Francisco da Silva Romão

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Santa Cecília (sem data). Museu de Arte da Bahia, Salvador.

Francisco da Silva Romão (Salvador, 1827 - idem, 1856) foi um pintor brasileiro do século XIX. Pouco se sabe sobre sua vida. Existiam divergências com relação ao seu nascimento e falecimento, alguns citavam 1834 como seu nascimento e 1895 como seu falecimento. Porém em seu atestado de óbito, preservado na Cúria Metropolitana de Salvador.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Família[editar | editar código-fonte]

Sua família já era composta de artistas. Francisco era neto do escultor Manoel Ignácio da Costa, que trabalhou em Salvador entre o século XVIII e XIX. Seu irmão Ângelo da Silva Romão também era desenhista e pintor, foi autor da obra "Visão de Paraguaçu" que está no Museu Histórico Nacional.[1][3][4][5]

Foi pai de João Francisco Romão, um dos fundadores do Liceu de Artes e Ofícios da Bahia e um dos maiores incentivadores dessa iniciativa, enfatizando que o foco desta escola era a classe operária. Chegou a ocupar o cargo de vice-presidente e presidente desta instituição.[1][3][4][5]

Formação[editar | editar código-fonte]

Francisco da Silva Romão trabalhou como desenhista e pintor na cidade de Salvador.

Suas primeiras lições artísticas vieram da própria família, seu avô ensinou técnicas de escultura e seu irmão Ângelo, as práticas da pintura. No final, ele optou por sua vocação como pintor. Segundo Manoel Querino, Francisco finalizou seu curso na aula pública de desenho em 1839, sendo posteriormente aluno de Olympio Pereira da Matta. Foi também aluno de José Rodrigues Nunes.[1][3][4][6]

Existem anúncios de 1854, no Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Bahia, onde ele é mencionado como desenhista, pintor e retratista à daguerreótipo.[7]

Obras[editar | editar código-fonte]

Deixou poucas obras, onde se destacam alguns retratos e uma Santa Cecília, conservada no Museu de Arte da Bahia(MAB), provavelmente cópia de alta qualidade de original barroco italiano. Esta obra estava na coleção do médico inglês Jonathas Abbott e com o seu falecimento, foi adquirida pelo MAB.[8] Entre suas obras estão:

  • Retrato do Imperador Dom Pedro II - na sala da Assembleia Provincial/ Assembleia do Estado[6]
  • Retrato do Conde dos Arcos - na Associação Comercial[9]
  • Santa Cecília - coleção de Jonathas Abbott, no MAB

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Liceu de Artes e Ofícios da Bahia». Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. Consultado em 18 de julho de 2010 
  2. de Almeida Neves, Belinda Maria (2019). «Cecília ao Senhor cantava: a pintura de Santa Cecília na Catedral Basílica de São Salvador». Consultado em 25 de agosto de 2021 
  3. a b c Cultural, Instituto Itaú. «Liceu de Artes e Ofícios da Bahia». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  4. a b c «ROMÃO, Francisco da Silva.». www.dicionario.belasartes.ufba.br. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  5. a b Brasil, Pedro Henrique (18 de julho de 2021). «Os ex-votos de Catarina Paraguaçu: a mulher tupinambá através da arte, do museu e do catolicismo». Mosaico (20): 362–382. ISSN 2176-8943. doi:10.12660/rm.v13n20.2021.83402. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  6. a b «Revistas do IPHAN - DocReader Web». docvirt.com. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  7. «:::[ DocPro ]:::». memoria.bn.br. Consultado em 25 de agosto de 2021 
  8. Museu de Arte da Bahia, 1997, pp. 56.
  9. «Quadros». Associação Comercial da Bahia. 21 de abril de 2017. Consultado em 25 de agosto de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Vários autores. Museu de Arte da Bahia. São Paulo: Banco Safra, 1997. 56 pp.
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