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Ferrografia

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Ferrografia é o estudo tribológico de partículas encontradas em óleos lubrificantes com o objetivo de determinar o grau e o modo de desgaste de máquinas e equipamentos.[1]

A análise dos óleos permite identificar o desgaste de partículas (limalhas) encontradas em amostras de lubrificantes e possibilita que se determine tipos de desgaste, contaminantes, desempenho do lubrificante, entre outros dados, tornando possível a tomada de decisão quanto ao tipo e urgência de intervenção. A ferrografia é classificada como uma técnica de [[manutenção preditiva, embora possua inúmeras outras aplicações, tais como desenvolvimento de materiais e lubrificantes.[2]

Procedimentos

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O sufixo ferro no nome ferrografia foi mantido desde a sua criação.[carece de fontes?] Embora sugira que apenas partículas ferromagnéticas possam ser detectadas, inúmeros outros tipos de materiais são analisados por esta técnica como ligas de metais não ferrosos (cobre, alumínio, metal patente, silício) e materiais não metálicos (areia, fibras orgânicas e fibra inorgânicas, borra, fuligem.[3]

Quando executada com todos os rigores técnicos, permite um diagnóstico preciso do modo de desgaste da máquina monitorada..[3]

Há dois tipos de procedimentos: Ferrografia Quantitativa - DR - (Direct Reading Ferrography) e Ferrografia Analítica - AN - (Analytical Ferrography), por vezes chamada incorretamente de "ferrografia qualitativa".[1]

O procedimento mais detalhado é o da Ferrografia Analítica. Neste procedimento uma amostra de óleo é colocada numa placa de vidro montada num plano inclinado e submetida a um campo magnético intenso. As partículas existentes de maior dimensão serão retidas em primeiro lugar relativamente a outras de menor dimensão que, entretanto, continuarão a fluir segundo o plano inclinado, sendo retidas em outro local. Através deste método é possível identificar diferentes grupos com diferentes dimensões e concentrações.[1]

Ao final da inspeção por microscopia óptica (ferroscópio), o analista deve interpretar os resultados e correlacioná-los com os vários tipos de desgaste. Assim são determinados os tipos de problemas existentes e quais providências a equipe de manutenção deve tomar.

Problemas típicos

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  • Confundir teor de ferro por espectrometria com ferrografia.
  • Confundir contagem de partículas com ferrografia quantitativa.
  • Confundir simples inspeção de partículas em membranas de filtro com ferrografia analítica.
  • Crer que apenas o formato (morfologia) de algumas partículas é suficiente para diagnósticos.
  • Crer que os resultados são subjetivos (há regras muito severas para sua execução).
  • Crer que pode ser obtida diretamente de um instrumento sem a intervenção de um especialista para o diagnóstico.
  • Crer que é procedimento químico. É, na verdade, um procedimento físico multidisciplinar do campo da engenharia, em particular da engenharia de manutenção.
  • Crer ser possível um diagnóstico adequado sem que o analista conheça detalhes da máquina monitorada.

Referências

Ligação externa

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