Francisco Pizarro: diferenças entre revisões

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*[http://en.wikipedia.org/wiki/Francisco_Pizarro]
*[http://kuprienko.info/cartas-del-marques-don-francisco-pizarro-1533-1541/ Cartas del Marques Don Francisco Pizarro (1533-1541)]

*[http://kuprienko.info/cedula-de-encomienda-de-francisco-pizarro-a-diego-maldonado-cuzco-15-de-abril-de-1539/ Cédula de encomienda de Francisco Pizarro a Diego Maldonado, Cuzco, 15 de abril de 1539]


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Revisão das 17h38min de 11 de junho de 2012

 Nota: Se procura o município colombiano, veja Francisco Pizarro (Colômbia).

Francisco Pizarro González (Trujillo, Espanha, 1471 ou 1476 – 26 de junho de 1541) foi um conquistador e explorador espanhol que entrou para a história como o “conquistador do Peru”, tendo subjugado o Império Inca.

Vida Pessoal

Francisco Pizarro é o filho bastardo do nobre e coronel de infantaria Gonzalo Pizarro e de Francisca González, uma mulher pobre filha de lavradores. Pizarro foi criado por parentes de sua mãe em Zarza, sem uma educação formal. Mais tarde, vai para Sevilha, depois para a Itália, onde aprende o ofício militar, retornando depois para Sevilha.

Vem de uma família de conquistadores: seu pai e seus meios-irmãos. Teve filhos com mulheres incas – Quispe Cusi, conhecida pelos espanhóis como Inés Huayllas Ñusta, e Angelina Añas Yupangui – sem ter formalmente se casado com nenhuma. Foi assassinado pelo filho de um antigo companheiro de viagens, Almagro, com quem teve algumas desavenças. Há uma escassez de informações sobre a vida de Pizarro pré-expedições devido ao seu anonimato anterior.

Primeiras Expedições

Já familiarizado com os ofícios militares, Pizarro foi em uma expedição com Alonso de Ojeda para as Índias e, continuando no oceano, chegou na América em 1510. Em 1513, com trinta e cinco anos de idade, Pizarro se torna um oficial superior de uma expedição liderada por Vasco Núñez de Balboa pelas florestas do Panamá, a fim de atingirem o Oceano Pacífico, e estabeleceram a cidade do Panamá na costa do oceano.

Em 1519, Hernán Cortés invadiu e conquistou o Império Asteca na região hoje conhecida como México, mudando a concepção europeia de enxergar a América. Isso fez com que espanhóis de diferentes origens saíssem de seu país para cruzar o Atlântico em direção ao continente americano, impulsionando a conquista do Império Inca, na qual Pizarro exerceu um importante papel.

Expedições à América do Sul

Enquanto o México era conquistado por Cortés, outros espanhóis começavam a explorar a porção sul da América. Francisco Pizarro, Diego de Almagro e Hernando de Luque, um padre, tentavam levantar dinheiro para uma expedição a região hoje conhecida como Peru. A primeira viagem de um grupo expedicionário comandada pelos três em 1524, não obteve significativo sucesso, mas permitiu a Pizarro explorar o rio Virú e tomar conhecimento da riqueza do lugar; a segunda expedição teve partida em 1526, com a ajuda do piloto Bartolomé Ruiz. Eles chegaram a ilha de Gallo, onde tiveram o primeiro contato com o povo inca. O comércio de ouro e tecidos realizado pelos ameríndios chamou a atenção dos viajantes para uma sociedade muito bem organizada sob a perspectiva europeia.

Ao mesmo tempo em que Almagro retornava ao Panamá para contar sobre o que haviam visto, Pizarro e um grupo de aventureiros exploravam o Golfo de Guayaquil, seguindo pela costa até chegar à cidade de Túmbez, ao sul do continente. Lá, Pizarro obteve mais informações sobre o Império Inca, que sofria com guerras internas desde a época das suas primeiras expedições ao Panamá.

A Conquista do Peru

A participação de Pizarro como o principal líder da derrubada do Império Inca foi responsável por inscrever seu nome em uma categoria de reconhecimento positivo ou negativo, dependendo da análise a ser feita. Por isso, é dada ênfase as suas conquistas, que foram um episódio importante, sendo responsáveis não só pelo conhecimento posterior que temos de Pizarro como para o desenrolar de diversos acontecimentos ao redor do mundo.

