Catedral de Sevilha
Catedral de Santa Maria da Sede Catedral de Santa María de la Sede | |
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Tipo | Catedral |
Arquiteto | Carles Galtés de Ruan, Diego de Riaño, Martín de Gainza, Assénsio de Maeda |
Início da construção | 1401 |
Fim da construção | 1593 |
Restauro | 2014 |
Função atual | Catedral e Museu |
Visitantes | 1 934 373 (2017)[1] |
Aberto ao público | Sim |
Religião | Igreja Católica |
Diocese | Arquidiocese de Sevilha |
Ano de consagração | 11 de maio de 1507 |
Estilos arquitetónicos | almóada, gótico, barroco, neogótico |
Sacerdote | Juan José Asenjo Pelegrina |
Website | www |
Dimensões | |
Altura | 42 m |
Outras dimensões | 126 m de comprimento, 76 m de largura |
Área | 11 520 m² |
Estado de conservação | bom |
Património Mundial | |
Designação | Catedral, Alcazar e Arquivo das Índias em Sevilha |
Critérios | i, ii, iii, vi |
Ano | 1987 (XI sessão) |
Referência | 383 en fr es |
Geografia | |
País | ![]() |
Cidade | Sevilha |
Comunidade autônoma | Andaluzia |
Coordenadas | |
Localização | |
Localização em mapa dinâmico |
A Catedral de Sevilha, também conhecida como Catedral de Santa Maria da Sede, é a maior da Espanha, e a segunda maior do mundo, atrás, apenas, da Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida, no Brasil, visto que a Basílica de São Pedro, no Vaticano, não é uma igreja catedral.[2][3][4][5][6] No entanto, é a maior catedral gótica do mundo, com 126 m de comprimento, 76 m de largura, 42 m de altura e 11 520 metros quadrados de área total.[7] É a Sé da Arquidiocese de Sevilha.
A catedral foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO, no ano de 1987, integrado no sítio Catedral, Alcazar e Arquivo das Índias em Sevilha.
História[editar | editar código-fonte]
Segundo a tradição, a construção começou em 1401, embora não haja constância documental do começo dos trabalhos até 1433. Foi edificada no solar que ficou após a demolição da antiga Mesquita Alfama de Sevilha.[8]
Em 2008, foi encontrado o plano mais antigo que se conhece da Catedral de Sevilha no Mosteiro de Bidaurreta de Oñate (Guipúscoa), o qual foi realizado cerca de 1490.[9] Este plano, uma vez estudado, contribuiu com importantes dados sobre a construção do edifício.[10]
Um dos seus primeiros mestres-de-obras foi Carles Galtés de Ruan, procedente da Normandia (França), que trabalhara previamente em outras grandes catedrais góticas europeias e poderia ter chegado à Espanha fugindo da Guerra dos Cem Anos. Em 10 de outubro de 1506 foi colocada a pedra postreira (última pedra) na parte mais alta do zimbório, com o que simbolicamente a catedral ficava finalizada, embora na realidade continuassem os trabalhos ininterruptamente durante séculos, tanto para a decoração interior, como para acrescentar novas dependências ou consolidar e restaurar os estragos do passar do tempo, ou circunstâncias extraordinárias, como o terramoto de Lisboa de 1755 que apenas produziu danos menores apesar da sua intensidade.[11] Nestas obras intervieram os arquitetos Diego de Riaño, Martín de Gainza e Assénsio de Maeda. Também nesta etapa Hernán Ruiz edificou o último corpo da Giralda a torre de 105 m de altura. A catedral e as suas dependências ficaram terminadas em 1593.[12]
O Cabido Metropolitano mantém a liturgia diária e a celebração das festividades do Corpus Christi, a Imaculada e a Virgem dos Reis. Neste templo encontra-se o corpo do famoso navegante Cristóvão Colombo e o do rei Fernando III de Castela (1199-1252), canonizado em 1671 como São Fernando, sendo papa Clemente X.[13]
A última obra de importância realizada aconteceu em 2008 e consistiu na substituição de 576 silhares que moldavam um dos grandiosos pilares que sustentam o templo, por novos blocos de pedra de características similares mas com maior resistência. Este trabalho foi possível graças ao emprego de novos sistemas tecnológicos que demonstraram que o edifício sofria diariamente umas oscilações de 2 cm como consequência da dilatação dos seus materiais.[14]
A catedral faz parte do roteiro do novo livro de Dan Brown, Origem.[15]
Sepultados na Catedral[editar | editar código-fonte]
- Cristóvão Colombo
- Fernando Colombo
- Fernando III de Leão e Castela
- Beatriz da Suábia
- Afonso X de Leão e Castela
- Pedro I de Castela
- Maria de Padilla
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ «La Catedral roza los dos millones de turistas». Diario de Sevilla. Consultado em 15 de janeiro de 2018
- ↑ A catedral é a Igreja-Mãe de uma diocese ou arquidiocese. A Catedral de Roma é a Arquibasílica de São João de Latrão. O Papa é bispo de Roma e Sua Sé está na Arquibasílica de São João de Latrão, mesmo que as principais celebrações pontificais aconteçam na Basílica de São Pedro, isso não a torna uma catedral.
- ↑ «Basílica de São Pedro». InfoEscola. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «O que distingue igrejas, catedrais e basílicas? | Sobre Palavras». VEJA. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Qual é a Catedral do Bispo de Roma? - A12.com». www.a12.com. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «Você sabia que a Basílica do Vaticano não é a Catedral do Papa?». Aleteia: vida plena com valor. 27 de agosto de 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2022
- ↑ «An Insiders Guide to Seville Cathedral | Andalucia.com». www.andalucia.com. Consultado em 25 de julho de 2015
- ↑ Aula Hernán Ruiz (2010). fidas.es, ed. «La montaña hueca». Consultado em 1 de outubro de 2010
- ↑ González, Marian (21 de julho de 2008). elcorreodigital, ed. «Un tesoro entre las piedras». Consultado em 15 de abril de 2010
- ↑ ABC de Sevilla (24 de abril de 2009). abcdesevela.es, ed. «Los diseñadores originales de la Catedral pensaron e derruir la Giralda». Consultado em 24 de abril de 2009
- ↑ Lineros Ríos, Manuel; Pereja López, Enrique F. (2008). Iglesias y Conventos de Sevilla. [S.l.]: Ediciones Tartessos, S. L. OCLC 304341880
- ↑ Agencia EFE (31 de julho de 2006). eluniversal.com, ed. «Restos de Colón están en Sevilla, según estudio de ADN». Consultado em 1 de setembro de 2010
- ↑ Gómez Palas, José (29 de setembro de 2009). «La Catedral se mueve al día hasta 2 centímetros». Diario de Sevilla. Consultado em 1 de setembro de 2010
- ↑ «'Origem', novo livro de Dan Brown, é situado na Espanha - Cultura». Estadão. Consultado em 3 de julho de 2021
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Dados em GCatholic» (em inglês)
- «Site da UNESCO» (em inglês)