Eugène Poubelle

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Eugène-René Poubelle
Eugène Poubelle
Eugène Poubelle
Conhecido(a) por Introduzir a lixeira / 'la poubelle' na França
Nascimento 15 de abril de 1831
Caen, France
Morte 15 de julho de 1907 (76 anos)
Paris
Residência Paris
Nacionalidade França francês
Ocupação Advogado, professor de universidade, préfet (representante do presidente), administrador regional

Eugène-René Poubelle (nascido em Caen, França, 15 de abril de 1831, morreu em Paris em 15 de julho de 1907)[1] foi o administrador que fez o uso da lixeira obrigatório em Paris [2], e desde então, a lixeira é chamada de la poubelle em francês. Ele era um advogado, administrador e diplomata que, como préfet de Sena, região da França, introduziu medidas de higiene em Paris, que receberam seu nome.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Eugène Poubelle nasceu em uma família burguesa em Caen. Ele estudou para se tornar advogado e recebeu um PhD.[3] Ele ensinou nas universidades de Caen, Grenoble e Toulouse antes de se tornar préfet, ou representante do governo e administrador regional, na Charente, em abril de 1871. Ele então sucessivamente tornou-se préfet de Isère, Córsega, Doubs, Bouches-du-Rhône e, finalmente, de 1883 a 1896, do departamento de Sena.

Préfet de Sena era uma posição de muito poder, e o préfet efetivamente exercia em Paris os poderes que um prefeito eleito teria em outras cidades francesas. Em 7 de Março de 1884 Poubelle decretou que os proprietários de edifícios deveriam fornecer seus residentes com três recipientes cobertos de 40 a 120 litros para armazenar o lixo doméstico. O lixo deveria ser classificado em itens compostáveis, papéis e panos, e louça e conchas.[2][4]

A população de Paris, perto de dois milhões, precisava de um sistema para esvaziar os recipientes regularmente. Os parisienses começaram a chamar suas de Poubelle, um hábito incentivado pelo jornal Le Figaro, que as chamou de Boîtes Poubelle.[2] As caixas encontraram resistência, proprietários de edifícios se ressentiam com o custo de fornecimento e supervisão das caixas, e os tradicionais chiffonniers (os catadores de lixo da época) viam as lixeiras como uma ameaça para seus empregos. As caixas deterioraram-se, mas os princípios que Poubelle estabeleceu sobreviveram. Mas não foi até o final da Segunda Guerra Mundial que os caixotes de lixo e sua coleta por municípios tornaram-se comuns.[4] Nessa época, poubelle como um substantivo já havia sido criado, e foi reconhecido pela primeira vez por um suplemento do Grand Dictionnaire Universel du 19ème Siècle, em 1890.

Eugène Poubelle também fez campanha com êxito para o direto de drenagem. Um ressurgimento da cólera em 1892 levou ao seu decreto, em 1894, de que todos os edifícios deveriam ser conectados diretamente ao esgoto, e o proprietário do edifício deveria arcar com os custos.[2]

Poubelle tornou-se embaixador no Vaticano em 1896, e na corte de Roma, em 1898.[5] Ele foi cônsul-geral do cantão de Saissac no Aude, de 1898 a 1904, e presidente da Société Centrale d'Agriculture de l'Aude, onde defendeu os interesses de vinho no sul da França, também chamado de "Le Midi" pelos franceses.

Morte e comemoração[editar | editar código-fonte]

Rue Eugène Poubelle em Paris

Poubelle faleceu em Paris em 15 de julho de 1907 e está enterrado no cemitério Herminis perto de Carcassonne; um busto representando ele é exibido do lado de fora do Musée des Beaux-Arts da cidade.[6] Rue Eugène Poubelle, uma rua entre a Avenue de Versailles e o Quai Louis Blériot em Paris, no 16.º arrondissement, leva seu nome.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Naissance-Mort Eugène Poubelle
  2. a b c d Le Monde, Économie, 1 December 2009, p2
  3. «"Le préfet Poubelle est un Caennais", Caen Magazine, Mairie de Caen, November-December 2001». Consultado em 19 de março de 2017. Arquivado do original em 1 de maio de 2009 
  4. a b Planete echo - Eugene Poubelle
  5. Rémy Cazals, Daniel Fabre (dir.), Les Audois : Dictionnaire biographique, Carcassonne, Association des amis des archives de l’Aude, 1990.
  6. Bonnet, Jean-Louis (2005), Carcassonne d'hier à aujourd'hui, La Tour Gile, France