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Em 1528, foi à Espanha obter uma licença direta do imperador Carlos V para essa campanha, tendo sido bem sucedido em seu pedido. Foi denominado Governador e Capitão-Geral do Peru, enquanto Almagro se tornou comandante de Túmbez e o padre Luque, Protetor dos Índios. Com seus meio-irmãos Hernando, Gonzalo e Juan, voltou ao Panamá em 1530. Em 13 de maio de 1532, Pizarro e Almagro desembarcaram em Túmbez, Peru, para a previamente organizada expedição definitiva. Para a sorte de Pizarro, as guerras internas no Império Inca continuavam, devido aos problemas de sucessão em seu comando. Huáscar, um dos herdeiros, havia sido capturado por Atahualpa, seu irmão; com o Império em luta, sua campanha de na conquista provavelmente se tornaria mais fácil.

Atahualpa não agiu imediatamente e apenas enviou observadores. Com isso, os espanhóis se aproximaram de Cajamarca, cidade em que se encontrava Atahualpa, e em 15 de novembro de 1532, adentraram a cidade, que, no entanto, se encontrava deserta; o exército inca estava em seu arredor, a postos. Os espanhóis esperaram pelo contato com Atahualpa; Pizarro tencionava fazê-lo prisioneiro de surpresa. Acompanhado por seu exército e por nobres incas, o imperador entrou na praça de Cajamarca.

Com o auxílio de um intérprete, ambos conversaram; Pizarro disse ser embaixador de um grande senhor, o imperador Carlos V, que gostaria de ser amigo de Atahualpa; este se recusou. O imperador inca e os espanhóis entraram em conflito sobre suas crenças; então, amparados pelo pretexto religioso, deu-se início o ataque espanhol, que culminou no aprisionamento de Atahualpa.

Atahualpa mandou executar Huáscar, desconfiado de que Pizarro poderia dar o trono a ele, e, tendo percebido a procura por ouro de seus aprisionadores, ofereceu metal precioso que preenchesse o recinto que lhe servia de prisão. Apesar de ter sido pago, Pizarro acreditou que a morte de Atahualpa seria necessária para que pudesse submeter totalmente os incas; então acusou o imperador de vários crimes e escreveu a Carlos V, justificando a execução. Mesmo com alguns membros da expedição muito descontentes com o encaminhar do projeto de Pizarro e opondo-se as acusações feitas por ele, alegando-as serem falsas, o imperador foi condenado a ser queimado vivo, morrendo em 29 de agosto de 1533.

Pizarro, a fim de consolidar suas conquistas, viajou pelo Império Inca, por fim entrando e saqueando Cuzco, sua capital. Lá coroou Manco II, irmão de Atahualpa, em 1535. Pizarro fundou a Cidade dos Reis, Lima, a nova capital do Peru, neste mesmo ano. Manco II e o povo inca revoltaram-se contra os conquistadores. Os espanhóis saíram vitoriosos, enquanto as rivalidades entre Pizarro e Almagro se aprofundavam. Pizarro convenceu o companheiro a empreender a conquista do Chile, mas Almagro regressou desiludido, iniciando uma série de lutas contra Pizarro, enquanto rebeliões incas continuavam a ocorrer.

Em 1538, Almagro foi assassinado por Hernando Pizarro. Porém, mesmo com a morte de Almagro, os conflitos entre seus partidários e os de Pizarro continuaram. Em 26 de junho de 1541, Diego, filho de Almagro, assassinou Pizarro, tomando seu lugar como Governador e Capitão-Geral do Peru. A conquista do Império Inca continuou sendo empreendida pelos espanhóis, e em 1572, com a morte do seu último imperador, Túpac Amaru, os incas foram submetidos; os espanhóis haviam conseguido seu intento.

Bibliografia

A CONQUISTA da America Latina vista pelos indios: relatos astecas, maias e incas. Petrópolis, RJ: Vozes, 1984.

HEMMING, John. The conquest of the Incas. New York, N.Y.: Harcourt Jovanovich.

MANRIQUE, Luis. Francisco Pizarro: castuos y quichuas. Barcelona: Juventud, 1942.

PRESCOTT, W. H. História da Conquista do Peru. Rio de Janeiro, RJ: Irmãos Pongetti, 1946

Ligações externas

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