Expedição (armazém): diferenças entre revisões

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A '''expedição''' é uma atividade de [[armazém]] que se realiza depois de a mercadoria ser devidamente [[embalagem|embalada]] e inclui as seguintes tarefas [[#refTompkins1996|(Tompkins et al., 1996, p. 393)]]:


* Verificar se aquilo que o [[cliente]] pediu está pronto para ser expedido;
* Verificar se aquilo que o [[cliente]] pediu está pronto para ser expedido;

Revisão das 14h37min de 29 de abril de 2013

A expedição é uma atividade de armazém que se realiza depois de a mercadoria ser devidamente embalada e inclui as seguintes tarefas (Tompkins et al., 1996, p. 393):

  • Verificar se aquilo que o cliente pediu está pronto para ser expedido;
  • Preparar os documentos da remessa (informação relativa aos artigos embalados, local para onde vão ser enviados);
  • Pesagem, para determinar os custos de envio da mercadoria;
  • Juntar as encomendas por operador logístico (transportadora);
  • Carregar os caminhões (tarefa muitas vezes realizada pelo transportador).

Actividade de expedição

Podem ocorrer no planejamento da expedição de materiais do armazém, se as transportadoras logísticas que intervêm nesta actividade não forem devidamente escolhidas. A posição das transportadoras e as suas características, são fatores importantes que influenciam a expedição, de tal modo que as transportadoras são vistas como parte integrante do armazém. Sub consequentemente todas as tarefas da transportadora são incluídas no planeamento da expedição. A actividade de expedição começa e acaba quando a transportadora passa a linha da propriedade do armazém (Tompkins et al., 1996, p. 394-395).

As actividades necessárias para a expedição são:

  • Agregar e embalar a encomenda;
  • Ordenar e verificar a encomenda;
  • Comparar a guia de remessa com a encomenda;
  • Identificar o veículo;
  • Bloquear as rodas do veículo;
  • Posicionar e fixar a dockboard;
  • Carregar o veículo;
  • Despachar o veículo.

Os requisitos do armazém para a expedição são:

  • Área suficiente para ordenar as encomendas;
  • Escritório para guarda informações sobre os artigos expedidos e encomendas dos clientes;
  • Área suficiente para estacionamento e manobra dos veículos;
  • Existência de dockboards para facilitar o carregamento dos veículos.

Algumas características importantes do armazém para a expedição:

  • Fluxo de materiais linear entre os veículos, zona de ordenação de mercadoria e áreas de armazenagem;
  • Fluxo contínuo sem paragens (congestionamentos) excessivos;
  • Uma área concentrada de operações, que minimize a movimentação de materiais e aumente a eficiência da supervisão;
  • Movimentação eficiente de materiais;
  • Operações seguras;
  • Minimização de estragos;
  • Fácil de limpar.

Princípios da expedição

Muitos dos princípios que se aplicam na recepção também podem ser aplicados na expedição, mas no sentido contrário (na recepção os produtos entram no armazém e na expedição os produtos saem). Os seguintes princípios servem como guia da actividade de expedição por forma a dar-lhe uma maior dinâmica. Estes pretendem simplificar o fluxo de material para a expedição e garantir que através do mínimo trabalho os requisitos são satisfeitos. Os princípios da expedição são (Tompkins et al., 1996, p. 400-402):

  • Seleccionar unidades de movimentação eficientes em termos de custo e espaço:
    • Para caixas soltas - paletes de madeira, de metal (têm como características a durabilidade e capacidade de carga), de plástico ( têm como características a durabilidade, limpeza e a cor) e paletes que encaixam umas nas outras (têm como características a poupança de espaço, mas não são duráveis nem suportam objectos pesados).
    • Para artigos avulso - tabuleiros empilháveis ou rebatíveis e caixas de cartão. Os factores de selecção da opção mais apropriada incluem o impacto ambiental, custo inicial, ciclo de vida, limpeza e o nível de protecção do produto.
  • Minimizar os estragos no produto
    • Agrupar e acondicionar artigos avulsos em caixas ou tabuleiros. Para além de existir um carga unitária para mover os materiais, o artigo deve ser acondicionado dentro da unidade de carga. Para os artigos soltos em caixas ou tabuleiros isso pode ser feito com esferovite, plásticos com bolhas, jornal e almofadas de ar.
    • Agrupar e acondicionar as caixas soltas em paletes. O processo mais popular é embrulhar as caixas na palete com tela plástica, mas também podem ser usadas cintas de várias qualidades.
    • Agrupar e acondicionar as paletes soltas nos camiões. O método mais comum são placas de espuma e madeira.
  • Eliminar a preparação da expedição e carregar directamente os camiões. Tal como acontece na recepção a actividade da expedição que usa mais mão-de-obra e espaço é a preparação. Para facilitar a carga directa das paletes nos camiões podem usar-se empilhadoras (manuais ou com mastro) para retirar as paletes do armazém e carregar os veículos evitando a preparação.
  • Usar prateleiras para minimizar as necessidades de área necessárias para a preparação da expedição. Se for necessário preparar a carga, as necessidades de área podem ser minimizadas fazendo a preparação em prateleiras.
  • Dar instruções aos condutores sobre os percursos dentro das instalações com o mínimo de burocracia e de tempo. Para melhor a gestão da expedição e dos condutores dos camiões, podem ser fornecidos smart cards aos condutores e pontos de acesso on-line ao estado da encomenda e disponibilidade de acesso aos cais.

Planejamento do espaço para a expedição

As tarefas necessárias para a determinação do espaço necessário para a expedição são (Tompkins et al., 1996, p. 402-407):

  • Determinar o que é que é expedido. Informações sobre o quê, quando e quanto vai ser expedido podem ser obtidas a partir de relatórios de expedições anteriores (no caso de existirem), ou caso sejam expedições que nunca tenham tido lugar naquele armazém, são feitos estudos de mercado para obter informações sobre o número de carregamentos e de encomendas que vão ser expedidas. A partir destas informações escolhem-se as transportadoras de acordo com as especificações desejadas.
  • Determinar o número e o tipo de docas. Se o número de saídas das transportadoras da doca seguir uma distribuição regular (Poisson) e se estas não variarem com o tempo, devem ser feitas análises para determinar o número e tipo de docas para serem utilizadas nesta actividade. Se o número de saídas da doca variar com a hora, dia da semana ou com o número de caminhões à espera, devem ser feitas simulações para esse cálculo.
  • Determinar os requisitos de espaço dentro do armazém para a recepção. O espaço interior do armazém têm de ter em conta locais tais como:
  1. Espaços de conveniência pessoal;
  2. Escritórios;
  3. Espaços para guardar equipamentos de manutenção e transporte de material para movimentação de cargas;
  4. Locais para acondicionar dispositivos para coleta e tratamento do lixo;
  5. Locais de descanso;
  6. Espaço para guardar paletes e materiais para embalar.

Tendências que visam a melhoria da expedição

Tendências que visam a melhoria da actividade de expedição (Mulcahy, 1994, p. 4.2):

  • Política Just in time;
  • Computadores, códigos de barra e GPS;
  • Novos equipamentos para descarregar e carregar;

Referências

  • TOMPKINS, James A. et al. - Facilities plaining. 2ª ed. Nova Iorque: John Wiley & Sons, 1996. ISBN 978-0-471-00252-9
  • MULCAHY, David E. - Warehouse distribution and operations handbook. Nova Iorque: McGraw-Hill, 1994. ISBN 978-0-07-044002-9

Ver também