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Farol de Colombo

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(Redirecionado de Faro a Colón)
Farol de Colombo
Informação geral
País República Dominicana
Altura 59m
Diâmetro 210m
Data da construção 1931 a 1992 (com interrupções)
Projetado por Joseph Lea Gleave
Artefactos tumba de Cristóvão Colombo
Estatuto Monumento
Localização
28′ 43″ N____69° 52′ 05″ O____type:city_scale:75000 18° 28′ 43″ N° ' " 69° 52′ 05″ O° ' " {{{latG}}}° {{{latM}}}' {{{latS}}}" {{{latP}}} {{{lonG}}}° {{{lonM}}}' {{{lonS}}}

O Farol de Colombo (em espanhol Faro a Colón) é um monumento localizado em Santo Domingo Este, na República Dominicana. No interior da estrutura encontra-se a tumba com os supostos restos mortais do navegador Cristóvão Colombo (1451-1506).

O Farol visto do noroeste

É um monumento em concentro em forma de cruz latina (lembrando a cristianização das Américas) que mede aproximadamente 800 metros de comprimento por 36,5 metros de altura.[1] Dentro do complexo diz-se que os restos mortais do famoso almirante Cristóvão Colombo estão alojados, embora haja controvérsias sobre isto, uma vez que a Espanha comprovou por meio de análises genéticas que pelo menos parte dos restos de Cristóvão Colombo estão na Catedral de Sevilha.[2] As autoridades dominicanas não permitiram que os mesmos testes de DNA fossem feitos aos restos do farol, por isso é impossível saber se os restos mortais de Colombo estão divididos ou se os restos do farol pertenciam a outra pessoa.[3][4]

Quando o farol está ligado, são acesas 157 luzes que formam uma cruz no céu noturno. Essa luz pode ser vista a aproximadamente 64 quilômetros de distância, mas causa problemas com o fornecimento de eletricidade dos bairros vizinhos, o que faz com que só seja ligada em ocasiões especiais.[5][6] As luzes são tão poderosas que podem ser vistas da ilha vizinha de Porto Rico.[5]

O monumento é ao mesmo tempo um mausoléu e um museu que exibe objetos, incluindo um barco de Cuba e joias pré-colombianas. Dentro do farol há exposições de diferentes países do mundo. Também dispõe de salas para exposições temporárias e salas de conferências.[7]

Túmulo de Cristóvão Colombo localizado no Farol de Colombo

Em 1914, William E. Pullman, um empregado americano da alfândega instalado em Santo Domingo, começou a promover a construção de um farol monumental que celebrara o chegada de Cristóvão Colombo à Ilha de São Domingos (Hispaniola), ideia que refletia uma proposta feita no século XIX pelo historiador dominicano Antonio del Monte y Tejada.[8] A ideia torna-se mais universal em 1923, durante a celebração da Quinta Conferência Internacional dos Estados Americanos, no Chile, quando se decretou que este monumento deveria ser construído em cooperação com todos os governos e povos da América.[9] A União Panamericana (UPA), antecessora da OEA, coordenou a realização de um concurso internacional de arquitetura entre 1928 e 1930. Os jurados foram Raymond Hood, Eliel Saarinen, Horacio Acosta y Lara e Frank Lloyd Wright, que tiveram de escolher o ganhador entre 455 propostas.[8]

O desenho vencedor, anunciado em 1931, foi o de um jovem estudante britânico de arquitetura, Joseph Lea Gleave.[8][10] A reação da imprensa ao anúncio não foi entusiasmada, devido ao desconhecimento acerca do jovem arquiteto.[8] A construção foi muito lenta devido a que a maioria dos países americanos não enviaram os fundos prometidos,[8] sendo que em 1950, apenas oito países haviam contribuído com menos de US$ 15 mil, mas o governo dominicano avançou com o projeto e, em 1948, as fundações do monumento foram inauguradas.[9][10] Além disso, o isolamento do país da comunidade internacional durante a ditadura de Rafael Trujillo fez com a obra ficasse parada por década.

Finalmente, durante o governo de Joaquín Balaguer, a construção do farol foi retomada em 1986 sob a supervisão do arquiteto dominicano Teófilo Carbonell, financiadas integralmente pela República Dominicana e em tempo para a inauguração em 1992 como parte da celebração pelos 500 anos do Descobrimento da América,[8] e o custo total de construção foi de aproximadamente US$ 70 milhões.[5] Nesse ano a tumba de Cristóvão Colombo, localizada até então na Catedral de Santo Domingo, foi transferida ao monumento.[10]

Referências

  1. Román, Carlos (1994). Países hispánicos - República Dominicana. Almanaque mundial, 1994 : diccionario geográfico. Virginia Gardens, Fla.: América. ISBN 156259026X. OCLC 29681810 
  2. Belda Navarro, Cristóbal (1997). Los siglos del barroco (em espanhol). Madrid: Ediciones Akal. p. 261. OCLC 38140375 
  3. Sood, Suemedha. «The mystery of Christopher Columbus's legacy». www.bbc.com (em inglês). Consultado em 6 de março de 2019 
  4. Killgrove, Kristina. «DNA Testing Of Skeleton May Prove Christopher Columbus Was Really Portuguese». Forbes (em inglês). Consultado em 6 de março de 2019 
  5. a b c Jacobs, Karrie. «World's Strangest Buildings - Columbus Lighthouse, Santo Domingo, Dominican Republic» (em inglês). Travel + Leisure. Consultado em 6 de março de 2019 
  6. «Faro a Colón». Turismo Santo Domingo 
  7. Ortega, Bethania (21 de abril de 2016). «Faro a Colón| Santo Domingo | Conectate.com.do» (em espanhol). conectate.com.do. Consultado em 6 de março de 2019 
  8. a b c d e f Robert González El concurso del Faro de Colón: Un reencuentro con el monumento olvidado de la arquitectura panamericana ARQ (Santiago) n.67 Santiago dic. 2007 (em castelhano)
  9. a b «Faro a Colon». www.indiana.edu. Consultado em 6 de março de 2019 
  10. a b c José Enrique Delmonte Soñé. El Faro a Colón y el desarrollo urbano Arquivado em 6 de abril de 2013, no Wayback Machine. in La arquitectura dominicana contemporánea 1978-2008. Pág. 381. (em castelhano)
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