Fogo-fátuo

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 Nota: Para outros significados, veja Fogo Fátuo.
Simulação de um fogo-fátuo

Fogo-fátuo (do latim i̅gnis fatuus), também chamado de fogo tolo ou, no interior do Brasil, fogo corredor, boitatá ou João-galafoice, é uma luz azulada que pode ser avistada em pântanos, brejos, etc.

Na ciência moderna, é geralmente aceito que a maioria dos ignis fatuus são causados pela oxidação de fosfina (PH3), difosfano (P2H4) e metano (CH4) junto a ionização de suas moléculas, formando o plasma. Esses compostos, produzidos pela decomposição orgânica, podem causar emissões de fótons. Uma vez que as misturas de fosfina e difosfano inflamam-se espontaneamente em contato com o oxigênio no ar, seriam necessárias apenas pequenas quantidades para inflamar o metano, muito mais abundante, para criar incêndios efêmeros. Além disso, a fosfina produz pentóxido de fósforo como um subproduto, que forma ácido fosfórico em contato com vapor d’água.[1]

O fogo-fátuo chegou a ser descrito, ainda em 1560, pelo sacerdote jesuíta português José de Anchieta: «Junto do mar e dos rios, não se vê outra coisa senão o boitatá, o facho cintilante de fogo que rapidamente acomete os índios e mata-os.»[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Joris Roels & Willy Verstrae (2001). «Biological formation of volatile phosphorus compounds» (PDF). Elsevier. Bioresource Technology. 79: 243–250. PMID 11499578. doi:10.1016/S0960-8524(01)00032-3. Consultado em 18 de novembro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 19 de setembro de 2006 
  2. «O que é fogo-fátuo?». Super. Consultado em 18 de julho de 2022 
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