organismos constituíam autênticos "tapetes" de microoganismos, disseminadas nos fundos dos mares.

Os mais antigos estromatólitos registados até o momento apresentam uma idade de cerca de 3,86 mil milhões de anos[1].

'''Referências:'''''
[1] "Brock Biology of Microorganisms - International Edition" - MADIGAN, Michal T.; MARTINKO, John M. - Pearson Prentice Hall (edição 11)-->

<!-- Há controversias na definição de estromatólitos, mas eles são sim considerados fósseis. Isso é mencionado nas referências dos livros do Carvalho e Anelli-->

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== {{Ligações externas}} ==

Revisão das 14h27min de 5 de fevereiro de 2013

Estromatólitos do Lago Thetis, na Austrália Ocidental, Oceania.

Estromatólito pode ser definido como uma rocha fóssil formada por atividades de microorganismos em ambientes aquáticos, [1] que, quando acumulados no fundo de mares rasos, formam uma espécie de recife. Porém, a definição exata de estromatólito ainda é discutida podendo, por exemplo, excluir estruturas como oncólitos e trombólitos da lista dos estromatólitos.[1]

Há mais de 20 anos é conhecida a presença de estromatólitos no chamado sílex de Strelley Pool, uma formação rochosa que fica na Austrália e que data do início do Mesoarqueano, ou seja, cerca de 3,5 bilhões de anos atrás. Por serem fósseis tão antigos, pensa-se que sejam testemunha dos primeiros organismos a realizar a fotossíntese oxigênica, responsáveis pelo gás oxigênio que surgiu no planeta há cerca de 3,5 bilhões de anos. No Brasil, os fósseis mais antigos ocorrem no Quadrilátero Ferrífero e têm idade entre 2,1 e 2,4 Ga, mas o principal registro no país é nos terrenos mesoproterozoicos e neoproterozoicos dos estados GO, MG, PR, BA e DF.[2]

Não somente de sílex podem se formar os estromatólitos: compõem-se também estes de carbonatos (calcita e dolomita). São formados a partir de uma sucessão de estágios, partindo de esteira microbiana, estromatólito estratiforme, para finalmente consolidar uma rocha. Os principais microorganismos formadores das esteiras estromatolíticas são as cianobactérias.

Classificação

Um dos problemas mais críticos e controversos referentes aos estromatólitos é a classificação e descrição taxonômica.[1] Exitem, de maneira geral, dois pensamentos para formular a classificação: paleontólogos que dão ênfase ao ambiente deposicional e classificam apenas as microestruturas, isto é, levam em consideração o gênero e a espécie de microorganismos dos estromatólitos; e outros paleontólogos que sugerem uma classificação quanto a morfologia, já que esses fósseis são colônias de microorganismos e não "fósseis individuais", propondo classificação em categorias que não seguem a nomenclatura biológica.[1] Um exemplo dessa discussão é que não foi possível chegar a um consenso pelo Projeto Internacional de Correlação Geológica 261 intitulado "Stromatolite" que reuniu cerca de 200 especialistas do mundo, inclusive do Brasil, para discutir e resolver a questão.[1]

Aplicação e Importância

O

Ligações externas

  1. a b c d e Carvalho, Ismar de Souza. Paleontologia. Editora Interciência, 2ªEdição, Volume 1, 2004. ISBN 85-7193-107-0
  2. Anelli, Luiz E., Rocha-Campos, A. C., Fairchild, Thomas R. & Leme Juliana M.. Paleontologia: Guia de Aulas Práticas - Uma introdução ao estudo dos fósseis. Universidade de São Paulo, Instituto de Geociências, 6ªEdição, 2010