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FG 42

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Fallschirmjägergewehr 42

FG42
Tipo
Local de origem  Alemanha
História operacional
Em serviço 1942-1945
Guerras Segunda Guerra Mundial
Primeira Guerra da Indochina
Guerra do Vietnã[6]
Histórico de produção
Criador Louis Stange
Data de criação 1942
Período de
produção
1942-1945
Quantidade
produzida
2.000 (Modelo I),
4.397 (Exército)
Variantes Modelo I, Modelo II, Modelo III
Especificações
Peso 4,5 kg(Modelo I),
4,9 kg (Modelo II)
Comprimento 937 mm (Modelo I),
1060 mm (Modelo II)
Calibre 7,92 x 57 mm (8 mm Mauser)
Ação Operada a gás
Velocidade de saída 761 m/s
Alcance efetivo ~500 m
Sistema de suprimento Carregador tipo cofre destacável de 10 ou 20 munições

A Fallschirmjägergewehr 42 (FG42) é um fuzil de fogo seletivo, produzido pela Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Em alemão, o nome da arma significava "Rifle de Paraquedista".

Este fuzil foi desenvolvida para as tropas páraquedistas alemãs, os Fallschirmjäger, que, após a sua experiência com a Invasão de Creta, se aperceberam da necessidade de se equiparem com uma metralhadora portátil. Enquanto os seus inimigos tinham um grande número de metralhadoras facilmente portáteis, como a Bren ou a Browning Automatic Rifle, a Alemanha não tinha nenhuma arma assim. Os páraquedistas alemães eram assim obrigados a utilizar um número limitado de metralhadoras MG34 que, embora na sua configuração de metralhadora ligeira, continuavam a ser significativamente pesadas, obrigando ao uso de armas como a Karabiner 98k e a MP40. No entanto, estas armas, apesar de portáteis, não produziam o poder de fogo necessário. Como resultado, depois da autorização de Hermann Göring, iniciou-se o desenvolvimento do FG42.

Ele combinava as características e o poder de fogo de uma metralhadora leve um pouco mais curta (mas consideravelmente mais volumosa e pesada) do que o rifle de infantaria de ação de ferrolho Karabiner 98k padrão. Considerado um dos designs de armas mais avançados da Segunda Guerra Mundial,[7][8] o FG 42 influenciou o desenvolvimento de armas pequenas no pós-guerra e muitas características de seu projeto, como forma geral, estilo da coronha, operação de ferrolho giratório a gás (ela própria copiada da metralhadora Lewis) e a construção de folha de metal e plástico foram copiadas pelo Exército dos EUA quando desenvolveram a metralhadora M60.[9]

Desenvolvimento

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Após da entrada ao serviço das espingardas semiautomáticas G41 e G43 no Exército Alemão e nas Waffen SS e da incapacidade da MP40 e da Karabiner 98k durante a Batalha de Creta, Hermann Göring insistiu que os seus Fallschirmjäger fossem equipados com uma arma ainda mais avançada. Os requisitos eram que a arma deveria ser leve o suficiente para um paraquedista poder a carregar durante o salto, que tivesse a possibilidade de fogo automático e que pudesse servir como uma espingarda quando necessário.

Foram dados contratos a seis fabricantes, mas apenas são conhecidos dois protótipos que foram submetidos. O design da Rheinmetall-Borsig concebido por Louis Stange foi aceite para produção pela Heinrich Krieghoff of Suhl (fzs) e L.O. Deitrich of Altenburg (gcy). Contudo, devido a falhas no desenho, a arma teve de ser modificada duas vezes, aumentando as suas capacidades mas aumentando também o seu peso e custo.

O mecanismo da FG42 incorporava um arranjo inteiramente novo na liberação do gatilho. Quando disparando em modo semiautomático, o ferrolho fechava sobre a culatra. Quando a arma era disparada no modo automático (rajada) o ferrolho permanecia aberto fazendo o ar fluir dentro da câmara, melhorando bastante a sua refrigeração (sistema semelhante ao da Metralhadora Johnson M1941).

Distribuição

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Um Fallschirmjäger (paraquedista) alemão com sua FG 42 (Ausführung "C"), 1944.

Após aproximadamente duas mil FG42 terem sido produzidas pela Krieghoff, o fornecimento de metal manganês foi desviado para a produção de outro equipamento. Isto significou a necessidade de redesenhar a arma para utilizar metal estampado. Os relatórios de combate também estavam a requisitar melhoramentos menores, tais como: deslocar o bipé da frente do gatilho para a ponta da arma para reduzir a dispersão ao disparar, alterar o ângulo da pega da arma para um ângulo quase totalmente vertical, aumentar o tamanho da protecção à frente do gatilho e alterar o suporte do braço de metal estampado para madeira de modo a minimizar o sobreaquecimento. Pela altura a que o FG42/II tinha sido desenvolvida, já a guerra tinha piorado para o lado dos alemães. Os bombardeamentos frequentes dos aliados tinham já destruído várias fábricas na Alemanha e as únicas armas que podiam ser produzidas eram fabricadas em menor número, com materiais de baixa qualidade e estavam sujeitas a fracos métodos de produção. Apenas 5.000 unidades do novo modelo foram produzidas e apenas um número limitado conseguiu chegar às frentes de batalha. Comandos sob o comando de Otto Skorzeny foram os primeiros a utilizar a FG42 durante o salvamento arriscado de Benito Mussolini.

A FG42 era uma excelente arma, porém de fabricação cara e seu processo de produção exigia muito esforço fabril. Por isso nunca foi usada em larga escala e é lembrada hoje como uma arma exclusiva dos paraquedistas alemães. Logo depois, o Exército Alemão e as SS acabaram por optar por outra arma de fogo seletivo igualmente inovadora, porém de fabricação mais rápida e barata, o célebre Sturmgewehr 44.

Ainda viu um breve uso durante a Guerra do Vietnã pelas forças do Vietnã do Norte e Viet Cong, fornecidos pela União Soviética que os havia capturado da Alemanha.[10]

Referências

  1. James, Frank W. (2014). «The Machine Gun Investor». In: Lee, Jerry. Gun Digest 2015. [S.l.]: F+W Media, Inc. p. 88. ISBN 978-1440239120 
  2. Thompson, Leroy (2014). The M14 Battle Rifle. [S.l.]: Bloomsbury Publishing. p. 8. ISBN 9781472802569 
  3. McNab, Chris (2015). The World's Greatest Small Arms: An Illustrated History. [S.l.]: Amber Books Ltd. p. 197. ISBN 9781782742746 
  4. Hogg, Ian V.; Weeks, John (2000). Military Small Arms of the 20th Century 7th ed. [S.l.]: Krause Publications. pp. 241–242. ISBN 978-0-87341-824-9 
  5. «New German Rifle for Paratroopers». Intelligence Bulletin. II (10). Junho de 1944 
  6. «WWII German weapons during the Vietnam War». WWII After WWII. 10 de julho de 2015 
  7. Senich, Peter (1987). The German Assault Rifle: 1935–1945. [S.l.]: Paladin Press. p. 239 
  8. Miller, David (2007). Fighting Men of World War II: Axis Forces : Uniforms, Equipment and Weapons. [S.l.]: Stackpole Books. p. 104 
  9. Bishop, Chris (2002). The Encyclopedia of Weapons of World War II. [S.l.]: Sterling Publishing. p. 217 
  10. a b jwh1975 (10 de julho de 2015). «WWII German weapons during the Vietnam War». wwiiafterwwii (em inglês). Consultado em 18 de setembro de 2020 

Ligações externas

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