Fufu (filme de 1953)

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Fūfu
夫婦
Fufu (filme de 1953)
Mariko Okada (esquerda) e Yoko Sugi em Fufu
 Japão
1953 •  preto-e-branco •  87 min 
Direção Mikio Naruse
Produção Sanezumi Fujimoto
Roteiro Toshirō Ide
Yoko Mizuki
Elenco Yoko Sugi
Ken Uehara
Rentarō Mikuni
Música Ichirō Saitō
Cinematografia Asakazu Nakai
Edição Hidetoshi Kasama
Companhia(s) produtora(s) Toho
Distribuição Toho
Lançamento
  • 22 de janeiro de 1953 (1953-01-22) (Japão)[1][2]

Fufu (夫婦 Fūfu?, lit. "casal") é um filme de comédia dramática japonês de 1953 dirigido por Mikio Naruse.[1][2]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Como a futura esposa de seu irmão logo se mudará para a casa da família, Kikuko e seu marido Isaku são forçados a procurar uma nova casa para ficarem. Eles se mudam para a casa do colega de Isaku, Ryota, que acaba de perder sua esposa. Kikuko e o espontâneo e emocional Ryota desenvolvem uma afeição um pelo outro, para grande preocupação do bastante desapegado e distanciado Isaku. Kikuko e Isaku finalmente se mudam para um novo quarto cuja senhoria só aceita inquilinos sem filhos. Quando Kikuko admite ao marido que está grávida, ele tenta convencê-la a fazer um aborto. Kikuko primeiro obedece ao marido, mas depois acaba recusando, e Isaku acaba por concordar em ter o filho, mesmo que a decisão deles torne as coisas mais difíceis.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Temas[editar | editar código-fonte]

Ken Uehara e Yoko Sugi em Fufu

Assim como outros filmes de Naruse desse período, notadamente Meshi e Tsuma, o temas abordados em Fufu envolvem um cônjuge preso ao outro,[3] e, outro assunto recorrente nos filmes do diretor, é um personagem lidar com novos desafios e testar sua força diante das situações.[4] Fufu foi o único papel principal que a atriz Yōko Sugi teve em um filme de Naruse, desempenhando um papel originalmente planejado para Setsuko Hara.[5]

Recepção[editar | editar código-fonte]

O crítico da Slant Magazine, Keith Uhlich, deu a Fufu 3,5 de 4 estrelas no total, descrevendo-o como um cenário de "e se?", especificando melhor, "e se Charlie Chaplin e Buster Keaton fossem trancados juntos em um quarto e forçados a brigar por Mary Pickford?", uma cena que evidencia essa analogia é quando os protagonistas visitam um espetáculo de uma encenação de Chaplin. Segundo Uhlich, o tema do filme é a jornada rumo à “reconciliação das contradições inerentes ao ser humano”.[6]

Legado[editar | editar código-fonte]

Fufu foi exibido nos EUA (incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York) como parte de uma retrospectiva sobre as obras de Naruse em 1985, organizada pelo Kawakita Memorial Film Institute e o estudioso de cinema Audie Bock.[7][8]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «夫婦 (Fufu)». Japanese Movie Database (em japonês). Consultado em 24 de maio de 2021 
  2. a b «夫婦 (Fufu)». Kinenote (em japonês). Consultado em 24 de maio de 2021 
  3. Richie, Donald (2012). A Hundred Years of Japanese Film. [S.l.]: Kodansha. ISBN 9781568364391 
  4. Fujiwara, Chris (2005). «Mikio Naruse: The Other Women and The View from the Outside». Film Comment. Consultado em 24 de maio de 2021. Cópia arquivada em 4 de junho de 2023 
  5. Russell, Catherine (2008). The Cinema of Naruse Mikio: Women and Japanese Modernity. Durham and London: Duke University Press. ISBN 978-0-8223-4290-8 
  6. Uhlich, Keith (6 de novembro de 2005). «Husband and Wife». Slant Magazine. Consultado em 24 de maio de 2021. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2023 
  7. «Mikio Naruse: a master of the Japanese cinema». CineFiles. Consultado em 21 de julho de 2021. Cópia arquivada em 23 de outubro de 2023 
  8. «Mikio Naruse: A Master of the Japanese Cinema Opens at MoMA September 23» (PDF). Museum of Modern Art. Consultado em 19 de julho de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 8 de julho de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]